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19/09/2006
-
19h32
CHRISTOPHE DE ROQUEFEUIL
da France Presse, em Nova York
As negociações sobre o programa nuclear iraniano, a crise em Darfur e um apelo do secretário-geral da ONU, Kofi Annan, para a paz no Oriente Médio marcaram nesta terça-feira os primeiros debates da 61ª assembléia geral das Nações Unidas em Nova York.
O presidente americano, George W. Bush, acusou o regime de Teerã de ser o "principal obstáculo" para um futuro melhor para o povo iraniano, ao buscar desenvolver a arma nuclear e reprimir as liberdades.
Em seu discurso, Bush reafirmou que o Irã devia renunciar a suas ambições nucleares, mas acrescentou que os Estados Unidos buscavam uma solução diplomática à crise.
Seu colega francês Jacques Chirac reiterou que "o diálogo deve prevalecer" com o Irã e insistiu na necessidade de "retomar a negociação" para que a República Islâmica renuncie a suas ambições nucleares, num momento em que Washington exerce pressões para que o Conselho de Segurança (CS) da ONU aprove rapidamente uma resolução prevendo sanções contra Teerã.
Durante um encontro bilateral com Bush realizado na manhã desta terça-feira, Chirac preconizou que Teerã suspendesse suas atividades de enriquecimento de urânio assim que começarem as negociações sobre seu programa nuclear. Em troca, as pressões para sanções na ONU seriam suspensas durante o mesmo período.
O dilema entre sanções e preservação do diálogo com Teerã também devia ser objeto de um debate durante a noite desta terça-feira entre as seis potências envolvidas neste caso --China, Estados Unidos, França, Reino Unido, Rússia e Alemanha-- e a Itália.
Chirac também defendeu a organização de uma conferência internacional sobre o Oriente Médio para "restabelecer as condições de confiança" entre israelenses e palestinos.
"Desejo que uma reunião rápida do Quarteto permita lançar a preparação de uma conferência internacional. Sugiro que esta conferência defina por antecipação as garantias que estamos dispostos a conceder às partes assim que elas tiverem alcançado um acordo", disse o presidente da França.
ONU
Annan, que entrega o cargo que ocupou durante dez anos no final de dezembro, discursou pela última vez na assembléia geral.
Dirigindo-se às delegações dos 192 estados membros, Annan designou o conflito no designou o conflito no Oriente Médio como o maior desafio de segurança mundial do momento.
"Enquanto os palestinos viverem sob ocupação, expostos a frustrações e a humilhações cotidianas, e enquanto israelenses forem despedaçados por bombas em ônibus ou em salas de dança, os ânimos ficarão exaltados em todos os lugares", declarou.
O presidente da Autoridade Nacional Palestina, Mahmoud Abbas, veio a Nova York para pedir o fim do boicote imposto ao governo palestino.
Washington se mostrou relutante a negociar com um futuro gabinete de união nacional palestino no qual o movimento radical islâmico Hamas continuaria a não reconhecer Israel e não renunciaria oficialmente à violência.
Darfur
A crise em Darfur, no oeste do Sudão, também esteve entre as grandes preocupações. Desde o início do conflito, em fevereiro de 2003, ao menos 200 mil pessoas morreram, segundo a ONU. No entanto, outras fontes apresentam um balanço de mortes muito mais elevado.
Bush afirmou que a ONU devia "agir" se o governo sudanês não aceitar rapidamente o envio de uma força das Nações Unidas para acabar com o que qualificou de "genocídio" em Darfur.
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da France Presse, em Nova York
As negociações sobre o programa nuclear iraniano, a crise em Darfur e um apelo do secretário-geral da ONU, Kofi Annan, para a paz no Oriente Médio marcaram nesta terça-feira os primeiros debates da 61ª assembléia geral das Nações Unidas em Nova York.
O presidente americano, George W. Bush, acusou o regime de Teerã de ser o "principal obstáculo" para um futuro melhor para o povo iraniano, ao buscar desenvolver a arma nuclear e reprimir as liberdades.
Em seu discurso, Bush reafirmou que o Irã devia renunciar a suas ambições nucleares, mas acrescentou que os Estados Unidos buscavam uma solução diplomática à crise.
Seu colega francês Jacques Chirac reiterou que "o diálogo deve prevalecer" com o Irã e insistiu na necessidade de "retomar a negociação" para que a República Islâmica renuncie a suas ambições nucleares, num momento em que Washington exerce pressões para que o Conselho de Segurança (CS) da ONU aprove rapidamente uma resolução prevendo sanções contra Teerã.
Durante um encontro bilateral com Bush realizado na manhã desta terça-feira, Chirac preconizou que Teerã suspendesse suas atividades de enriquecimento de urânio assim que começarem as negociações sobre seu programa nuclear. Em troca, as pressões para sanções na ONU seriam suspensas durante o mesmo período.
O dilema entre sanções e preservação do diálogo com Teerã também devia ser objeto de um debate durante a noite desta terça-feira entre as seis potências envolvidas neste caso --China, Estados Unidos, França, Reino Unido, Rússia e Alemanha-- e a Itália.
Chirac também defendeu a organização de uma conferência internacional sobre o Oriente Médio para "restabelecer as condições de confiança" entre israelenses e palestinos.
"Desejo que uma reunião rápida do Quarteto permita lançar a preparação de uma conferência internacional. Sugiro que esta conferência defina por antecipação as garantias que estamos dispostos a conceder às partes assim que elas tiverem alcançado um acordo", disse o presidente da França.
ONU
Annan, que entrega o cargo que ocupou durante dez anos no final de dezembro, discursou pela última vez na assembléia geral.
Dirigindo-se às delegações dos 192 estados membros, Annan designou o conflito no designou o conflito no Oriente Médio como o maior desafio de segurança mundial do momento.
"Enquanto os palestinos viverem sob ocupação, expostos a frustrações e a humilhações cotidianas, e enquanto israelenses forem despedaçados por bombas em ônibus ou em salas de dança, os ânimos ficarão exaltados em todos os lugares", declarou.
O presidente da Autoridade Nacional Palestina, Mahmoud Abbas, veio a Nova York para pedir o fim do boicote imposto ao governo palestino.
Washington se mostrou relutante a negociar com um futuro gabinete de união nacional palestino no qual o movimento radical islâmico Hamas continuaria a não reconhecer Israel e não renunciaria oficialmente à violência.
Darfur
A crise em Darfur, no oeste do Sudão, também esteve entre as grandes preocupações. Desde o início do conflito, em fevereiro de 2003, ao menos 200 mil pessoas morreram, segundo a ONU. No entanto, outras fontes apresentam um balanço de mortes muito mais elevado.
Bush afirmou que a ONU devia "agir" se o governo sudanês não aceitar rapidamente o envio de uma força das Nações Unidas para acabar com o que qualificou de "genocídio" em Darfur.
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