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15/02/2007
-
08h39
da Folha Online
Quase três anos após os atentados que mataram 191 em Madri em 2004, no pior ataque terrorista já ocorrido na Europa, a Espanha começa nesta quinta-feira a julgar os suspeitos pela ação, ocorrida no horário de pico de movimento nos trens da capital.
O ataque, no qual dez bombas explodiram em quatro trens lotados, foi qualificado como o evento mais traumático na história da Espanha desde a guerra civil da década de 30.
No julgamento, serão ouvidos cerca de cem especialistas de mais de 600 testemunhas.
"Eu espero que a Justiça funcione, e que haja uma sentença justa para o pior ataque já visto na Europa", afirmou Pilar Manjon, presidente da associação de vítimas do ataque de 11 de março, antes que os procedimentos fossem iniciados. Ele perdeu o filho de 20 anos na ação.
Sete dos 29 réus podem ser condenados a 30 anos de prisão por cada uma das vítimas, além de 18 anos pelas 1.830 tentativas de assassinato. No entanto, sob a lei espanhola, a pena máxima para crimes de terrorismo é de 40 anos.
A segurança foi reforçada para o julgamento, com policiais a cavalo patrulhando a entrada da corte e os arredores da cidade, e cães farejadores sendo usados para localizar explosivos.
O processo deve durar cerca de cinco meses, e um veredicto deve ser divulgado em outubro.
O julgamento ocorre após uma longa investigação, durante a qual concluiu-se que a ação foi realizada por uma célula de terroristas islâmicos contrários ao apoio do governo espanhol à guerra no Iraque e à presença militar do país no Afeganistão.
Suspeitos
O grupo teria inspiração na Al Qaeda, mas não possuiria ligação direta com a rede terrorista nem receberia ajuda financeira da organização de Osama bin Laden, segundo investigadores espanhóis.
O primeiro suspeito a ser trazido à corte foi Rabei Osman, egípcio detido na Itália em 2004 e considerado pelas autoridades espanholas como um dos mentores dos ataques.
Os outros suspeitos incluem os marroquinos Jamal Zougam e Abdelmajid Bouchar, ambos acusados de plantar algumas das bombas.
O espanhol Emilio Trashorras, um ex-mineiro, é acusado de fornecer dinamite utilizada nos atentados e Youssef Belhadj é suspeito de ter tomado decisões a respeito da ação, tais como a data exata, e dado instruções ao grupo. Todos declararam-se inocentes das acusações.
Sobreviventes e parentes das vítimas devem assistir ao julgamento em uma sala especial, com o apoio de psicólogos.
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Espanha inicia julgamento de suspeitos por ataque que matou 191
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Quase três anos após os atentados que mataram 191 em Madri em 2004, no pior ataque terrorista já ocorrido na Europa, a Espanha começa nesta quinta-feira a julgar os suspeitos pela ação, ocorrida no horário de pico de movimento nos trens da capital.
O ataque, no qual dez bombas explodiram em quatro trens lotados, foi qualificado como o evento mais traumático na história da Espanha desde a guerra civil da década de 30.
No julgamento, serão ouvidos cerca de cem especialistas de mais de 600 testemunhas.
"Eu espero que a Justiça funcione, e que haja uma sentença justa para o pior ataque já visto na Europa", afirmou Pilar Manjon, presidente da associação de vítimas do ataque de 11 de março, antes que os procedimentos fossem iniciados. Ele perdeu o filho de 20 anos na ação.
Juan Carlos Hidalgo/Efe |
Policiais vigiam entrada de corte em Madri no dia de início de julgamento |
A segurança foi reforçada para o julgamento, com policiais a cavalo patrulhando a entrada da corte e os arredores da cidade, e cães farejadores sendo usados para localizar explosivos.
O processo deve durar cerca de cinco meses, e um veredicto deve ser divulgado em outubro.
O julgamento ocorre após uma longa investigação, durante a qual concluiu-se que a ação foi realizada por uma célula de terroristas islâmicos contrários ao apoio do governo espanhol à guerra no Iraque e à presença militar do país no Afeganistão.
Suspeitos
O grupo teria inspiração na Al Qaeda, mas não possuiria ligação direta com a rede terrorista nem receberia ajuda financeira da organização de Osama bin Laden, segundo investigadores espanhóis.
O primeiro suspeito a ser trazido à corte foi Rabei Osman, egípcio detido na Itália em 2004 e considerado pelas autoridades espanholas como um dos mentores dos ataques.
Os outros suspeitos incluem os marroquinos Jamal Zougam e Abdelmajid Bouchar, ambos acusados de plantar algumas das bombas.
O espanhol Emilio Trashorras, um ex-mineiro, é acusado de fornecer dinamite utilizada nos atentados e Youssef Belhadj é suspeito de ter tomado decisões a respeito da ação, tais como a data exata, e dado instruções ao grupo. Todos declararam-se inocentes das acusações.
Sobreviventes e parentes das vítimas devem assistir ao julgamento em uma sala especial, com o apoio de psicólogos.
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