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17/12/2006
-
17h18
SAKHER ABU EL OUN
da France Presse, em Gaza
Dois palestinos morreram, e cerca de 30 ficaram feridos neste domingo na faixa de Gaza, onde militantes do Hamas e partidários de Mahmud Abbas se enfrentaram, no dia seguinte à convocação de eleições antecipadas pelo presidente palestino, ação rejeitada pelo movimento radical islâmico.
Confrontos opuseram membros do braço armado do Hamas e da força executiva subordinada ao ministério do Interior a membros dos serviços de segurança e militantes fiéis ao presidente Abbas.
O sudoeste da faixa de Gaza, onde ficam diversos ministérios e os escritórios da Presidência, transformou-se em campo de batalha durante várias horas.
Uma palestina de 19 anos foi morta por uma bala perdida, e seis pessoas ficaram feridas, entre elas uma menina e o correspondente do jornal francês "Libération", Didier François, baleado na perna.
Quatro pessoas foram feridas por disparos de foguetes antitanque, e dois obuses de morteiros explodiram no edifício onde ficam os escritórios de Abbas.
Membros da guarda presidencial que ocupavam os ministérios da Agricultura e das Comunicações trocaram tiros com militantes do Hamas postados em outros edifícios ministeriais do mesmo setor.
Desconhecidos também abriram fogo contra o comboio do ministro das Relações Exteriores, Mahmud Zahar, que não foi ferido, mas um de seus guardas ficou machucado.
Os confrontos se deslocaram para o norte da faixa de Gaza, onde militantes do Hamas, que dirige o governo, abriram fogo contra uma manifestação de milhares de partidários do presidente Abbas.
Estes atos de violência aconteceram depois de um ataque, antes do amanhecer, contra um campo de treinamento da guarda presidencial no sul da cidade de Gaza.
Uma sentinela foi morta na entrada do campo. A guarda presidencial acusou as Brigadas Ezzedin al Qassam --o braço armado do Hamas-- de ter organizado o ataque, mas o grupo desmentiu.
O Hamas acusou membros da guarda presidencial de estarem por trás de uma "tentativa de assassinato" do premiê Ismail Haniyeh, cujo comboio foi alvo de tiros na noite de quinta-feira na fronteira entre a faixa de Gaza e o Egito.
Abbas "condenou firmemente o ataque" contra o campo e "deu ordens para que os autores sejam encontrados e entregues à Justiça", afirmou o porta-voz presidencial, Nabil Abu Rudeina.
No âmbito político, Haniyeh qualificou de "inconstitucional" a decisão do presidente Abbas, que convocou eleições antecipadas para sair do impasse após o fracasso das discussões com o Hamas sobre a formação de um governo de união. Haniyeh lançou um apelo à calma dos palestinos, assim como o presidente do Parlamento, Ahmed Bahar.
Abbas se reuniu em Ramallah, na Cisjordânia, com autoridades da Comissão central eleitoral "para discussões preliminares" sobre a eleição, informou um de seus colaboradores, destacando que "nenhuma data será fixada imediatamente".
A comunidade internacional, que boicota o governo do Hamas desde sua entrada em funções, em março, apoiou a iniciativa de Abbas.
Já Ehud Olmert, que também apoiou a medida, afirmou que Israel devia se manter discreto para não agravar o atual contexto de violência nos territórios.
"Não temos de reagir ao discurso de Abbas. Trata-se de uma questão muito sensível, e Israel não deve fazer nada para complicar a situação", declarou Olmert, citado por um responsável que não quis se identificar.
A maioria dos palestinos é favorável à convocação de eleições antecipadas, segundo uma pesquisa divulgada neste domingo.
No total, 61% dos palestinos são favoráveis a eleições presidenciais e legislativas antecipadas, contra 37% que reprovam a medida, segundo o estudo do Centro palestino para a política e o estudo de pesquisas (PCPSR, siglas em inglês).
O presidente palestino afirmou, no entanto, que a instauração de "um governo de união nacional formado por tecnocratas" constituía sua "principal prioridade", mas não especificou se convocaria eleições antecipadas caso tal governo seja instalado.
