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06/01/2007 - 19h54

Secretário-geral da ONU pede ao Iraque a suspensão das execuções

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da Folha Online

O secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, pediu neste sábado ao governo do Iraque suspender as execuções previstas para breve, uma semana depois do polêmico enforcamento de Saddam Hussein.

O anúncio vem logo depois de o premiê iraquiano, Nouri Al Maliki, ter criticado as nações que rechaçaram a execução de Saddam Hussein.

O governo iraquiano pode 'rever suas relações com todos os Estados que não respeitaram a vontade do povo' sobre a execução de Saddam Hussein, 'assunto interno que diz respeito apenas aos iraquianos', declarou Al Maliki.

'O governo pode ser obrigado a rever suas relações com todos os Estados que não respeitaram a vontade do povo iraquiano', ameaçou Al Maliki, em cerimônia pelo 86º aniversário da fundação do exército iraquiano. 'Rejeitamos e condenamos as reações, oficiais ou divulgadas pela imprensa, de certos governos', afirmou o premiê.

'Estamos estupefatos com as reações de certos governos que lamentam o destino do déspota sob pretexto de ele ter sido executado em um dia santo, sendo que ele mesmo sempre violou as festas santas. Para nós trata-se de uma traiçoeira sublevação, uma flagrante interferência nos assuntos internos do Iraque, e uma afronta às famílias das vítimas', acrescentou.

Esta é a primeira reação oficial do primeiro-ministro à execução de Saddam, enforcado dia 30 de dezembro de 2006, dia de festa muçulmana, em uma caserna do norte de Bagdá.

Um vídeo pirata de sua morte, divulgado na internet, gerou indignação na comunidade internacional. As imagens desta gravação, feitas com um telefone celular, revelaram que o ex-presidente foi insultado antes de ser enforcado.

Segundo Al Maliki, execução de Saddam é um 'assunto interno que diz respeito apenas aos iraquianos'. 'A execução do déspota não foi uma decisão política, como afirmam os inimigos do povo iraquiano, foi tomada após um justo processo, que o ditador não merecia', disse.

'Declaramos regularmente que Saddam Hussein não representava nenhuma pessoa do povo iraquiano. Os crimes que ele cometeu contra o povo, os países e suas instituições são indefensáveis', continuou o chefe do governo. Continuaremos aplicando a justiça contra os que abusaram do povo iraquiano e que têm o sangue dos inocentes em suas mãos', acrescentou.

Com France Presse

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