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19/12/2006
-
19h24
da Folha Online
O presidente da Autoridade Nacional Palestina (ANP), Mahmoud Abbas, anunciou que um cessar-fogo foi selado entre os rivais Fatah e Hamas [partidos políticos palestinos que possuem braços armados].
Os confrontos entre os dois grupos na faixa de Gaza mataram seis pessoas nesta terça-feira.
"Nós abençoamos e apoiamos este acordo", afirmou Abbas à imprensa em Ramallah, na Cisjordânia. "Esperamos que ele seja respeitado".
Anteriormente, os chefes de segurança do Hamas e do Fatah apareceram lado a lado na Cidade de Gaza para declarar que Abbas e o premiê palestino, Ismail Haniyeh, haviam concordado em retirar suas forças das ruas a partir das 23h (19h de Brasília)
Um acordo anterior de cessar-fogo, instituído no domingo (17) foi quebrado em 24 horas.
O número de mortes registradas nesta terça-feira em confrontos entre Hamas e Fatah foi o maior desde a intensificação da disputa entre os dois grupos, no último final de semana. Quatro das seis vítimas foram mortas em confrontos na ruas.
Os corpos de dois membros das forças de segurança ligadas a Abbas foram encontrados horas depois que eles foram seqüestrados, segundo fontes médicas.
Anteriormente, tanto Abbas quanto Haniyeh haviam feito apelos para que ambos os grupos deixassem de lado a violência. Em um discurso, Haniyeh pediu que os dois partidos rivais se "unam na luta contra Israel". Já Abbas havia pedido que "todos, sem exceção, aceitassem o cessar-fogo e o fim dos confrontos, com o objetivo de manter a unidade nacional".
Até o momento, são desconhecidas as causas que levaram à quebra do cessar-fogo anunciado no domingo (17) com a ajuda de vários mediadores, entre eles o grupo radical Jihad islâmico e o governo do Egito.
Violência
Durante a tarde desta terça-feira, a violência tomou conta das ruas da faixa de Gaza.
Anteriormente, um policial do Hamas foi morto em uma troca de tiros dentro de um hospital.
Em outro confronto, dois oficiais do Fatah foram seqüestrados e mortos por homens armados do Hamas. De acordo com fontes hospitalares, os dois corpos foram jogados em uma rua.
Também nesta terça-feira, o carro de um líder do Fatah no norte de Gaza, Ismail Abu Shamallah, foi atingido por tiros. Ele escapou ileso do ataque, de acordo com oficiais.
Civis deixaram a região e lojas de Gaza foram fechadas por questões de segurança.
"O que acontece é uma loucura", afirmou o taxista Adel Mohammad Ali, 40. "As ruas estão divididas entre homens armados do Hamas e do Fatah. Você não sabe quem é quem."
Eleições
Os conflitos entre as duas facções ocorrem na faixa de Gaza desde que o presidente da Autoridade Nacional Palestina (ANP), Mahmoud Abbas [líder do Fatah], anunciou a intenção de antecipar as eleições, no último fim de semana.
Ontem, Abbas afirmou ao premiê britânico Tony Blair, durante visita a Gaza, que está "comprometido" com as eleições, mas deixou em aberto a possibilidade de um governo de união.
Assessores de Abbas afirmam que ele planeja anunciar na próxima semana o pleito.
O Hamas acusa o presidente da ANP de tentar lançar um "golpe" contra o governo liderado pelo partido e afirma que irá boicotar as eleições.
Com agências internacionais
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Coronel do Fatah é seqüestrado e morto por ativistas do Hamas
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Abbas anuncia cessar-fogo entre Hamas e Fatah em Gaza
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O presidente da Autoridade Nacional Palestina (ANP), Mahmoud Abbas, anunciou que um cessar-fogo foi selado entre os rivais Fatah e Hamas [partidos políticos palestinos que possuem braços armados].
Os confrontos entre os dois grupos na faixa de Gaza mataram seis pessoas nesta terça-feira.
"Nós abençoamos e apoiamos este acordo", afirmou Abbas à imprensa em Ramallah, na Cisjordânia. "Esperamos que ele seja respeitado".
Anteriormente, os chefes de segurança do Hamas e do Fatah apareceram lado a lado na Cidade de Gaza para declarar que Abbas e o premiê palestino, Ismail Haniyeh, haviam concordado em retirar suas forças das ruas a partir das 23h (19h de Brasília)
Um acordo anterior de cessar-fogo, instituído no domingo (17) foi quebrado em 24 horas.
Hatem Moussa/AP |
Homem armado ligado ao Hamas carrega lançador de foguetes em rua de Gaza |
Os corpos de dois membros das forças de segurança ligadas a Abbas foram encontrados horas depois que eles foram seqüestrados, segundo fontes médicas.
Anteriormente, tanto Abbas quanto Haniyeh haviam feito apelos para que ambos os grupos deixassem de lado a violência. Em um discurso, Haniyeh pediu que os dois partidos rivais se "unam na luta contra Israel". Já Abbas havia pedido que "todos, sem exceção, aceitassem o cessar-fogo e o fim dos confrontos, com o objetivo de manter a unidade nacional".
Até o momento, são desconhecidas as causas que levaram à quebra do cessar-fogo anunciado no domingo (17) com a ajuda de vários mediadores, entre eles o grupo radical Jihad islâmico e o governo do Egito.
Violência
Durante a tarde desta terça-feira, a violência tomou conta das ruas da faixa de Gaza.
Anteriormente, um policial do Hamas foi morto em uma troca de tiros dentro de um hospital.
Em outro confronto, dois oficiais do Fatah foram seqüestrados e mortos por homens armados do Hamas. De acordo com fontes hospitalares, os dois corpos foram jogados em uma rua.
Também nesta terça-feira, o carro de um líder do Fatah no norte de Gaza, Ismail Abu Shamallah, foi atingido por tiros. Ele escapou ileso do ataque, de acordo com oficiais.
Civis deixaram a região e lojas de Gaza foram fechadas por questões de segurança.
"O que acontece é uma loucura", afirmou o taxista Adel Mohammad Ali, 40. "As ruas estão divididas entre homens armados do Hamas e do Fatah. Você não sabe quem é quem."
Eleições
Os conflitos entre as duas facções ocorrem na faixa de Gaza desde que o presidente da Autoridade Nacional Palestina (ANP), Mahmoud Abbas [líder do Fatah], anunciou a intenção de antecipar as eleições, no último fim de semana.
Ontem, Abbas afirmou ao premiê britânico Tony Blair, durante visita a Gaza, que está "comprometido" com as eleições, mas deixou em aberto a possibilidade de um governo de união.
Assessores de Abbas afirmam que ele planeja anunciar na próxima semana o pleito.
O Hamas acusa o presidente da ANP de tentar lançar um "golpe" contra o governo liderado pelo partido e afirma que irá boicotar as eleições.
Com agências internacionais
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