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09/01/2007
-
08h32
da Folha Online
O Exército dos EUA lançou nesta terça-feira um ataque aéreo contra supostos alvos da rede terrorista Al Qaeda no sul da Somália, informaram fontes oficiais do Pentágono.
A ofensiva --realizada com um avião AC-130-- foi lançada com base em informações da inteligência de que terroristas da Al Qaeda estariam no local alvejado.
O Pentágono não informou se teve sucesso em atingir o alvo pretendido. Segundo informações oficiais, a Al Qaeda migrou para o sul do país no mês passado, vindo de Mogadíscio, depois que as tropas etíopes apoiadas pelo governo somali expulsaram os extremistas islâmicos.
Os EUA acusam o grupo extremista União das Cortes Islâmicas (UCI) de ter ligação com a Al Qaeda e de ser responsável pelo ataque contra Embaixadas dos EUA no Quênia e na Tanzânia, em 1998. Autoridades americanas dizem acreditar que membros da Al Qaeda acusados pelos ataques às Embaixadas estão refugiados na Somália há ao menos três anos.
Os acusados teriam forte vínculo com o UCI. A lista de procurados do FBI [polícia federal americana] identifica os homens como Fahid Mohammad Ally Msalam, Fazul Abdullah Mohammed, Ahmed Mohammed Hamed Ali, Abdullah Ahmed Abdulla, Anas al Liby e Ayman al Zawahiri -- considerado o "braço direito" do saudita Osama bin Laden, o líder da Al Qaeda.
A recompensa por informações que levem à prisão dos procurados é estimada em US$ 5 milhões. No entanto, os EUA oferecem uma recompensa de US$ 25 milhões por Al Zawahiri.
Segundo o FBI, ele é um médico egípcio que fundou o grupo extremista Jihad Islâmico no Egito. Em 1988, o grupo, que era liderado por Al Zawahiri, uniu-se à Al Qaeda.
"Temos informações da inteligência que estes membros da Al Qaeda exercem influência sobre a liderança do UCI, fornecendo logística, armas e suprimentos à milícia", disse Jendayi Frazer, secretário-assistente para Assuntos Africanos do Departamento de Estado dos EUA.
Ameaça
No início desta semana, autoridades americanas no Leste da África afirmaram que a Al Qaeda estaria desenvolvendo planos de ataque contra alvos dos EUA nos moldes das ações de 1998.
Informações da inteligência indicariam que a Al Qaeda reforçou as operações na Somália em junho passado, depois que os extremistas islâmicos tomaram o poder.
Campos de treinamento eram usados para treinar jovens, armas eram trazidas do leste da Europa por traficantes, e recursos financeiros vinham do Oriente Médio, segundo os EUA.
De acordo com os EUA, aparentemente, o recrutamento e treinamento aumentou muito, e os islâmicos se preparavam para expandir a área de influência para países vizinhos à Somália.
A vizinha Etiópia também expressou preocupação com os planos do regime islâmico somali. A invasão de soldados etíopes para expulsar os extremistas de Mogadíscio não enfrentou oposição dos EUA.
Mensagem
Na sexta-feira passada (5), uma gravação de áudio atribuída à Al Qaeda, divulgada na internet, incitava extremistas islâmicos da Somália a adotarem técnicas similares às usadas no Iraque --tais como atentados suicidas-- para atacar as forças da Etiópia presentes no país.
"Peço a todos os muçulmanos que respondam ao chamado da Jihad na Somália. A verdadeira guerra começará com ataques contra as forças de etíopes de agressão. Recomendo emboscadas, minas e operações suicidas", diz a voz da mensagem, atribuída à Al Zawahiri.
Em 24 de dezembro, a Etiópia lançou uma ofensiva por terra e por ar para atacar os grupos islâmicos na Somália, que tinham ocupado Mogadíscio em junho passado e estavam se estendendo pelo resto do país. A ofensiva conseguiu expulsar as Cortes Islâmicas da capital e de áreas do centro e do sul do país que ocupavam.
Diplomatas temem que os extremistas islâmicos, sem obter sucesso nos confrontos tradicionais, passem a recorrer a táticas de guerrilha para atingir o governo cristão da Etiópia, criando o que considerariam um conflito "religioso". Cerca de 40% dos etíopes são cristãos.
A Somália vive instabilidade política desde 1991, quando os "senhores da guerra" depuseram o ditador Siad Barre.
