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12/02/2007 - 12h47

Ataques terroristas matam 76 e ferem cerca de 180 em Bagdá

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da Folha Online

Explosões ocorridas em Bagdá nesta segunda-feira causaram a morte 76 pessoas e deixaram cerca de 180 feridos, num sangrento em que mais uma vez a insurgência iraquiana mostra sua força frente à vulnerável sergurança do país.

A violência sectária tornou-se um dos principais problemas do novo governo iraquiano e ganhou força há cerca de um ano, após a explosão da Mesquita Dourada da cidade de Samarra, um dos principais santuários xiitas do país, no dia 22 de fevereiro. Desde então, milhares de pessoas morreram, muitas delas após serem seqüestradas e torturadas por milícias tanto sunitas como xiitas.

A primeira explosão ocorreu às 11h50 (6h50 de Brasília), quando uma bomba disfarçada em um saco plástico foi detonada nas proximidades de um restaurante em Bab al Sharqi, área muito movimentada de Bagdá. Ao menos cinco pessoas morreram e outras 19 se feriram.

Marko Drobnjakovic/AP
Coluna de fumaça sai de mercado atingido por explosões de carros-bomba em Bagdá
Coluna de fumaça sai de mercado atingido por explosões de carros-bomba em Bagdá
Cerca de 30 minutos depois, dois carros-bomba foram detonados no estacionamento do mercado Al Arabi, no distrito de Shorja, destruindo o prédio e causando incêndio em várias lojas. A ação deixou 71 mortos e 164 feridos. O mercado Shorja, alvo freqüente de ataques, é um dos mais antigos de Bagdá e funciona como um provedor essencial para as lojas pequenas espalhadas pela capital freqüentemente foi bombardeada.

Mais de 30 ambulâncias foram para a região do mercado, além de carros do Corpo de Bombeiros.

O impacto das explosões foi tão intenso que destruiu 75 carros. Pessoas com carriolas de madeira ajudavam a transportar feridos e pedaços de corpos que se espalharam pelo local.

"Eu vi três corpos separados em várias partes. Paramédicos estavam recolhendo partes de corpos em 'piscinas' de sangue e colocando em sacolas plásticas pequenas", disse à agência de notícias Reuters Wathiq Ibrahim, que testemunhou a cena. "A quantidade de fumaça deixou o local totalmente escuro", acrescentou.

O mercado atingido fica na margem leste do rio Tigre e perto do prédio do Banco Central.

Um porta-voz do Ministério do Interior informou que três suspeitos de ligação com as explosões foram presos, mas as pessoas, revoltadas com o ocorrido, culpavam o governo do primeiro-ministro iraquiano, Nouri al Maliki, por suas perdas. "Eles mataram todos os nossos filhos. O que nos deixaram?", gritava uma mulher na rua.

As duas explosões ocorreram a uma distância de cerca de cem metros um da outra e deixaram um rastro de sangue no local. Ao menos 71 pessoas morreram e 164 ficaram feridas. O número de vítimas pode aumentar.

O dono de uma loja que pegou fogo disse que um dos carros-bomba estava estacionado no segundo andar subterrâneo do prédio do mercado Al Arabi.

Com agências internacionais

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