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21/01/2007
-
08h46
da Efe, em Belgrado
da Folha Online
Os colégios eleitorais abriram neste domingo na Sérvia às 7h (4h em Brasília) para as eleições parlamentares que são consideradas cruciais para a continuação da transição democrática no país.
Os 6,6 milhões de cidadãos com direito a voto estão convocados a escolher os 250 deputados do Parlamento nacional entre 3.795 candidatos de 20 partidos e coalizões, e espera-se que nenhuma das legendas alcance a maioria absoluta para formar o governo sozinha.
O favorito nas pesquisas prévias é o ultranacionalista Partido Radical da Sérvia (SRS), que foi membro do antigo regime autoritário de Slobodan Milosevic, derrubado em 2000, e que agora lidera as enquetes de intenções de voto com 30% de apoio.
Os reformistas pró-europeus, o Partido Democrático (DS), do presidente da república, Boris Tadic, e o Partido Democrático da Sérvia (DSS), do primeiro-ministro em fim de mandato, Vojislav Kostunica, obteriam cerca de 25% e 20% dos votos, respectivamente.
As eleições acontecem conforme o sistema proporcional e espera-se que superem a barreira de 5% e entrem no Parlamento o pró-europeu G-17 Adicional, o Partido Socialista da Sérvia (SPS), fundado por Milosevic, e o novo Partido Liberal-Democrático (LDP), uma cisão do DS.
Os mais de 8.000 colégios eleitorais fecharão suas portas às 20h (17h em Brasília) e espera-se que as primeiras projeções sejam divulgadas algumas horas mais tarde.
A votação é supervisada por aproximadamente quatro mil observadores nacionais e internacionais, incluindo mais de cem enviados pela Organização para a Segurança e Cooperação na Europa (OSCE).
Kosovo
Na última quarta-feira, com a intenção de prevenir incidentes violentos nas eleições, a Otan (Organização do Tratado do Atlântico Norte, aliança militar ocidental liderada pelos Estados Unidos) reforçou seu dispositivo militar na Província independentista de Kosovo, declarou o porta-voz da Aliança Atlântica, James Appathurai.
"O nível de nossas forças já está um pouco mais elevado do que antes. As reservas se encontram em posição de serem trasladadas mais rápido", indicou o porta-voz.
Os 17 mil soldados da força de manutenção da paz da Otan (KFOR) "estão muito informadas sobre esta questão" e, por isso, "não haverá surpresas", acrescentou Appathurai, em alusão aos riscos de atos de violência entre a maioria albanesa e a minoria sérvia de Kosovo.
Depois das eleições na Sérvia, o emissário da ONU, Martti Ahtisaari, deve apresentar suas recomendações sobre o estatuto final de Kosovo.
Oposição
A campanha de Kosovo pela independência da região encontra forte oposição dentro da Sérvia.
No final de 2006, o primeiro-ministro sérvio, Vojislav Kostunica, disse que a Sérvia só poderia perder a Província de Kosovo se sofrer uma "violência jurídica".
"Kosovo nunca poderá chegar a ser independente de forma legal e justa. Só pode ser separado se alguém quiser e se atrever a recorrer à violência jurídica, com o respaldo na força", disse Kostunica em reunião do DSS (Partido Democrático da Sérvia).
Kostunica também se opôs a qualquer possibilidade de reconhecimento unilateral da independência do Kosovo e reiterou a posição sérvia de que a província deve gozar de autonomia substancial dentro da Sérvia.
As negociações do estatuto entre sérvios e albano-kosovares começaram em fevereiro passado, mas não conseguiram aproximar as posições opostas entre as duas partes nem nos assuntos técnicos.
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da Folha Online
Os colégios eleitorais abriram neste domingo na Sérvia às 7h (4h em Brasília) para as eleições parlamentares que são consideradas cruciais para a continuação da transição democrática no país.
Ranko Cukovic /Reuters |
Mulher coloca voto em urna para eleições parlamentares sérvias |
O favorito nas pesquisas prévias é o ultranacionalista Partido Radical da Sérvia (SRS), que foi membro do antigo regime autoritário de Slobodan Milosevic, derrubado em 2000, e que agora lidera as enquetes de intenções de voto com 30% de apoio.
Os reformistas pró-europeus, o Partido Democrático (DS), do presidente da república, Boris Tadic, e o Partido Democrático da Sérvia (DSS), do primeiro-ministro em fim de mandato, Vojislav Kostunica, obteriam cerca de 25% e 20% dos votos, respectivamente.
As eleições acontecem conforme o sistema proporcional e espera-se que superem a barreira de 5% e entrem no Parlamento o pró-europeu G-17 Adicional, o Partido Socialista da Sérvia (SPS), fundado por Milosevic, e o novo Partido Liberal-Democrático (LDP), uma cisão do DS.
Os mais de 8.000 colégios eleitorais fecharão suas portas às 20h (17h em Brasília) e espera-se que as primeiras projeções sejam divulgadas algumas horas mais tarde.
A votação é supervisada por aproximadamente quatro mil observadores nacionais e internacionais, incluindo mais de cem enviados pela Organização para a Segurança e Cooperação na Europa (OSCE).
Kosovo
Na última quarta-feira, com a intenção de prevenir incidentes violentos nas eleições, a Otan (Organização do Tratado do Atlântico Norte, aliança militar ocidental liderada pelos Estados Unidos) reforçou seu dispositivo militar na Província independentista de Kosovo, declarou o porta-voz da Aliança Atlântica, James Appathurai.
"O nível de nossas forças já está um pouco mais elevado do que antes. As reservas se encontram em posição de serem trasladadas mais rápido", indicou o porta-voz.
Os 17 mil soldados da força de manutenção da paz da Otan (KFOR) "estão muito informadas sobre esta questão" e, por isso, "não haverá surpresas", acrescentou Appathurai, em alusão aos riscos de atos de violência entre a maioria albanesa e a minoria sérvia de Kosovo.
Depois das eleições na Sérvia, o emissário da ONU, Martti Ahtisaari, deve apresentar suas recomendações sobre o estatuto final de Kosovo.
Oposição
A campanha de Kosovo pela independência da região encontra forte oposição dentro da Sérvia.
Srdjan Ilic/AP |
O premiê Vojislav Kostunica acena em reunião eleitoral de seu partido |
"Kosovo nunca poderá chegar a ser independente de forma legal e justa. Só pode ser separado se alguém quiser e se atrever a recorrer à violência jurídica, com o respaldo na força", disse Kostunica em reunião do DSS (Partido Democrático da Sérvia).
Kostunica também se opôs a qualquer possibilidade de reconhecimento unilateral da independência do Kosovo e reiterou a posição sérvia de que a província deve gozar de autonomia substancial dentro da Sérvia.
As negociações do estatuto entre sérvios e albano-kosovares começaram em fevereiro passado, mas não conseguiram aproximar as posições opostas entre as duas partes nem nos assuntos técnicos.
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