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27/12/2006
-
14h02
da Folha Online
da Efe
Líderes internacionais reunidos nesta quarta-feira para analisar o confronto na Somália pediram a imediata retirada das tropas etíopes do país vizinho, segundo informações divulgadas ao final da reunião.
O encontro teve a participação de representantes da União Africana, da Liga Árabe e da Autoridade Intergovernamental para o Desenvolvimento (Igad), integrada por países da África oriental.
No final da reunião, Alpha Konaré, presidente da Comissão da União Africana, divulgou um comunicado em que convoca a "rápida retirada das tropas da Etiópia" da Somália.
A reunião foi realizada em Adis Abeba, capital da Etiópia e sede da União Africana, três dias depois de as tropas etíopes lançarem uma ofensiva terrestre e aérea contra os milicianos das Cortes Islâmicas da Somália.
Segundo cálculos da Etiópia, a ofensiva causou a morte de mil combatentes islâmicos. O número foi divulgado na terça-feira pelo primeiro-ministro da Etiópia, Meles Zenawi, que, no entanto, não ofereceu dados sobre as baixas etíopes.
Apoio ao governo
O comunicado divulgado após a reunião de hoje pede também que se preste "apoio urgente" ao governo de transição da Somália, que luta junto com as forças etíopes para derrotar os milicianos islâmicos.
Além disso, pede "a retirada de todas as tropas e elementos estrangeiros da Somália", sem fazer referência a outras nacionalidades.
Segundo a Etiópia, ao lado dos combatentes islâmicos somalis lutam soldados regulares da Eritréia, tradicional adversário dos etíopes, além de milicianos paquistaneses e sudaneses, entre outras nacionalidades.
Guerra
O combate entre o governo interino da Somália, secular, e a guerrilha islâmica se intensificou há uma semana, e hoje já configura uma guerra civil que ameaça envolver cada vez mais países vizinhos.
Os guerrilheiros islâmicos se apossaram da maior parte do sudeste do país depois de tomarem a capital em junho.
Os Estados Unidos e o governo etíope em Adis Abeba afirmam que os guerrilheiros são apoiados pela rede terrorista Al Qaeda e pela Eritréia.
Os islâmicos afirmam possuir o apoio da população e dizem que seu principal objetivo é restaurar a ordem na Somália por meio da lei islâmica, depois de anos de anarquia desde a queda do ditador Siad Barre em 1991.
Apesar de esperar uma vitória rápida, o governo teme que a guerrilha renove sua campanha de ataques, especialmente por parte do Conselho de Cortes Islâmicas da Somália (SICC, na sigla em inglês). O governo chegou a oferecer anistia para os islâmicos que abandonarem a luta.
Os etíopes temem que a Somália se torne um Estado muçulmano radical e acusa o SICC de tentar anexar a região de Ogaden, que faz parte de Etiópia mas é de maioria somali.
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Líderes africanos pedem retirada de tropas estrangeiras da Somália
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da Efe
Líderes internacionais reunidos nesta quarta-feira para analisar o confronto na Somália pediram a imediata retirada das tropas etíopes do país vizinho, segundo informações divulgadas ao final da reunião.
O encontro teve a participação de representantes da União Africana, da Liga Árabe e da Autoridade Intergovernamental para o Desenvolvimento (Igad), integrada por países da África oriental.
![](http://www1.folha.uol.com.br/folha/mundo/images/mapa-etiopia.gif)
A reunião foi realizada em Adis Abeba, capital da Etiópia e sede da União Africana, três dias depois de as tropas etíopes lançarem uma ofensiva terrestre e aérea contra os milicianos das Cortes Islâmicas da Somália.
Segundo cálculos da Etiópia, a ofensiva causou a morte de mil combatentes islâmicos. O número foi divulgado na terça-feira pelo primeiro-ministro da Etiópia, Meles Zenawi, que, no entanto, não ofereceu dados sobre as baixas etíopes.
Apoio ao governo
O comunicado divulgado após a reunião de hoje pede também que se preste "apoio urgente" ao governo de transição da Somália, que luta junto com as forças etíopes para derrotar os milicianos islâmicos.
Além disso, pede "a retirada de todas as tropas e elementos estrangeiros da Somália", sem fazer referência a outras nacionalidades.
Segundo a Etiópia, ao lado dos combatentes islâmicos somalis lutam soldados regulares da Eritréia, tradicional adversário dos etíopes, além de milicianos paquistaneses e sudaneses, entre outras nacionalidades.
Guerra
O combate entre o governo interino da Somália, secular, e a guerrilha islâmica se intensificou há uma semana, e hoje já configura uma guerra civil que ameaça envolver cada vez mais países vizinhos.
Os guerrilheiros islâmicos se apossaram da maior parte do sudeste do país depois de tomarem a capital em junho.
Os Estados Unidos e o governo etíope em Adis Abeba afirmam que os guerrilheiros são apoiados pela rede terrorista Al Qaeda e pela Eritréia.
Os islâmicos afirmam possuir o apoio da população e dizem que seu principal objetivo é restaurar a ordem na Somália por meio da lei islâmica, depois de anos de anarquia desde a queda do ditador Siad Barre em 1991.
Apesar de esperar uma vitória rápida, o governo teme que a guerrilha renove sua campanha de ataques, especialmente por parte do Conselho de Cortes Islâmicas da Somália (SICC, na sigla em inglês). O governo chegou a oferecer anistia para os islâmicos que abandonarem a luta.
Os etíopes temem que a Somália se torne um Estado muçulmano radical e acusa o SICC de tentar anexar a região de Ogaden, que faz parte de Etiópia mas é de maioria somali.
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