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09/01/2007 - 21h15

Conflitos internos podem fechar Assembléia Constituinte da Bolívia

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da Folha Online

A Assembléia Constituinte da Bolívia, que tem como missão aprovar uma nova Carta Magna para o país, corre o risco de fechar se não for encontrada uma solução para seus conflitos internos, advertiu nesta terça-feira o constituinte e membro do MAS (Movimento ao Socialismo, partido do presidente Evo Morales) Román Loayza.

"Se ao longo desta semana não formarmos comissões, e na próxima não começarmos a trabalhar, creio que vamos fechar e estou de acordo com isso", disse Loayza hoje. Segundo ele, desde agosto de 2006 apenas o regulamento para funcionamento da assembléia foi aprovado.

As divergências entre os membros governistas e a oposição devido ao sistema de voto para aprovar a nova Constituição do país causaram a paralização das sessões. Já foi consumido, sem resultados, 40% do tempo de que a assembléia dispõe para cumprir seu objetivo, já que deverá ter encerrado seus trabalhos em agosto deste ano.

Oposição

Loayza, um líder indígena quechua próximo ao presidente Evo Morales, acusou hoje a oposição de impedir o desenvolvimento normal da Assembléia Constituinte com sua exigência de que a Carta Magna seja aprovada por uma maioria de dois terços (170 dos 255 votos) em cada um de seus artigos.

Após reconhecer que seu partido, o MAS também abriga interesses pessoais para ocupar as presidências das comissões, o dirigente pediu a todos que abandonem seus "apetites" individuais.

O constituinte Jorge Lazarte, membro do partido de centro-direita Unidad Nacional (UN), reconheceu que sem um acordo político de grande alcance entre a oposição e os governistas a assembléia "não vai funcionar".

Já Guillermo Richter, constituinte membro do partido de oposição Movimento Nacionalista Revolucionário (MNR), afirmou que fará esforços para aprovar uma nova lei fundamental.

A Diretiva da Assembléia tenta entrar em acordo com relação a uma agenda de trabalho entre a oposição e os governistas, para iniciar os trabalhos.

Crise

Enquanto a crise política na constituinte não permite prever um acordo, organizações civis de quatro regiões --entre elas o poderoso departamento de Santa Cruz-- anunciaram que vão buscar, fora da assembléia, um estatuto de autonomia.

O governo sinalizou, sem uma afirmação definitiva, que a autonomia das regiões deve ser discutida na Assembléia Constituinte.

O endurecimento da crise entre o governo e as regiões levou Evo Morales a designar um delegado do governo para cada um dos departamentos, de forma a tentar aproximá-los da Presidência.

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