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20/11/2006
-
14h08
da Folha Online
O presidente americano, George W. Bush, negou nesta segunda-feira em visita à Indonésia que tenha tomado uma decisão de retirar as tropas americanas no Iraque ou enviar mais soldados ao país, dizendo que aguarda recomendações do Exército dos EUA.
"Eu ainda não tomei decisões sobre aumentar ou diminuir as tropas, a não o farei enquanto não ouvir o Exército e outras fontes", afirmou Bush durante coletiva de imprensa ao lado do presidente indonésio, Susilo Bambang Yudhoyono, no palácio presidencial em Bogor.
Seu colega indonésio, no entanto, disse ser a favor de um "cronograma adequado" para retirar as tropas dos EUA do Iraque. Aliado dos EUA na chamada "guerra anti-terror", Yudhoyono pediu também que outros países ajudem a encontrar maneiras de dar fim ao conflito no Iraque.
"A comunidade internacional também deve ser responsável por resolver a questão do Iraque, e não apenas os Estados Unidos", disse Yudhoyono.
Embora legisladores do Partido Democrata --que obteve a maioria no Congresso dos EUA nas eleições legislativas de 7 de novembro-- peçam que Bush retire as tropas americanas do país, Bush se nega a definir um cronograma para a saída, dizendo que isso "daria força" ao inimigo.
No domingo, o senador republicano John McCain (Arizona), um dos nomes cotados para concorrer à Presidência dos EUA em 2008, pediu que a administração de Bush enviasse mais 20 mil soldados para ajudar os 140 mil que estão no país a deterem a violência sectária.
Após a coletiva, Bush deixou a Indonésia, encerrando uma viagem de oito dias pela Ásia, durante a qual esteve também na Cingapura e no Vietnã.
Protestos
A visita de Bush causou inúmeros protestos na Indonésia, que levaram milhares de pessoas às ruas. Durante a coletiva, Bush elogiou as manifestações, dizendo que elas são um sinal de democracia. "Eu aplaudo sociedades onde as pessoas podem expressar sua opinião".
A Indonésia --que tem a maior população muçulmana no mundo, é um importante aliado dos EUA na "guerra contra o terror" na região, mas tanto o governo quanto a opinião pública desaprovam a política da administração de Bush no Oriente Médio.
Muitos indonésios estão insatisfeitos com as ações militares dos EUA no Iraque e no Afeganistão, que são consideradas ataques contra nações muçulmanas.
Milhares de pessoas lideradas pelo Partido da Próspera Justiça (PKS) foram às ruas de Bogor, usando bandanas nas cabeças com a frase: "Os EUA são terroristas". Os organizadores esperavam 30 mil manifestantes mas cerca de metade --15 mil-- estavam nas ruas pela manhã.
"Exemplo"
Durante a coletiva, Bush elogiou Yudhoyono e qualificou a Indonésia de um "exemplo de como a democracia e a modernização podem ser uma alternativa para o extremismo".
Além do Oriente Médio, os dois líderes deveriam discutir na reunião assuntos como pobreza, educação, erradicação da gripe aviária e cooperação na "guerra anti-terror" dos EUA.
A segurança foi acirrada na Indonésia durante a visita de Bush, para deter a ocorrência de eventuais ações terroristas suicidas.
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Na Indonésia, Bush nega decisão sobre tropas dos EUA no Iraque
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O presidente americano, George W. Bush, negou nesta segunda-feira em visita à Indonésia que tenha tomado uma decisão de retirar as tropas americanas no Iraque ou enviar mais soldados ao país, dizendo que aguarda recomendações do Exército dos EUA.
"Eu ainda não tomei decisões sobre aumentar ou diminuir as tropas, a não o farei enquanto não ouvir o Exército e outras fontes", afirmou Bush durante coletiva de imprensa ao lado do presidente indonésio, Susilo Bambang Yudhoyono, no palácio presidencial em Bogor.
Seu colega indonésio, no entanto, disse ser a favor de um "cronograma adequado" para retirar as tropas dos EUA do Iraque. Aliado dos EUA na chamada "guerra anti-terror", Yudhoyono pediu também que outros países ajudem a encontrar maneiras de dar fim ao conflito no Iraque.
AP |
Bush (à esq.) se reúne com o presidente indonésio sob protestos |
Embora legisladores do Partido Democrata --que obteve a maioria no Congresso dos EUA nas eleições legislativas de 7 de novembro-- peçam que Bush retire as tropas americanas do país, Bush se nega a definir um cronograma para a saída, dizendo que isso "daria força" ao inimigo.
No domingo, o senador republicano John McCain (Arizona), um dos nomes cotados para concorrer à Presidência dos EUA em 2008, pediu que a administração de Bush enviasse mais 20 mil soldados para ajudar os 140 mil que estão no país a deterem a violência sectária.
Após a coletiva, Bush deixou a Indonésia, encerrando uma viagem de oito dias pela Ásia, durante a qual esteve também na Cingapura e no Vietnã.
Protestos
A visita de Bush causou inúmeros protestos na Indonésia, que levaram milhares de pessoas às ruas. Durante a coletiva, Bush elogiou as manifestações, dizendo que elas são um sinal de democracia. "Eu aplaudo sociedades onde as pessoas podem expressar sua opinião".
AP |
Milhares de manifestantes indonésios vão às ruas para protestar contra visita de Bush |
Muitos indonésios estão insatisfeitos com as ações militares dos EUA no Iraque e no Afeganistão, que são consideradas ataques contra nações muçulmanas.
Milhares de pessoas lideradas pelo Partido da Próspera Justiça (PKS) foram às ruas de Bogor, usando bandanas nas cabeças com a frase: "Os EUA são terroristas". Os organizadores esperavam 30 mil manifestantes mas cerca de metade --15 mil-- estavam nas ruas pela manhã.
"Exemplo"
Durante a coletiva, Bush elogiou Yudhoyono e qualificou a Indonésia de um "exemplo de como a democracia e a modernização podem ser uma alternativa para o extremismo".
Além do Oriente Médio, os dois líderes deveriam discutir na reunião assuntos como pobreza, educação, erradicação da gripe aviária e cooperação na "guerra anti-terror" dos EUA.
A segurança foi acirrada na Indonésia durante a visita de Bush, para deter a ocorrência de eventuais ações terroristas suicidas.
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