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01/12/2006
-
17h16
da Folha Online
O Grupo de Estudos para o Iraque deve recomendar a retirada das tropas de combate dos EUA no Iraque até o início de 2008, mas a permanência de parte dos soldados para treinar tropas iraquianas, segundo reportagem publicada no jornal "Washington Post."
A comissão bipartidária colocaria a missão americana no Iraque em um papel secundário, enquanto o frágil governo iraquiano e suas forças de segurança assumiriam a liderança no combate à insurgência sunita e à violência sectária que assolam o país.
De acordo com o "Post", o plano de retirar as tropas de combate até 2008 seria mais uma previsão do que um cronograma fechado. Mas os membros da comissão concluíram que é fundamental pressionar líderes iraquianos a assumirem a responsabilidade pela segurança.
Os democratas --que obtiveram a maioria no Congresso dos EUA nas eleições legislativas de 7 de novembro-- e alguns republicanos exigem a definição de um cronograma de retirada das tropas. Mas o presidente George W. Bush vem resistindo à pressão, alegando que a medida aumentaria a violência e desestabilizaria ainda mais a situação no Iraque.
Em coletiva nesta quinta-feira, após reunir-se com o premiê iraquiano, Nouri al Maliki, em Amã (Jordânia), Bush rejeitou a retirada das tropas, dizendo que essa possibilidade "não é realista".
A secretária de Estado americana, Condoleezza Rice, em entrevista à rede CBS, pareceu mais aberta à idéia de retirar as tropas. "O principal objetivo é transferir a responsabilidade aos iraquianos, e dar a eles capacidade suficiente para assumir estas responsabilidades", afirmou.
"Obviamente, assim que as responsabilidades forem transferidas, conforme as capacidades melhorarem, as forças dos EUA ficarão menos em evidência. É uma conseqüência natural".
Segundo Al Maliki, a transição do comando da segurança deve ocorrer dentro de seis meses. "Eu posso dizer que as forças iraquianas estarão prontas, totalmente prontas, para assumir o comando até junho", disse o premiê do Iraque durante entrevista à rede de TV CBS.
Relatório
O Grupo de Estudos para o Iraque, liderado pelo secretário de Estado James A. Baker e pelo ex-congressistas Lee H. Hamilton, concluiu nesta semana um relatório de cem páginas.
O documento deve ser divulgado na próxima quarta-feira (6) e incluirá várias recomendações sobre a ação dos EUA na região. Entre outras questões, a comissão analisou a possibilidade de incluir a Síria e o Irã nos esforços de trazer segurança e estabilização para o Iraque.
Atualmente, há 140 mil soldados dos EUA no Iraque. Quase 3.000 morreram desde 2003.
Bush sofre atualmente intensa pressão interna e externamente para mudar sua estratégia para o Iraque, onde a violência sectária não mostra sinais de diminuição, apesar da recusa da Casa Branca em classificar a situação como uma guerra civil.
Os Estados Unidos se recusaram, em diversas ocasiões, a negociar com o Irã e a Síria para que os países ajudem a trazer estabilidade para o Iraque, acusando Teerã e Damasco de ajudarem grupos insurgentes que atuam no país. Mas a administração de Bush vem sendo pressionada para mudar sua estratégia e abrir um canal de diálogo com os dois países.
Com agências internacionais
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O Grupo de Estudos para o Iraque deve recomendar a retirada das tropas de combate dos EUA no Iraque até o início de 2008, mas a permanência de parte dos soldados para treinar tropas iraquianas, segundo reportagem publicada no jornal "Washington Post."
A comissão bipartidária colocaria a missão americana no Iraque em um papel secundário, enquanto o frágil governo iraquiano e suas forças de segurança assumiriam a liderança no combate à insurgência sunita e à violência sectária que assolam o país.
De acordo com o "Post", o plano de retirar as tropas de combate até 2008 seria mais uma previsão do que um cronograma fechado. Mas os membros da comissão concluíram que é fundamental pressionar líderes iraquianos a assumirem a responsabilidade pela segurança.
Os democratas --que obtiveram a maioria no Congresso dos EUA nas eleições legislativas de 7 de novembro-- e alguns republicanos exigem a definição de um cronograma de retirada das tropas. Mas o presidente George W. Bush vem resistindo à pressão, alegando que a medida aumentaria a violência e desestabilizaria ainda mais a situação no Iraque.
Em coletiva nesta quinta-feira, após reunir-se com o premiê iraquiano, Nouri al Maliki, em Amã (Jordânia), Bush rejeitou a retirada das tropas, dizendo que essa possibilidade "não é realista".
A secretária de Estado americana, Condoleezza Rice, em entrevista à rede CBS, pareceu mais aberta à idéia de retirar as tropas. "O principal objetivo é transferir a responsabilidade aos iraquianos, e dar a eles capacidade suficiente para assumir estas responsabilidades", afirmou.
"Obviamente, assim que as responsabilidades forem transferidas, conforme as capacidades melhorarem, as forças dos EUA ficarão menos em evidência. É uma conseqüência natural".
Segundo Al Maliki, a transição do comando da segurança deve ocorrer dentro de seis meses. "Eu posso dizer que as forças iraquianas estarão prontas, totalmente prontas, para assumir o comando até junho", disse o premiê do Iraque durante entrevista à rede de TV CBS.
Relatório
O Grupo de Estudos para o Iraque, liderado pelo secretário de Estado James A. Baker e pelo ex-congressistas Lee H. Hamilton, concluiu nesta semana um relatório de cem páginas.
O documento deve ser divulgado na próxima quarta-feira (6) e incluirá várias recomendações sobre a ação dos EUA na região. Entre outras questões, a comissão analisou a possibilidade de incluir a Síria e o Irã nos esforços de trazer segurança e estabilização para o Iraque.
Atualmente, há 140 mil soldados dos EUA no Iraque. Quase 3.000 morreram desde 2003.
Bush sofre atualmente intensa pressão interna e externamente para mudar sua estratégia para o Iraque, onde a violência sectária não mostra sinais de diminuição, apesar da recusa da Casa Branca em classificar a situação como uma guerra civil.
Os Estados Unidos se recusaram, em diversas ocasiões, a negociar com o Irã e a Síria para que os países ajudem a trazer estabilidade para o Iraque, acusando Teerã e Damasco de ajudarem grupos insurgentes que atuam no país. Mas a administração de Bush vem sendo pressionada para mudar sua estratégia e abrir um canal de diálogo com os dois países.
Com agências internacionais
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