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08/10/2006
-
13h03
da Efe, em Moscou
O jornal "Novaya Gazeta", em que a jornalista Anna Politkovskaya, morta no sábado em Moscou, trabalhava, ofereceu hoje 25 milhões de rublos (cerca de US$ 1 milhão) de recompensa em troca de informações sobre o assassinato.
O redator-chefe do jornal, Dmitri Muratov, assegurou à emissora de rádio "Eco de Moscou" que espera que a recompensa permita identificar o assassino e os mandantes do assassinato de uma das vozes mais críticas do jornalismo russo.
Seus antigos companheiros disseram hoje que farão uma investigação independente sobre o assassinato, que provocou inumeráveis mostras de solidariedade e condenação por parte de Governos e organizações no mundo todo.
Politkovskaya, 48, que recebeu um tiro no peito e outro na cabeça, se soma à lista de mais de 300 jornalistas mortos ou desaparecidos na Rússia desde 1991.
Além disso, desde que o presidente russo, Vladimir Putin, chegou ao poder, no início de 2000, doze casos de assassinato de jornalistas ficaram sem serem esclarecidos, segundo a União de Jornalistas da Rússia.
Em seu site, o jornal garantiu hoje que o assassinato "foi a vingança ou de Ramzan Kadyrov (primeiro-ministro tchetcheno), sobre quem Politkovskaya escrevia freqüentemente, ou dos que querem que as suspeitas caiam sobre ele".
O assassinato de Politkovskaya coincidiu com o 54º aniversário do presidente russo.
Em resposta, Kadyrov assegurou que "não se podem fazer conjeturas sobre rumores e especular sobre o assassinato de uma jornalista tão importante como Politkovskaya".
"Não se pode falar de marcas tchetchenas se baseando em suposições. É preciso fazer uma investigação exaustiva e objetiva para identificar, deter e punir tanto os executores como os mandantes o crime", acrescentou.
Kadyrov, filho do presidente tchetcheno assassinado pela guerrilha separatista em 2004, assegurou que recebeu a notícia "com uma grande amargura" e se disse "comovido pelo sangrento ato terrorista".
Ao mesmo tempo, Kadyrov ressaltou que "os artigos de Politkovskaya nem sempre se caracterizavam por sua objetividade, mas este era seu ponto de vista".
O deputado Alexandr Lebedev, que comprou recentemente 39% das ações do "Novaya Gazeta", pediu hoje aos jornalistas que não se precipitem na hora de encontrar culpados.
"O assassinato tem um caráter político, mas não devemos nos deixar levar pelas emoções. Anna era uma pessoa honesta e dedicada, e a vida toda se dedicou a investigar e a defender os direitos humanos", afirmou.
"Ela pertencia ao grupo de vozes críticas com o poder. O mais simples é suspeitar dos que ela criticava, mas devemos refletir se este é o caminho pela qual os que ordenaram o assassinato querem que sigamos", acrescentou.
Após lembrar as "dificultosas" relações que mantinha com as agências de segurança do Estado, Lebedev afirmou que "encontrar os organizadores e executores é uma questão de honra para eles".
O Kremlin, consciente da reação internacional ao assassinato, encarregou o procurador-geral, Yuri Chaika, a assumir pessoalmente a investigação.
Politkovskaya, que nasceu em Nova York em 1958, disse em várias ocasiões que havia recebido ameaças de morte por parte do serviço secreto russo, do Exército e de outras agências de segurança do Estado.
A jornalista será enterrada na terça-feira em um dos cemitérios de Moscou.
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O jornal "Novaya Gazeta", em que a jornalista Anna Politkovskaya, morta no sábado em Moscou, trabalhava, ofereceu hoje 25 milhões de rublos (cerca de US$ 1 milhão) de recompensa em troca de informações sobre o assassinato.
O redator-chefe do jornal, Dmitri Muratov, assegurou à emissora de rádio "Eco de Moscou" que espera que a recompensa permita identificar o assassino e os mandantes do assassinato de uma das vozes mais críticas do jornalismo russo.
Seus antigos companheiros disseram hoje que farão uma investigação independente sobre o assassinato, que provocou inumeráveis mostras de solidariedade e condenação por parte de Governos e organizações no mundo todo.
Politkovskaya, 48, que recebeu um tiro no peito e outro na cabeça, se soma à lista de mais de 300 jornalistas mortos ou desaparecidos na Rússia desde 1991.
Além disso, desde que o presidente russo, Vladimir Putin, chegou ao poder, no início de 2000, doze casos de assassinato de jornalistas ficaram sem serem esclarecidos, segundo a União de Jornalistas da Rússia.
Em seu site, o jornal garantiu hoje que o assassinato "foi a vingança ou de Ramzan Kadyrov (primeiro-ministro tchetcheno), sobre quem Politkovskaya escrevia freqüentemente, ou dos que querem que as suspeitas caiam sobre ele".
O assassinato de Politkovskaya coincidiu com o 54º aniversário do presidente russo.
Em resposta, Kadyrov assegurou que "não se podem fazer conjeturas sobre rumores e especular sobre o assassinato de uma jornalista tão importante como Politkovskaya".
"Não se pode falar de marcas tchetchenas se baseando em suposições. É preciso fazer uma investigação exaustiva e objetiva para identificar, deter e punir tanto os executores como os mandantes o crime", acrescentou.
Kadyrov, filho do presidente tchetcheno assassinado pela guerrilha separatista em 2004, assegurou que recebeu a notícia "com uma grande amargura" e se disse "comovido pelo sangrento ato terrorista".
Ao mesmo tempo, Kadyrov ressaltou que "os artigos de Politkovskaya nem sempre se caracterizavam por sua objetividade, mas este era seu ponto de vista".
O deputado Alexandr Lebedev, que comprou recentemente 39% das ações do "Novaya Gazeta", pediu hoje aos jornalistas que não se precipitem na hora de encontrar culpados.
"O assassinato tem um caráter político, mas não devemos nos deixar levar pelas emoções. Anna era uma pessoa honesta e dedicada, e a vida toda se dedicou a investigar e a defender os direitos humanos", afirmou.
"Ela pertencia ao grupo de vozes críticas com o poder. O mais simples é suspeitar dos que ela criticava, mas devemos refletir se este é o caminho pela qual os que ordenaram o assassinato querem que sigamos", acrescentou.
Após lembrar as "dificultosas" relações que mantinha com as agências de segurança do Estado, Lebedev afirmou que "encontrar os organizadores e executores é uma questão de honra para eles".
O Kremlin, consciente da reação internacional ao assassinato, encarregou o procurador-geral, Yuri Chaika, a assumir pessoalmente a investigação.
Politkovskaya, que nasceu em Nova York em 1958, disse em várias ocasiões que havia recebido ameaças de morte por parte do serviço secreto russo, do Exército e de outras agências de segurança do Estado.
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