Publicidade
Publicidade
18/09/2006
-
08h58
da Folha Online
O Tribunal Penal Iraquiano retomou nesta segunda-feira o julgamento do ex-ditador Saddam Hussein e de seis de seus ex-colaboradores por acusações de genocídio e crimes contra a humanidade contra curdos no Iraque. A audiência de hoje é a 8ª do processo.
Saddam e os outros seis réus são acusados de massacre contra os curdos durante a Operação Anfal, realizada durante a década de 80. A promotoria alega que cerca de 180 mil pessoas morreram na campanha, muitas em ataques a gás.
Durante a sessão desta segunda-feira, uma das testemunhas de acusação, Karawan Abdellah, afirmou ter perdido temporariamente a visão após um suposto ataque químico realizado por forças iraquianos em uma vila ao norte do país, há duas décadas.
Abdellah disse ainda que continuou a viver em "dor e sofrimento" depois que seu olho foi ferido, em março de 1988, quando os aviões iraquianos bombardearam posições da guerrilha curda na vila de Shanakhesiya. Ele diz ter perdido três amigos no ataque.
Após o ataque aéreo inicial, forças iraquianas realizaram um ataque a gás contra os habitantes.
"Eu fiquei internado durante seis meses e, durante este período, não conseguia enxergar nada", disse Abdellah, ex-membro da guerrilha curda, usando óculos no banco das testemunhas.
"Quando tirei os óculos na frente dos meus filhos, eles pediram que voltasse a usá-los, porque ficavam assustados com a aparência". Ele disse ainda sentir dores e irritação em sua pele.
Após o testemunho, Saddam tentou explicar como os curdos tinham se "aliado" ao Irã, mas o juiz avisou: "Você me embaraça quando tenta entrar em tais detalhes". Saddam continuou a tentar falar, mas o juiz cortou o som de seu microfone.
O primo de Saddam, Ali al Majid, conhecido como "Ali, o Químico", argumentou que o Irã, e não o Iraque, utilizou armas químicas contra os curdos.
Saddam também tentou acusar os Estados Unidos de utilizarem armas químicas durante a Guerra do Vietnã. No entanto, o juiz o interrompeu, dizendo que seus comentários "não faziam parte da discussão".
Leia mais
Acusações de Saddam incluem crimes contra humanidade e abusos
Tribunal iraquiano vai julgar outros sete acusados com Saddam
Especial
Leia cobertura completa sobre o julgamento de Saddam Hussein
Leia o que já foi publicado sobre Saddam Hussein
Suposta vítima relata perda de visão durante julgamento de Saddam
Publicidade
O Tribunal Penal Iraquiano retomou nesta segunda-feira o julgamento do ex-ditador Saddam Hussein e de seis de seus ex-colaboradores por acusações de genocídio e crimes contra a humanidade contra curdos no Iraque. A audiência de hoje é a 8ª do processo.
Saddam e os outros seis réus são acusados de massacre contra os curdos durante a Operação Anfal, realizada durante a década de 80. A promotoria alega que cerca de 180 mil pessoas morreram na campanha, muitas em ataques a gás.
Durante a sessão desta segunda-feira, uma das testemunhas de acusação, Karawan Abdellah, afirmou ter perdido temporariamente a visão após um suposto ataque químico realizado por forças iraquianos em uma vila ao norte do país, há duas décadas.
Abdellah disse ainda que continuou a viver em "dor e sofrimento" depois que seu olho foi ferido, em março de 1988, quando os aviões iraquianos bombardearam posições da guerrilha curda na vila de Shanakhesiya. Ele diz ter perdido três amigos no ataque.
Após o ataque aéreo inicial, forças iraquianas realizaram um ataque a gás contra os habitantes.
"Eu fiquei internado durante seis meses e, durante este período, não conseguia enxergar nada", disse Abdellah, ex-membro da guerrilha curda, usando óculos no banco das testemunhas.
"Quando tirei os óculos na frente dos meus filhos, eles pediram que voltasse a usá-los, porque ficavam assustados com a aparência". Ele disse ainda sentir dores e irritação em sua pele.
Após o testemunho, Saddam tentou explicar como os curdos tinham se "aliado" ao Irã, mas o juiz avisou: "Você me embaraça quando tenta entrar em tais detalhes". Saddam continuou a tentar falar, mas o juiz cortou o som de seu microfone.
O primo de Saddam, Ali al Majid, conhecido como "Ali, o Químico", argumentou que o Irã, e não o Iraque, utilizou armas químicas contra os curdos.
Saddam também tentou acusar os Estados Unidos de utilizarem armas químicas durante a Guerra do Vietnã. No entanto, o juiz o interrompeu, dizendo que seus comentários "não faziam parte da discussão".
Leia mais
Especial
Publicidade
As Últimas que Você não Leu
Publicidade
+ LidasÍndice
- Alvo de piadas, Barron Trump se adapta à vida de filho do presidente
- Facções terroristas recrutam jovens em campos de refugiados
- Trabalhadores impulsionam oposição do setor de tecnologia a Donald Trump
- Atentado contra Suprema Corte do Afeganistão mata 19 e fere 41
- Regime sírio enforcou até 13 mil oponentes em prisão, diz ONG
+ Comentadas
- Parlamento de Israel regulariza assentamentos ilegais na Cisjordânia
- Após difamação por foto com Merkel, refugiado sírio processa Facebook
+ EnviadasÍndice