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17/10/2006
-
09h45
da Folha Online
O Tribunal Penal Iraquiano retomou nesta terça-feira o julgamento do ex-ditador Saddam Hussein e de outros seis réus por genocídio contra curdos em uma campanha no norte do Iraque.
Saddam, seu primo Ali Hassan al Majeed --conhecido como Ali, o Químico-- e cinco ex-colaboradores são acusados por crimes de guerra e contra a humanidade pela Operação Anfal. Segundo a promotoria, mais de 183 mil curdos morreram ou desapareceram na ação.
Todos podem ser condenados à morte. Saddam e Ali também são acusados por genocídio por um ataque a gás contra curdos. Os advogados de defesa boicotam o julgamento em protesto contra a nomeação de um novo juiz, segundo eles, devido à intervenção do governo.
Na audiência desta terça-feira, uma testemunha curda --Mutalib Mohammed Salman, 78-- disse que sua mulher e outros 32 parentes desapareceram em 1988, depois que tropas de Saddam realizaram uma operação na vila onde ele morava, no norte do Iraque.
Segundo ele, os corpos de sua mulher e de outros dois familiares foram encontrados em uma vala comum depois que o regime de Saddam foi derrubado, em 2003.
A testemunha disse que, após ser detido durante a ofensiva, foi mantido preso em péssimas condições, onde cerca de 30 pessoas morriam de fome todos os dias.
Boicote
Também nesta terça-feira, o chefe da equipe de defesa, Khalil al Dulaimi, disse que seu time manterá o boicote ao julgamento.
"Nós coordenamos nossa ação muito de perto, e eles me disseram que não querem participar", disse Al Dulaimi. Segundo ele, o boicote só terminará se as exigências forem atendidas.
A equipe de defesa deixou o julgamento no mês passado, depois que o juiz que presidia o processo foi substituído, acusado de ser muito condescendente com Saddam.
Os advogados protestaram devido à substituição do juiz, dizendo que eles só retornariam à corte quando o júri lhes der mais tempo para revisar os documentos do processo e permitir que advogados estrangeiros participem das sessões sem restrições.
"Pela minha experiência anterior com essa corte, não acho que atenderão nossos pedidos", disse Al Dulaimi.
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O Tribunal Penal Iraquiano retomou nesta terça-feira o julgamento do ex-ditador Saddam Hussein e de outros seis réus por genocídio contra curdos em uma campanha no norte do Iraque.
Saddam, seu primo Ali Hassan al Majeed --conhecido como Ali, o Químico-- e cinco ex-colaboradores são acusados por crimes de guerra e contra a humanidade pela Operação Anfal. Segundo a promotoria, mais de 183 mil curdos morreram ou desapareceram na ação.
Todos podem ser condenados à morte. Saddam e Ali também são acusados por genocídio por um ataque a gás contra curdos. Os advogados de defesa boicotam o julgamento em protesto contra a nomeação de um novo juiz, segundo eles, devido à intervenção do governo.
Reuters |
O ex-ditador Saddam Hussein durante audiência no Iraque; defesa mantém boicote ao processo |
Segundo ele, os corpos de sua mulher e de outros dois familiares foram encontrados em uma vala comum depois que o regime de Saddam foi derrubado, em 2003.
A testemunha disse que, após ser detido durante a ofensiva, foi mantido preso em péssimas condições, onde cerca de 30 pessoas morriam de fome todos os dias.
Boicote
Também nesta terça-feira, o chefe da equipe de defesa, Khalil al Dulaimi, disse que seu time manterá o boicote ao julgamento.
"Nós coordenamos nossa ação muito de perto, e eles me disseram que não querem participar", disse Al Dulaimi. Segundo ele, o boicote só terminará se as exigências forem atendidas.
A equipe de defesa deixou o julgamento no mês passado, depois que o juiz que presidia o processo foi substituído, acusado de ser muito condescendente com Saddam.
Os advogados protestaram devido à substituição do juiz, dizendo que eles só retornariam à corte quando o júri lhes der mais tempo para revisar os documentos do processo e permitir que advogados estrangeiros participem das sessões sem restrições.
"Pela minha experiência anterior com essa corte, não acho que atenderão nossos pedidos", disse Al Dulaimi.
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