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01/02/2007
-
23h21
da France Presse
O primeiro-ministro israelense, Ehud Olmert, depôs nesta quinta-feira diante da comissão encarregada de investigar eventuais erros da guerra contra o Hizbollah xiita no Líbano em meados do ano passado. O comparecimento na comissão ocorre num momento em que Olmert se vê envolvido em uma série de escândalos, que têm deixado seu governo numa verdadeira corda bamba.
"A audiência durou seis horas e foram tratadas questões de ordem política e militar vinculadas à guerra do Líbano de 2006, os serviços de informação e avaliações da situação [de Israel] antes de começarem os combates [em 12 de julho] e a forma com que foram tomadas as decisões até o cessar-fogo de 14 de agosto", indicou um comunicado da comissão.
Também foi examinado em detalhes a questão dos dois militares capturados pelo Hizbollah, que foi um fator detonador da guerra em 12 de julho.
Ofensiva questionada
Olmert foi interrogado sobre a decisão de Israel de lançar uma grande ofensiva terrestre contra o Líbano dois dias antes do fim da guerra, quando estava claro que o combate terminaria em virtude da pressão do Conselho de Segurança da ONU.
A escolha do ex-líder sindicalista Amir Peretz como ministro da Defesa, sem experiência militar, também estaria sujeita a interrogações.
O primeiro-ministro, cujos índices de aprovação caíram para níveis sem precedentes, é o último de cerca de 70 líderes políticos e militares a prestar esclarecimentos à comissão desde a criação dela em 17 de setembro.
A comissão, cuja sessão desta quinta foi realizada a portas fechadas, apresentará suas conclusões preliminares nas próximas semanas, provavelmente em março.
Em várias ocasiões Olmert tentou minimizar os fracassos da guerra, apesar de admitir que "houve problemas". "Afirmar que tudo foi perfeito não é algo sério", reconheceu ao fim do conflito.
Guerra no Líbano
A comissão nasceu em meio às fortes críticas da opinião pública sobre a liderança do país na guerra de 34 dias contra a milícia xiita libanesa Hizbollah, motivadas pelo fracasso em seu objetivo de liberar os dois soldados israelenses capturados e pôr fim aos disparos de foguetes do sul do Líbano contra Israel.
Muitos observadores acreditam que o futuro político de Olmert depende das conclusões da comissão e que ele, se for culpado diretamente por qualquer fracasso, se verá forçado a renunciar.
Cerca de 77% dos consultados na última pesquisa de opinião disseram que a comissão deve recomendar as renúncias de Olmert e Peretz.
No mês passado, o chefe do Estado-Maior do exército, Dan Halutz, abriu um precedente ao renunciar ao cargo depois de investigação interna do Exército.
A única mulher que já exerceu o cargo de primeiro-ministro de Israel, Golda Meir, também se viu obrigada a renunciar por causa da crise desatada pela guerra do Yom Kippur, em 1973.
A guerra de Israel contra o Hizbollah deixou um saldo de 160 israelenses mortos, em sua maioria soldados, e mais de 1.200 libaneses mortos, em sua maioria civis.
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O primeiro-ministro israelense, Ehud Olmert, depôs nesta quinta-feira diante da comissão encarregada de investigar eventuais erros da guerra contra o Hizbollah xiita no Líbano em meados do ano passado. O comparecimento na comissão ocorre num momento em que Olmert se vê envolvido em uma série de escândalos, que têm deixado seu governo numa verdadeira corda bamba.
"A audiência durou seis horas e foram tratadas questões de ordem política e militar vinculadas à guerra do Líbano de 2006, os serviços de informação e avaliações da situação [de Israel] antes de começarem os combates [em 12 de julho] e a forma com que foram tomadas as decisões até o cessar-fogo de 14 de agosto", indicou um comunicado da comissão.
Também foi examinado em detalhes a questão dos dois militares capturados pelo Hizbollah, que foi um fator detonador da guerra em 12 de julho.
Ofensiva questionada
Olmert foi interrogado sobre a decisão de Israel de lançar uma grande ofensiva terrestre contra o Líbano dois dias antes do fim da guerra, quando estava claro que o combate terminaria em virtude da pressão do Conselho de Segurança da ONU.
A escolha do ex-líder sindicalista Amir Peretz como ministro da Defesa, sem experiência militar, também estaria sujeita a interrogações.
O primeiro-ministro, cujos índices de aprovação caíram para níveis sem precedentes, é o último de cerca de 70 líderes políticos e militares a prestar esclarecimentos à comissão desde a criação dela em 17 de setembro.
A comissão, cuja sessão desta quinta foi realizada a portas fechadas, apresentará suas conclusões preliminares nas próximas semanas, provavelmente em março.
Em várias ocasiões Olmert tentou minimizar os fracassos da guerra, apesar de admitir que "houve problemas". "Afirmar que tudo foi perfeito não é algo sério", reconheceu ao fim do conflito.
Guerra no Líbano
A comissão nasceu em meio às fortes críticas da opinião pública sobre a liderança do país na guerra de 34 dias contra a milícia xiita libanesa Hizbollah, motivadas pelo fracasso em seu objetivo de liberar os dois soldados israelenses capturados e pôr fim aos disparos de foguetes do sul do Líbano contra Israel.
Muitos observadores acreditam que o futuro político de Olmert depende das conclusões da comissão e que ele, se for culpado diretamente por qualquer fracasso, se verá forçado a renunciar.
Cerca de 77% dos consultados na última pesquisa de opinião disseram que a comissão deve recomendar as renúncias de Olmert e Peretz.
No mês passado, o chefe do Estado-Maior do exército, Dan Halutz, abriu um precedente ao renunciar ao cargo depois de investigação interna do Exército.
A única mulher que já exerceu o cargo de primeiro-ministro de Israel, Golda Meir, também se viu obrigada a renunciar por causa da crise desatada pela guerra do Yom Kippur, em 1973.
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