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Violência em Gaza deixa dois mortos e cerca de 30 feridos
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da France Presse, em Gaza
Dois palestinos morreram, e cerca de 30 ficaram feridos neste domingo na faixa de Gaza, onde militantes do Hamas e partidários de Mahmud Abbas se enfrentaram, no dia seguinte à convocação de eleições antecipadas pelo presidente palestino, ação rejeitada pelo movimento radical islâmico.
Confrontos opuseram membros do braço armado do Hamas e da força executiva subordinada ao ministério do Interior a membros dos serviços de segurança e militantes fiéis ao presidente Abbas.
O sudoeste da faixa de Gaza, onde ficam diversos ministérios e os escritórios da Presidência, transformou-se em campo de batalha durante várias horas.
Uma palestina de 19 anos foi morta por uma bala perdida, e seis pessoas ficaram feridas, entre elas uma menina e o correspondente do jornal francês "Libération", Didier François, baleado na perna.
Quatro pessoas foram feridas por disparos de foguetes antitanque, e dois obuses de morteiros explodiram no edifício onde ficam os escritórios de Abbas.
Membros da guarda presidencial que ocupavam os ministérios da Agricultura e das Comunicações trocaram tiros com militantes do Hamas postados em outros edifícios ministeriais do mesmo setor.
Desconhecidos também abriram fogo contra o comboio do ministro das Relações Exteriores, Mahmud Zahar, que não foi ferido, mas um de seus guardas ficou machucado.
Os confrontos se deslocaram para o norte da faixa de Gaza, onde militantes do Hamas, que dirige o governo, abriram fogo contra uma manifestação de milhares de partidários do presidente Abbas.
Estes atos de violência aconteceram depois de um ataque, antes do amanhecer, contra um campo de treinamento da guarda presidencial no sul da cidade de Gaza.
Uma sentinela foi morta na entrada do campo. A guarda presidencial acusou as Brigadas Ezzedin al Qassam --o braço armado do Hamas-- de ter organizado o ataque, mas o grupo desmentiu.
O Hamas acusou membros da guarda presidencial de estarem por trás de uma "tentativa de assassinato" do premiê Ismail Haniyeh, cujo comboio foi alvo de tiros na noite de quinta-feira na fronteira entre a faixa de Gaza e o Egito.
Abbas "condenou firmemente o ataque" contra o campo e "deu ordens para que os autores sejam encontrados e entregues à Justiça", afirmou o porta-voz presidencial, Nabil Abu Rudeina.
No âmbito político, Haniyeh qualificou de "inconstitucional" a decisão do presidente Abbas, que convocou eleições antecipadas para sair do impasse após o fracasso das discussões com o Hamas sobre a formação de um governo de união. Haniyeh lançou um apelo à calma dos palestinos, assim como o presidente do Parlamento, Ahmed Bahar.
Abbas se reuniu em Ramallah, na Cisjordânia, com autoridades da Comissão central eleitoral "para discussões preliminares" sobre a eleição, informou um de seus colaboradores, destacando que "nenhuma data será fixada imediatamente".
A comunidade internacional, que boicota o governo do Hamas desde sua entrada em funções, em março, apoiou a iniciativa de Abbas.
Já Ehud Olmert, que também apoiou a medida, afirmou que Israel devia se manter discreto para não agravar o atual contexto de violência nos territórios.
"Não temos de reagir ao discurso de Abbas. Trata-se de uma questão muito sensível, e Israel não deve fazer nada para complicar a situação", declarou Olmert, citado por um responsável que não quis se identificar.
A maioria dos palestinos é favorável à convocação de eleições antecipadas, segundo uma pesquisa divulgada neste domingo.
No total, 61% dos palestinos são favoráveis a eleições presidenciais e legislativas antecipadas, contra 37% que reprovam a medida, segundo o estudo do Centro palestino para a política e o estudo de pesquisas (PCPSR, siglas em inglês).
O presidente palestino afirmou, no entanto, que a instauração de "um governo de união nacional formado por tecnocratas" constituía sua "principal prioridade", mas não especificou se convocaria eleições antecipadas caso tal governo seja instalado.
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