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07/12/2006 - 14h21

Premiê palestino chega ao Irã para se encontrar com líderes políticos

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da Folha Online

O premiê palestino, Ismail Haniyeh, chegou nesta quinta-feira a Teerã para negociações com líderes iranianos que incluem entre os temas a situação com o presidente da Autoridade Nacional Palestina, Mahmoud Abbas, segundo agências de notícias oficiais do Irã. Abbas recebeu de seus aliados hoje a recomendação de dissolver o governo palestino de Haniyeh e formar um novo gabinete.

Haniyeh está em sua primeira visita internacional como premiê desde que seu partido, o grupo extremista islâmico Hamas, subiu ao poder, em março deste ano. Além do presidente iraniano, Mahmoud Ahmadinejad, o premiê deverá se encontrar com o supremo líder do Irã, o aiatolá Ali Khamenei, e com o ex-presidente Hashemi Rafsanjani, ainda de acordo com agências oficiais.

O Irã já forneceu ao governo do Hamas mais de US$ 120 milhões em 2006, aumentando o financiamento ao grupo e também sua influência entre os palestinos, que vivem um boicote financeiro internacional liderado principalmente pelos Estados Unidos.

O boicote ao Hamas é resultado de uma pressão sobre o partido para que reconheça o Estado de Israel, renuncie à violência e forme um governo de unidade nacional com o moderado partido Fatah, do qual faz parte o presidente da ANP.

Ahmadinejad e o Hamas têm também em comum a resistência contra Israel. No passado, o presidente iraniano fez uma afirmação polêmica na qual defendeu que Israel seja "varrido do mapa".

Haniyeh deverá visitar o Irã durante quatro dias. Seu tour internacional inclui também uma viagem à Síria.

Crise palestina

Enquanto o premiê palestino continua sua viagem internacional pelo Oriente Médio, seu governo corre o risco de ser destituído pelo presidente da ANP. Hoje, foi divulgado que Mahmoud Abbas recebeu a recomendação de dissolver o governo palestino para tentar reverter o bloqueio financeiro.

A recomendação veio de uma comissão da Organização pela Libertação da Palestina (OLP). A OLP é a entidade que reúne a maioria dos grupos palestinos, tanto nos territórios como no exílio. O partido do presidente da ANP, o Fatah, tem controle absoluto da instituição. O Hamas e o Jihad Islâmico não integram a entidade.

Abbas buscou as recomendações da comissão depois de afirmar, na última semana, que seus esforços para formar uma coalizão moderada de governo com o Hamas (que, assim como o Fatah, possui braços político e armado) chegaram a um impasse.

A crise financeira palestina, causada não só pelo boicote de ajuda de governos ocidentais mas também, principalmente, pela interrupção do repasse de valores arrecadados em impostos por parte de Israel, leva à míngua a infra-estrutura dos territórios palestinos [já bastante deteriorada ] e desencadeia confrontos devido ao atraso de salários de milhares de funcionários.

Com agências internacionais

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