Assista ao vídeo do ataque americano a suspeitos da Al Qaeda na Somália
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EUA atacam supostos alvos da Al Qaeda na Somália
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O Exército dos EUA lançou nesta terça-feira um ataque aéreo contra supostos alvos da rede terrorista Al Qaeda no sul da Somália, informaram fontes oficiais do Pentágono.
A ofensiva --realizada com um avião AC-130-- foi lançada com base em informações da inteligência de que terroristas da Al Qaeda estariam no local alvejado.
O Pentágono não informou se teve sucesso em atingir o alvo pretendido. Segundo informações oficiais, a Al Qaeda migrou para o sul do país no mês passado, vindo de Mogadíscio, depois que as tropas etíopes apoiadas pelo governo somali expulsaram os extremistas islâmicos.
Os EUA acusam o grupo extremista União das Cortes Islâmicas (UCI) de ter ligação com a Al Qaeda e de ser responsável pelo ataque contra Embaixadas dos EUA no Quênia e na Tanzânia, em 1998. Autoridades americanas dizem acreditar que membros da Al Qaeda acusados pelos ataques às Embaixadas estão refugiados na Somália há ao menos três anos.
Os acusados teriam forte vínculo com o UCI. A lista de procurados do FBI [polícia federal americana] identifica os homens como Fahid Mohammad Ally Msalam, Fazul Abdullah Mohammed, Ahmed Mohammed Hamed Ali, Abdullah Ahmed Abdulla, Anas al Liby e Ayman al Zawahiri -- considerado o "braço direito" do saudita Osama bin Laden, o líder da Al Qaeda.
A recompensa por informações que levem à prisão dos procurados é estimada em US$ 5 milhões. No entanto, os EUA oferecem uma recompensa de US$ 25 milhões por Al Zawahiri.
Segundo o FBI, ele é um médico egípcio que fundou o grupo extremista Jihad Islâmico no Egito. Em 1988, o grupo, que era liderado por Al Zawahiri, uniu-se à Al Qaeda.
"Temos informações da inteligência que estes membros da Al Qaeda exercem influência sobre a liderança do UCI, fornecendo logística, armas e suprimentos à milícia", disse Jendayi Frazer, secretário-assistente para Assuntos Africanos do Departamento de Estado dos EUA.
Ameaça
No início desta semana, autoridades americanas no Leste da África afirmaram que a Al Qaeda estaria desenvolvendo planos de ataque contra alvos dos EUA nos moldes das ações de 1998.
29.jun.1997/Efe |
EUA usaram avião AC-130 (como o da foto) para lançar ataque contra Al Qaeda na Somália |
Campos de treinamento eram usados para treinar jovens, armas eram trazidas do leste da Europa por traficantes, e recursos financeiros vinham do Oriente Médio, segundo os EUA.
De acordo com os EUA, aparentemente, o recrutamento e treinamento aumentou muito, e os islâmicos se preparavam para expandir a área de influência para países vizinhos à Somália.
A vizinha Etiópia também expressou preocupação com os planos do regime islâmico somali. A invasão de soldados etíopes para expulsar os extremistas de Mogadíscio não enfrentou oposição dos EUA.
Mensagem
Na sexta-feira passada (5), uma gravação de áudio atribuída à Al Qaeda, divulgada na internet, incitava extremistas islâmicos da Somália a adotarem técnicas similares às usadas no Iraque --tais como atentados suicidas-- para atacar as forças da Etiópia presentes no país.
"Peço a todos os muçulmanos que respondam ao chamado da Jihad na Somália. A verdadeira guerra começará com ataques contra as forças de etíopes de agressão. Recomendo emboscadas, minas e operações suicidas", diz a voz da mensagem, atribuída à Al Zawahiri.
Em 24 de dezembro, a Etiópia lançou uma ofensiva por terra e por ar para atacar os grupos islâmicos na Somália, que tinham ocupado Mogadíscio em junho passado e estavam se estendendo pelo resto do país. A ofensiva conseguiu expulsar as Cortes Islâmicas da capital e de áreas do centro e do sul do país que ocupavam.
Diplomatas temem que os extremistas islâmicos, sem obter sucesso nos confrontos tradicionais, passem a recorrer a táticas de guerrilha para atingir o governo cristão da Etiópia, criando o que considerariam um conflito "religioso". Cerca de 40% dos etíopes são cristãos.
A Somália vive instabilidade política desde 1991, quando os "senhores da guerra" depuseram o ditador Siad Barre.
Assista ao vídeo do ataque americano a suspeitos da Al Qaeda na Somália
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