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30/10/2006
-
20h00
da Folha Online
Militares dos Estados Unidos não registraram adequadamente centenas de milhares de armas destinadas às forças de segurança no Iraque e falharam no fornecimento de peças sobressalentes, de suporte técnico e de manuais de instruções e reparos. Como conseqüência, milhares de armas destinadas às forças iraquianas podem ter caído nas mãos de rebeldes, segundo reportagem do jornal "The New York Times".
Essas informações fazem parte de um relatório Federal divulgado neste domingo por solicitação do senador republicano John W. Warner.
O político da Virgínia, que ocupa a chefia do Comitê do Senado para Serviços Bélicos, enviou em maio um pedido de checagem à Inspetor Geral Especial para a Reconstrução do Iraque, uma agência Federal de monitoramento.
Warner desejava saber se as forças de segurança no Iraque estavam operando com uma estrutura logística capaz de sustentar centenas de milhares de soldados locais que os militares norte-americanos disseram ter treinado.
As respostas foram reveladoras. Dados colhidos pela Inspetor Geral demonstraram que os norte-americanos não sabiam o paradeiro de milhares de pistolas nove milímetros e centenas de rifles de assalto, pois não tomaram a simples providência de registrar os números de série de quase meio milhão de armas enviadas ao Iraque --tornando impossível, assim, saber se elas estavam nas mãos das forças de segurança ou em poder de membros da insurgência que combate a presença dos americanos no país.
Em sua avaliação do armamento à disposição dos iraquianos, o relatório da Inspetor Geral conclui que, das 505.093 armas fornecidas aos Ministérios do Interior e da Defesa do país ao longo dos últimos anos, apenas 12.128 foram adequadamente registradas.
O paradeiro de 492.965 dispositivos como lançadores de granadas propelidas a foguete, rifles de assalto, metralhadoras, espingardas, pistolas semi-automáticas e rifles de longo alcance é desconhecido.
Em resposta escrita às revelações do relatório, os militares norte-americanos reconheceram as falhas no fornecimento de armamentos. Disseram também que irão auxiliar as forças de segurança iraquianas na determinação das peças sobressalentes necessárias, assim como na apuração das necessidades de manutenção de suas armas.
Quanto às falhas nos registros, afirmaram que já instituíram processos para "monitorar adequadamente armas por quantidade e por números de série".
Nesta segunda-feira, o Exército dos EUA anunciou que as baixas de soldados americanos no Iraque chegaram a cem no mês de outubro --o mês mais mortífero para os americanos desde janeiro de 2005, quando 107 militares dos EUA morreram. Também hoje, ao menos 31 iraquianos morreram em um ataque a bomba que teve como alvo um grupo de trabalhadores xiitas.
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Militares dos Estados Unidos não registraram adequadamente centenas de milhares de armas destinadas às forças de segurança no Iraque e falharam no fornecimento de peças sobressalentes, de suporte técnico e de manuais de instruções e reparos. Como conseqüência, milhares de armas destinadas às forças iraquianas podem ter caído nas mãos de rebeldes, segundo reportagem do jornal "The New York Times".
Essas informações fazem parte de um relatório Federal divulgado neste domingo por solicitação do senador republicano John W. Warner.
Thaier al Sudani/Reuters |
Americanos socorrem colega; soldados dos EUA mortos no Iraque em outubro somam cem |
Warner desejava saber se as forças de segurança no Iraque estavam operando com uma estrutura logística capaz de sustentar centenas de milhares de soldados locais que os militares norte-americanos disseram ter treinado.
As respostas foram reveladoras. Dados colhidos pela Inspetor Geral demonstraram que os norte-americanos não sabiam o paradeiro de milhares de pistolas nove milímetros e centenas de rifles de assalto, pois não tomaram a simples providência de registrar os números de série de quase meio milhão de armas enviadas ao Iraque --tornando impossível, assim, saber se elas estavam nas mãos das forças de segurança ou em poder de membros da insurgência que combate a presença dos americanos no país.
Em sua avaliação do armamento à disposição dos iraquianos, o relatório da Inspetor Geral conclui que, das 505.093 armas fornecidas aos Ministérios do Interior e da Defesa do país ao longo dos últimos anos, apenas 12.128 foram adequadamente registradas.
O paradeiro de 492.965 dispositivos como lançadores de granadas propelidas a foguete, rifles de assalto, metralhadoras, espingardas, pistolas semi-automáticas e rifles de longo alcance é desconhecido.
Em resposta escrita às revelações do relatório, os militares norte-americanos reconheceram as falhas no fornecimento de armamentos. Disseram também que irão auxiliar as forças de segurança iraquianas na determinação das peças sobressalentes necessárias, assim como na apuração das necessidades de manutenção de suas armas.
Quanto às falhas nos registros, afirmaram que já instituíram processos para "monitorar adequadamente armas por quantidade e por números de série".
Nesta segunda-feira, o Exército dos EUA anunciou que as baixas de soldados americanos no Iraque chegaram a cem no mês de outubro --o mês mais mortífero para os americanos desde janeiro de 2005, quando 107 militares dos EUA morreram. Também hoje, ao menos 31 iraquianos morreram em um ataque a bomba que teve como alvo um grupo de trabalhadores xiitas.
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