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13/09/2006 - 10h19

Alemanha enviará 2.400 soldados para ação da ONU no Líbano

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da Efe, em Berlim

O governo alemão definiu nesta quarta-feira no Conselho de Ministros o envio ao Oriente Médio de até 2.400 efetivos da Marinha como parte da Força Interina das Nações Unidas no Líbano (Unifil).

"Essa missão da Alemanha não será como outra qualquer. Essa missão tem uma dimensão histórica", disse a chanceler Angela Merkel ao informar sobre o acordo aprovado por seu gabinete, após semanas de discussão interna, com a ONU e com o governo do Líbano.

AP
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Merkel lembrou que a Alemanha tem uma "responsabilidade especial" em relação à existência de Israel e um "compromisso especial" com a busca de uma solução global para os problemas da região.

A Alemanha, que descartou desde o princípio um posicionamento militar na fronteira com Israel, assumirá o controle das operações de vigilância da Unifil no litoral libanês para impedir o fornecimento de armas ao grupo xiita Hizbollah e reforçar as condições de paz na área.

Essa tarefa, para a qual a Alemanha contará com o apoio de Noruega, Suécia, Dinamarca e Holanda, é realizada por navios italianos e gregos desde que Israel levantou, no último dia 8, o bloqueio marítimo ao Líbano.

Merkel disse que a Marinha operará em uma área de 15 milhas marítimas a partir do litoral libanês e com "um mandato muito forte" que permitirá à Unifil controlar com eficácia o tráfego, e subir a bordo de qualquer embarcação suspeita e detê-la.

O acordo firmado entre Alemanha e Líbano com a intermediação da ONU sobre as modalidades da operação prevê também a presença de oficiais da Marinha libanesa a bordo dos navios da Unifil.

Merkel, que compareceu perante os jornalistas acompanhada por seus ministros de relações Exteriores, Frank-Walter Steinmeier, e de Defesa, Franz-Josep Jung, disse que a presença de oficiais libaneses nos navios de patrulha é um reconhecimento da soberania libanesa.

A chanceler insistiu em que, para liderar essa operação de vigilância litorânea, a Alemanha exigia um mandato "muito forte", por isso a demora em adotar a decisão. "Todo este esforço só terá sentido se nos dotarmos dos instrumentos que assegurem efetividade."

O Executivo solicitará na próxima semana ao Bundestag que respalde a missão, que terá inicialmente um ano de duração.

Todos os partidos com representação parlamentar, salvo os liberais do FDP e do Partido da Esquerda, darão sinal verde à participação da Alemanha na Unifil e, com isso, à presença de soldados armados no Oriente Médio.

Além da missão no Líbano, o governo também aprovou nesta quarta-feira o prolongamento por um ano da participação da Alemanha na força internacional de assistência à segurança no Afeganistão, operação da qual participa com 3.000 soldados.

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