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09/01/2007 - 08h55

Presidente somali defende ataque dos EUA contra a Al Qaeda

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da Folha Online

O presidente interino da Somália, Abdulahi Yusuf Ahmed, afirmou nesta terça-feira em Mogadíscio que os Estados Unidos "têm o direito" de executar ataques aéreos contra supostos esconderijos da Al Qaeda em sua guerra internacional contra o terrorismo.

Efe
EUA usaram avião AC-130 (como o da foto) para lançar ataque contra Al Qaeda na Somália
EUA usaram avião AC-130 (como o da foto) para lançar ataque contra Al Qaeda na Somália
"Os americanos têm o direito de realizar ataques aéreos contra membros da Al Qaeda, onde quer que se encontrem", afirmou Yusuf durante uma entrevista coletiva, após as operações militares dos Estados Unidos contra vários alvos no sudeste da Somália.

"Aqueles que participaram nos ataques contra as Embaixadas americanas no Quênia e na Tanzânia estavam lá, então era o momento certo para realizar tais ataques", acrescentou.

Segundo Ahmed, os EUA "perseguem os terroristas da Al Qaeda ao redor do mundo" e o ataque "faz parte deste esforço".

O Pentágono confirmou nesta terça-feira um ataque aéreo contra supostos alvos da rede terrorista Al Qaeda no sul da Somália.

A ofensiva --realizada com um avião AC-130-- foi realizada com base em informações da inteligência de que terroristas da Al Qaeda estariam no local alvejado.

O Pentágono não informou se teve sucesso em atingir o alvo pretendido. Segundo informações oficiais, a Al Qaeda migrou para o sul do país no mês passado, vindo de Mogadíscio, depois que as tropas etíopes apoiadas pelo governo somali expulsaram os extremistas islâmicos.

Acusação

Os EUA acusam o grupo extremista União das Cortes Islâmicas (UCI) de ter ligação com a Al Qaeda e de ser responsável pelo ataque contra Embaixadas dos EUA no Quênia e na Tanzânia, em 1998. Autoridades americanas dizem acreditar que membros da Al Qaeda acusados pelos ataques às Embaixadas estão refugiados na Somália há ao menos três anos.

Os acusados teriam forte vínculo com o UCI. A lista de procurados do FBI [polícia federal americana] identifica os homens como Fahid Mohammad Ally Msalam, Fazul Abdullah Mohammed, Ahmed Mohammed Hamed Ali, Abdullah Ahmed Abdulla, Anas al Liby e Ayman al Zawahiri -- considerado o 'braço direito' do saudita Osama bin Laden, o líder da Al Qaeda.

A recompensa por informações que levem à prisão dos procurados é estimada em US$ 5 milhões. No entanto, os EUA oferecem uma recompensa de US$ 25 milhões por Al Zawahiri.

Segundo o FBI, ele é um médico egípcio que fundou o grupo extremista Jihad Islâmico no Egito. Em 1988, o grupo, que era liderado por Al Zawahiri, uniu-se à Al Qaeda.

"Temos informações da inteligência que estes membros da Al Qaeda exercem influência sobre a liderança do UCI, fornecendo logística, armas e suprimentos à milícia", disse Jendayi Frazer, secretário-assistente para Assuntos Africanos do Departamento de Estado dos EUA.

Ameaça

No início desta semana, autoridades americanas no Leste da África afirmaram que a Al Qaeda estaria desenvolvendo planos de ataque contra alvos dos EUA nos moldes das ações de 1998.

Informações da inteligência indicariam que a Al Qaeda reforçou as operação na Somália em junho passado, depois que os extremistas islâmicos tomaram o poder.

Campos de treinamento eram usados para treinar jovens, armas eram trazidas do leste da Europa por traficantes, e recursos financeiros vinham do Oriente Médio, segundo os EUA.

De acordo com os EUA, aparentemente, o recrutamento e treinamento aumentou muito, e os islâmicos se preparavam para expandir a área de influência para países vizinhos à Somália.

A vizinha Etiópia também expressou preocupação com os planos do regime islâmico somali. A invasão de soldados etíopes para expulsar os extremistas de Mogadíscio não enfrentou oposição dos EUA.

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