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20/12/2006 - 08h47

Em vídeo, Al Qaeda rechaça eleição palestina e pede guerra santa

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da Folha Online

Em um novo vídeo exibido nesta quarta-feira pela rede de TV Al Jazira, do Qatar, o médico egípcio Ayman Al Zawahiri --homem mais importante da rede terrorista Al Qaeda depois de Osama bin Laden-- rechaçou a antecipação da eleições palestinas e disse que apenas uma guerra santa poderá libertar o povo palestino.

Al Zawahiri também criticou o presidente da Autoridade Nacional Palestina (ANP), Mahmoud Abbas. A autenticidade do vídeo ainda não pôde ser confirmada.

A gravação da Al Qaeda foi apresentada após o presidente da ANP ter anunciado um novo acordo de cessar-fogo [o segundo em três dias] entre Hamas e Fatah [partidos políticos palestinos que possuem braços armados]. Só ontem, a violência entre os dois grupos deixou seis mortos. Hoje, apesar do cessar-fogo, dois membros das forças da Segurança Nacional, leais a Abbas, morreram devido à crise de violência entre as facções.

"Qualquer outro caminho diferente ao de uma guerra santa à derrota. Aqueles que buscam libertar a terra do islã por meio de eleições inspiradas nas constituições laicas (...) não libertarão um só grão de areia da Palestina", afirma Al Zawahiri na gravação.

O "braço direito" de Bin Laden pediu aos palestinos que resistam à idéia de realizar eleições, alegando que o pleito não ajudará na libertação da Palestina, e chamou Abbas de "o homem da América do Norte na palestina".

As críticas de Al Zawahiri também pesaram sobre o Hamas, mesmo sem mencioná-lo diretamente, por o partido atualmente no poder ter reconhecido a ANP.

"Seu reconhecimento a Abbas é um abismo que ao final conduzirá ao reconhecimento de Israel", diz a voz da gravação. "Como não exigir que a Palestina tenha uma Constituição islâmica antes de realizar eleições?, acrescentou, referindo-se aos comícios realizados pelo Hamas em janeiro, quando o partido derrotou o Fatah [partido de Abbas] nas eleições legislativas.

Membros armados do Hamas e do Fatah têm se enfrentando na ruas de Gaza desde o último domingo, quando Abbas anunciou a pretensão de antecipar eleições legislativas na tentativa de encerrar a crise política e econômica palestina. O Hamas, que não reconhece o Estado de Israel e comanda o Parlamento palestino desde o início deste ano, enfrenta sanções econômicas e não conseguiu, até este momento, chegar a um acordo com o Fatah para criar um governo de coalizão.

Com agências internacionais

Especial
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