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16/11/2006 - 08h38

Forças da ONU no Congo tentam deter violência pós-eleições

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da Folha Online

Forças de paz da ONU e de países europeus foram destacados nesta quinta-feira para deter a violência na capital do Congo, Kinshasa, depois que o presidente Joseph Kabila foi declarado o vencedor das históricas eleições de 2006. O rival de Kabila nas urnas, o vice-presidente Jean-Pierre Bemba, contesta o resultado da apuração, e seus apoiadores saíram às ruas de Kinshasa em demonstrações de protesto hoje.

Ontem, a comissão eleitoral da República Democrática do Congo anunciou os resultados após a apuração de 100% das urnas. O atual presidente Kabila foi eleito com 58% dos votos, contra 41,9% de Bemba.

Apesar da tensão, a cidade amanheceu calma, sob o jugo de uma grande operação de forças de paz internacionais. Enquanto veículos militares da ONU e guardas "capacetes-azuis" das forças de paz patrulhavam as ruas, helicópteros militares da União Européia vigiavam do alto.

Os oficiais da ONU no Congo --parte da maior operação de paz do mundo hoje-- consideraram o segundo turno das eleições, que aconteceu no dia 29 de outubro, e seu resultado importantes marcos na luta do país para deixar para trás anos de guerra, ditadura e caos.

A operação internacional tem o objetivo de deter eventuais retomadas da violência que foi vista nas ruas após o primeiro turno das eleições. Em agosto, confrontos entre simpatizantes de Kabila e Bemba resultaram na morte de 30 pessoas.

Acusação de fraude

Apesar de a Suprema Corte do Congo ainda precisar confirmar os resultados anunciados ontem, a coalizão da campanha de Bemba já rejeitou a apuração, alegando que ela foi feita com "fraudes sistemáticas" na contagem de votos.

O grupo de Bemba deverá se reunir nos próximos dias para decidir o curso de ação para questionar o resultado.

Do lado de fora da residência oficial de Bemba, em uma avenida importante de Kinshasa, um grupo pequeno porém violento lançava pedras contra carros nesta quinta-feira. A polícia do Congo foi enviada para prender os manifestantes, e teve o apoio das tropas da ONU.

Processo de paz

A eleição do dia 29 de outubro foi o ápice de um processo de paz que visa pôr um fim à guerra que durou de 1998 até 2003, na qual Bemba liderou uma facção rebelde antes de ser incorporado ao governo.

Soldados leais aos dois competidores lutaram nas ruas durante dias em agosto, e no último sábado, quando os primeiros resultados do segundo turno começaram a aparecer, mais quatro pessoas morreram em confrontos armados em Kinshasa.

Estas foram as primeiras eleições livres em 40 anos no Congo.

Com agências internacionais

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