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23/10/2006
-
13h57
da Folha Online
O ex-ministro das Finanças do Iraque Ali Allawi disse neste domingo em reportagem transmitida pelo programa "60 minutes", da rede de TV americana CBS, que entre US$ 750 milhões e US$ 800 milhões destinados à compra de armas para o Exército iraquiano foram desviados por ex-funcionários.
Segundo o ministro, US$ 1,2 bilhão estava destinado ao incremento do poderio bélico iraquiano, mas que apenas US$ 400 milhões foram usados para gastos neste setor, e ainda assim na compra de equipamentos antiquados e sem condição de uso.
Allawi disse ainda que esse desvio se trata de um dos "maiores da história" do país, e que os funcionários iraquianos corruptos responsáveis pelo sumiço do dinheiro estão em diferentes partes do mundo, mas não revelou nenhum nome.
A polícia já investiga o nome de vários profissionais que estavam envolvidos na compra de armas, como o ex-responsável pelos projetos de aquisição de equipamentos bélicos Ziad Cattan, além de várias pessoas ligadas a ele, como ex-ministro da Defesa Hazem Shaalan (sunita), que negou envolvimento no desaparecimento do dinheiro.
Shaalan esteve à frente do Ministério da Defesa durante o governo de ex-primeiro-ministro Ayad Allawi --período que também coincide com a maioria das compras fraudulentas. O ex-primeiro-ministro assumiu o cargo logo após os EUA e sua coalizão "devolverem a soberania" para o Iraque, em junho de 2004. Ele foi substituído por Nouri al Maliki.
Autoridades iraquianas emitiram ordens de prisão a 88 ex-funcionários, entre eles Shaalan e outros 14 ex-ministros.
Áudios obtidos pelo programa "60 minutes" contêm trechos em que aparentemente Cattan estaria mencionando o pagamento de grandes subornos a funcionários iraquianos.
O juiz Radhi al Radhi, chefe da Comissão de Integridade Pública do Iraque, confirmou que além do sumiço do dinheiro, os prejuízos se estenderam ao material adquirido com os US$ 400 milhões, como helicópteros da era soviética, coletes à prova de bala e munições em estado tão ruim que não puderam ser usados.
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Ex-ministro denuncia sumiço de US$ 800 milhões no Iraque
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O ex-ministro das Finanças do Iraque Ali Allawi disse neste domingo em reportagem transmitida pelo programa "60 minutes", da rede de TV americana CBS, que entre US$ 750 milhões e US$ 800 milhões destinados à compra de armas para o Exército iraquiano foram desviados por ex-funcionários.
Segundo o ministro, US$ 1,2 bilhão estava destinado ao incremento do poderio bélico iraquiano, mas que apenas US$ 400 milhões foram usados para gastos neste setor, e ainda assim na compra de equipamentos antiquados e sem condição de uso.
Allawi disse ainda que esse desvio se trata de um dos "maiores da história" do país, e que os funcionários iraquianos corruptos responsáveis pelo sumiço do dinheiro estão em diferentes partes do mundo, mas não revelou nenhum nome.
A polícia já investiga o nome de vários profissionais que estavam envolvidos na compra de armas, como o ex-responsável pelos projetos de aquisição de equipamentos bélicos Ziad Cattan, além de várias pessoas ligadas a ele, como ex-ministro da Defesa Hazem Shaalan (sunita), que negou envolvimento no desaparecimento do dinheiro.
Shaalan esteve à frente do Ministério da Defesa durante o governo de ex-primeiro-ministro Ayad Allawi --período que também coincide com a maioria das compras fraudulentas. O ex-primeiro-ministro assumiu o cargo logo após os EUA e sua coalizão "devolverem a soberania" para o Iraque, em junho de 2004. Ele foi substituído por Nouri al Maliki.
Autoridades iraquianas emitiram ordens de prisão a 88 ex-funcionários, entre eles Shaalan e outros 14 ex-ministros.
Áudios obtidos pelo programa "60 minutes" contêm trechos em que aparentemente Cattan estaria mencionando o pagamento de grandes subornos a funcionários iraquianos.
O juiz Radhi al Radhi, chefe da Comissão de Integridade Pública do Iraque, confirmou que além do sumiço do dinheiro, os prejuízos se estenderam ao material adquirido com os US$ 400 milhões, como helicópteros da era soviética, coletes à prova de bala e munições em estado tão ruim que não puderam ser usados.
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