Microsoft faz campanha de até US$ 100 mi em lançamento de rival para o Google

A Microsoft vai investir entre US$ 80 milhões (R$ 163 milhões) e US$ 100 milhões (R$ 204 milhões) na campanha de lançamento de seu novo sistema de buscas, chamado Bing, que deve ser apresentado ao mercado nesta semana. Ao contrário do Google, que praticamente ignora a publicidade fora da internet, a empresa de Bill Gates vai usar TV, rádio e mídia impressa nos Estados Unidos para o lançamento.

O objetivo do novo produto é reduzir a extensão dos resultados das buscas, agrupando as entradas. Em uma busca sobre um modelo de carro, por exemplo, serão mostrados grupos de resultados mostrando peças, anúncios de veículos, fóruns de discussão e vídeos sobre o automóvel.

As cifras da campanha são altas para uma ação como essa --o valor de US$ 50 milhões já é considerável para um lançamento nacional, afirma o site do jornal especializado "Advertising Age".

Além disso, é muito maior do que o Google gastou durante todo o ano passado: US$ 25 milhões, sendo US$ 11,6 milhões para anúncios de emprego. Na realidade, o Google só foi fazer sua primeira campanha de TV neste ano, para divulgar o navegador Chrome. A empresa usou um vídeo originalmente postado no YouTube e divulgou o filme por meio de seu próprio sistema de anúncios para televisão.

Descontentamento

Na ação, criada pela agência JWT, a Microsoft não deve fazer menções claras ao Google ou ao Yahoo!, seus maiores concorrentes no setor de buscas. O objetivo é mostrar que os sistemas existentes hoje não funcionam tão bem quanto os internautas pensam, questionando se os buscadores realmente resolvem os problemas deles.

Ou seja, vai adotar uma estratégia diferente para a usada contra a Apple no mercado de PCs: no ano passado, a empresa fez uma campanha para responder de maneira mais agressiva à também ofensiva campanha da Apple, chamada "Mac vs. PC". que mostrava um nerd (representando os PCs) em situações cômicas ao lado de um sujeito descolado (um Mac, no caso).

Dados da consultoria comScore indicam que os sites do Google foram responsáveis por 64,2% das pesquisas feitas nos Estados Unidos em abril, seguido pelo Yahoo!, com 20,4%. Enquanto isso, a Microsoft fica em terceiro, com 8,2%.