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12/09/2006
-
14h35
da Efe, em Gaza
Os contatos para a formação do novo Gabinete Nacional palestino podem demorar "alguns dias", segundo o presidente da ANP (Autoridade Nacional Palestina), Mahmoud Abbas, e dependem de um acordo sobre a distribuição dos ministérios entre os principais movimentos, o Hamas, que preside o atual governo, e o Fatah [principal grupo político, ligado a Abbas].
Um dos ministérios cobiçados pelo Fatah é o de Relações Exteriores. Mas, segundo fontes do Hamas, o primeiro-ministro da ANP, Ismail Haniyeh, quer manter no cargo o seu atual ocupante, Mahmoud Zahar.
Pelo acordo entre o presidente Abbas, também líder do Fatah, na oposição, e Haniyeh, do Hamas, falta definir ainda a plataforma política do novo gabinete. Ainda não se sabe se o novo governo aceitará o plano de paz do Quarteto [EUA, Rússia, ONU e União Européia] como base para negociar com Israel.
O líder da bancada do Hamas no Conselho Legislativo, Salah al Bardauil, disse que a posição de seu movimento se baseia no Documento dos Prisioneiros para a União Nacional e na iniciativa de paz da Arábia Saudita que a Liga Árabe aprovou em 2002.
Retirada
Os dois documentos aceitam a existência do Estado de Israel, fundado há 58 anos, exigem a retirada israelense dos territórios ocupados na Guerra dos Seis Dias (1967) e o retorno dos refugiados palestinos.
Ao contrário do plano, proposto pelo Quarteto em 2003 para desbloquear o processo de paz, os dois documentos não incluem nenhuma obrigação para os palestinos, que pretendem estabelecer um Estado independente na Cisjordânia e Gaza, com capital na cidade velha de Jerusalém Oriental.
Já o plano de paz do Quarteto exige expressamente "o fim da violência" dos palestinos e a retirada de Israel, para negociar depois a criação de um Estado palestino soberano e as suas fronteiras.
O porta-voz do governo de Haniyeh, Ghazi Hamad, disse à emissora de rádio das Forças Armadas de Israel que o Hamas poderá negociar com Israel a retirada dos territórios palestinos ocupados até as linhas de antes da Guerra dos Seis Dias, mas "sem que isto signifique o fim do conflito".
"Não será fácil para ninguém sentar à mesa e negociar. Mas espero que juntos possamos romper o cerco internacional' imposto ao governo de Haniyeh e "diminuir a tensão nas ruas", acrescentou.
O deputado Sami abu Zuhri, porta-voz do Hamas, destacou que o movimento "continuará com sua agenda política" e que "jamais reconhecerá a legitimidade da ocupação" israelense.
Para o Hamas, Israel é inaceitável pois foi fundado em "terras sagradas do islã".
Reconhecimento do Estado de Israel
O Quarteto exige de Haniyeh o cumprimento de três exigências para reconhecer a seu governo: o desarmamento da milícia do Hamas; o reconhecimento da legitimidade de Israel; e o respeito aos acordos assinados pelo Fatah.
O governo israelense, que recebeu com apreensão o anúncio palestino, não negociará com o novo gabinete se essas três condições não forem atendidas.
O primeiro-ministro israelense, Ehud Olmert, só aceitará o plano do Quarteto como base para resolver o conflito. Ele descarta o Documento dos Prisioneiros e a proposta da Arábia Saudita.
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Um dos ministérios cobiçados pelo Fatah é o de Relações Exteriores. Mas, segundo fontes do Hamas, o primeiro-ministro da ANP, Ismail Haniyeh, quer manter no cargo o seu atual ocupante, Mahmoud Zahar.
Pelo acordo entre o presidente Abbas, também líder do Fatah, na oposição, e Haniyeh, do Hamas, falta definir ainda a plataforma política do novo gabinete. Ainda não se sabe se o novo governo aceitará o plano de paz do Quarteto [EUA, Rússia, ONU e União Européia] como base para negociar com Israel.
O líder da bancada do Hamas no Conselho Legislativo, Salah al Bardauil, disse que a posição de seu movimento se baseia no Documento dos Prisioneiros para a União Nacional e na iniciativa de paz da Arábia Saudita que a Liga Árabe aprovou em 2002.
Retirada
Os dois documentos aceitam a existência do Estado de Israel, fundado há 58 anos, exigem a retirada israelense dos territórios ocupados na Guerra dos Seis Dias (1967) e o retorno dos refugiados palestinos.
Ao contrário do plano, proposto pelo Quarteto em 2003 para desbloquear o processo de paz, os dois documentos não incluem nenhuma obrigação para os palestinos, que pretendem estabelecer um Estado independente na Cisjordânia e Gaza, com capital na cidade velha de Jerusalém Oriental.
Já o plano de paz do Quarteto exige expressamente "o fim da violência" dos palestinos e a retirada de Israel, para negociar depois a criação de um Estado palestino soberano e as suas fronteiras.
O porta-voz do governo de Haniyeh, Ghazi Hamad, disse à emissora de rádio das Forças Armadas de Israel que o Hamas poderá negociar com Israel a retirada dos territórios palestinos ocupados até as linhas de antes da Guerra dos Seis Dias, mas "sem que isto signifique o fim do conflito".
"Não será fácil para ninguém sentar à mesa e negociar. Mas espero que juntos possamos romper o cerco internacional' imposto ao governo de Haniyeh e "diminuir a tensão nas ruas", acrescentou.
O deputado Sami abu Zuhri, porta-voz do Hamas, destacou que o movimento "continuará com sua agenda política" e que "jamais reconhecerá a legitimidade da ocupação" israelense.
Para o Hamas, Israel é inaceitável pois foi fundado em "terras sagradas do islã".
Reconhecimento do Estado de Israel
O Quarteto exige de Haniyeh o cumprimento de três exigências para reconhecer a seu governo: o desarmamento da milícia do Hamas; o reconhecimento da legitimidade de Israel; e o respeito aos acordos assinados pelo Fatah.
O governo israelense, que recebeu com apreensão o anúncio palestino, não negociará com o novo gabinete se essas três condições não forem atendidas.
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