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07/02/2007 - 12h36

Reino Unido entra em alerta após envio de sete cartas-bomba

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da Folha Online

A polícia britânica pediu nesta quarta-feira a empresas de todo o Reino Unido que fiquem em estado de alerta com a correspondência depois da descoberta de que sete cartas-bomba foram enviadas no país nas últimas três semanas --três delas desde segunda-feira (5).

O alerta foi divulgado depois que uma carta-bomba explodiu em um escritório da DVLA, a agência britânica que administra registros de motoristas e automóveis, no centro de Swansea, ferindo levemente uma funcionária. Até agora, seis pessoas se feriram nas ações.

Em um comunicado, Constable Anton Setchell, coordenador nacional de extremismo doméstico, pediu que as companhias fiquem atentas para eventuais novas cartas-bomba.

Alastair Grant/AP
Policiais vigiam prédio de escritórios que recebeu carta-bomba, no centro de Londres
Policiais vigiam prédio de escritórios que recebeu carta-bomba, no centro de Londres
"Peço às companhias e indivíduos que tenham cautela extra ao lidar com correspondência. Se suspeitarem de alguma carta ou pacote, não o abram e chamem a polícia imediatamente'.

A polícia de Thames Valley, que lidera o inquérito ao lado do departamento de extremismo doméstico, fez conexão entre dois dos episódios.

A terceira carta-bomba consecutiva desde a última segunda-feira (5), causou ferimentos em uma mulher em Swansea (País Gales) nesta quarta-feira. A vítima trabalha em um escritório público da DVLA, a agência britânica que administra registros de motoristas e automóveis.

A nova carta-bomba reforça suspeitas de que um motorista ou outra pessoa descontente com órgãos ligados ao sistema de controle de trânsito seja responsável pelas explosões.

Ontem, dois homens sofreram ferimentos nas mãos e na parte superior de seus corpos após serem atingidos pela explosão de uma carta-bomba em um escritório da empresa Vantis, baseado no Centro de Negócios de Oaklands em Wokingham, no Condado de Berkshire, a oeste de Londres.

Na segunda-feira (5), a vítima de outra explosão de carta-bomba foi uma mulher, atingida na Capita --empresa de seguros que representa clientes como a rede de informações britânica BBC, o Escritório de Registro de Crimes, o Departamento de Comércio e Indústria e o Departamento de Trabalho e Pensões, arrecada 25 milhões de pagamentos por ano de motoristas que pedem licença para dirigir no centro de Londres.

O ministro britânico do Interior, John Reid, falando momentos antes de ser anunciada a terceira explosão, nesta quarta-feira, classificou as cartas-bomba como "preocupante", e disse ser importante que a polícia leve a cabo sua investigação sem fazer especulações.

Os serviços de câmeras e controle de velocidade por radares fotográficos são clientes da Vantis [empresa-alvo da explosão desta quarta-feira].

Mais cartas

Nesta quarta-feira, a polícia de Kent divulgou que investiga uma carta-bomba que explodiu na casa de um homem de 53 anos em Folkestone no sábado (3). Ele sofreu ferimentos leves.

A polícia investiga se há conexão com as outras explosões, mas afirma que é "cedo" para dizer. Ontem, a polícia afirmou que três cartas-bomba foram enviadas para empresas em Oxfordshire e em West Midlands (Birmingham) no mês passado. Todas continham um endereço similar.

O nome do extremista pelos direitos dos animais Barry Horne, que morreu em 2001 cumprindo sentença de 18 anos de prisão, aparecia escrito em um dos envelopes.

Nesta manhã, a polícia foi chamada a um escritório em Pimlico, no centro de Londres --que fica próximo do edifício da Capita building-- após relatos de um pacote suspeito.

No entanto, segundo a polícia, era um alarme falso. "É claro que isso irá acontecer nos próximo dias, as pessoas estão mais cautelosas que o normal com a correspondência".

Passado

O IRA (Exército Republicano Irlandês) foi pioneiro no uso de cartas-bomba como tática de terrorismo nos anos 70, na campanha para separar a Irlanda do Norte do Reino Unido. O grupo armado ilegal alvejava escritórios do governo britânico e da área da segurança.

A tática feriu dezenas de pessoas na década de 70, mas não chegou a matar ninguém. Até o momento, a polícia britânica não fez relações entre as recentes explosões e o grupo terrorista.

Com agências internacionais

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