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13/02/2007 - 11h08

Cuba quer avançar em tecnologia de comunicação, mas "com segurança"

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da Efe, em Havana

O ministro de Informática e Comunicações de Cuba, Ramiro Valdés, afirmou na segunda-feira que o país tem "a firme vontade" de avançar no terreno das tecnologias da comunicação, mas com medidas que contribuam para aumentar a segurança.

"O cavalo selvagem das novas tecnologias pode e deve ser dominado. A informática precisa ser usada em benefício da paz e do desenvolvimento", disse Valdés, durante a abertura da 12ª Convenção e Expo Internacional Informática 2007.

Valdés, ex-ministro do Interior e comandante da revolução, disse que as novas tecnologias "são um dos mecanismos inventados para o extermínio global", mas que, paradoxalmente, se tornaram "imprescindíveis para avançar no caminho do desenvolvimento".

Para ele, seria "muito ingênuo" achar que as companhias provedoras de serviços e tecnologias não prestam informação às agências de inteligência dos Estados Unidos. Ele ressaltou que "durante toda a sua vida a revolução tem sido obrigada a escapar dos mais perversos planos", em que são fundamentais "as medidas e ações" de segurança.

"Diante das novas ameaças e da vontade de avanço de nosso país, será imprescindível remodelar estratégias e ações que contribuam para o constante aumento dos níveis de segurança de nossas redes e a permanente preparação de nosso povo", afirmou.

O ministro de Informática afirmou que as tecnologias da informação e as comunicações também farão parte dos acordos da Alternativa Bolivariana para as Américas (Alba), promovida pelo presidente venezuelano, Hugo Chávez.

"Será imprescindível encontrar alianças estratégicas para enfrentar os projetos de hegemonia dos EUA neste novo campo de batalha", opinou.

Valdés explicou que o acesso de Cuba à internet, desde 1996, se dá por uma conexão via satélite, com 65 Megabytes por segundo de download e 124 de upload. Qualquer modificação do canal requer licença do Departamento do Tesouro dos EUA.

Em 24 de janeiro, Cuba assinou um acordo com a Venezuela para a instalação de um cabo submarino de fibra óptica.

Os cubanos não podem contratar serviços da internet domiciliar. O serviço só é oferecido a empresas e profissionais de áreas como saúde e cultura. O acesso a sites considerados subversivos é bloqueado.

As autoridades cubanas dizem que a atual disponibilidade é limitada pelo bloqueio unilateral que os EUA mantêm há 45 anos.

No ano passado, o jornalista dissidente Guillermo Fariñas fez uma greve de fome de sete meses para reivindicar uma conexão à rede na sua casa. Ele denunciou que foi proibido de usar um centro público de onde costumava enviar suas informações.

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