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17/02/2007 - 19h03

Senado dos EUA bloqueia debate sobre estratégia no Iraque

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da Folha Online

O Senado dos Estados Unidos bloqueou neste sábado uma moção não-vinculativa de condenação à nova estratégia para o Iraque do presidente George W. Bush, após os democratas não terem obtido os 60 votos necessários para submetê-la a debate.

Foi a segunda vez que os representantes republicanos no Senado conseguiram deter a oposição democrata, que tenta levantar o debate com a resolução crítica à política de Bush.

O presidente Bush anunciou no mês passado novas medidas para reforçar a segurança no Iraque --entre elas, a que mais causou polêmica e que vem recebendo maior oposição do Congresso é o envio de mais 21.500 soldados americanos ao país.

O bloqueio da proposta --cuja discussão obteve 56 votos a favor e 34 contra-- aconteceu um dia após a Câmara de Representantes aprovar, por 246 a 182, uma resolução similar de condenação ao envio de soldados adicionais ao Iraque.

Sete republicanos votaram a favor da resolução proposta pelos democratas --contra apenas dois na votação anterior. Na manhã deste sábado, a senadora democrata Hillary Rodham Clinton, defendeu a moção em discurso em New Hampshire.

"Temos que dar fim a essa guerra, e não conseguiremos sem os votos republicanos", disse.

Pesquisas de opinião apontam que a maior parte dos americanos se opõem ao conflito, que já matou mais de 3.100 soldados americanos.

Democratas na Câmara dos Representantes afirmam que a apresentação de resoluções erá a primeira medida para tentar forçar Bush a mudar sua política no conflito do Iraque.

No Senado, o líder da maioria democrata, Harry Reid, afirmou aos legisladores que irá incluir a legislação antiterrorista no debate a respeito da guerra. Ele se reuniu em particular com colegas democratas nos últimos dias, enquando a liderança planeja os próximos passos.

Na Câmara, democratas afirma que tentarão impor restrições ao pedido adicional de US$ 93 bilhões feito por Bush para fins militares, em uma tentativa de impedir que ele use os recursos para destacar 21.500 soldados adicionais para o Iraque.

O democrata John Murtha descreveu uma série de restrições, tais como exigir do Pentágono um certo período para treinar e equipar as tropas, para "proteger" os próprios soldados.

Republicanos argumentam que tais medidas impediriam os reforços necessários para as tropas e dizem que irão tentar bloquear as restrições.

Visita

Em visita-surpresa ao Iraque, a secretária de Estado dos EUA, Condoleezza Rice, disse neste sábado esperar que a nova estratégia de segurança no país seja um incentivo para o progresso político, mas que é cedo para dizer se a nova operação produz resultados.

Reuters
Secretária de Estado Condoleezza Rice fala com repórteres durante visita a Bagdá
Secretária de Estado Condoleezza Rice fala com repórteres durante visita a Bagdá
A nova operação de segurança no Iraque, realizada em conjunto por forças americanas e iraquianas contra as facções de insurgentes no país, está trazendo "uma nova esperança e um novo otimismo" à população de Bagdá (capital), disse Rice. Ela acrescentou que o plano de segurança está "apenas começando a se desdobrar" e deve ganhar mais força com o tempo.

Ela reconheceu as preocupações nos EUA quanto a obter apoio para os esforços prometidos pelo presidente George W. Bush para consolidar a democracia no Iraque --na sexta-feira (16) a Casa dos Representantes (equivalente à Câmara dos Deputados no Brasil) do Congresso americano (dominada pelo Partido Democrata) aprovou uma resolução contrária ao envio de mais soldados ao país árabe.

"Alguns dos debates em Washington de fato são indicativos das preocupações que os americanos têm quanto à perspectiva de sucesso se o governo iraquiano não fizer o que disse que faria", afirmou Rice.

Ataques

Atentados com carros-bomba causaram a morte de dez pessoas e feriram cerca de 60 em Kirkuk (norte do Iraque), em contraste com a relativa calma no Iraque, devido à operação de segurança realizada na cidade.

Analistas de segurança ouvidos pela agência de notícias Associated Press disseram que os insurgentes fizeram um recuo estratégico em Bagdá para evitar confronto com as forças de segurança reforçadas na cidade.

Os ataques em Kirkuk, no entanto, seriam um sinal de que, apesar da momentânea calma, os grupos rebeldes ainda mantém a tática de realizar atentados em larga escala em grandes áreas urbanas.

Lojas e ônibus no local da primeira explosão estavam cheios quando o atentado ocorreu. No principal hospital da cidade, alguns dos feridos tiveram de ser acomodados no chão, depois que todos os leitos foram ocupados.

No último dia três, cinco carros-bomba explodiram em diferentes locais de Kirkuk, matando ao menos três pessoas e ferindo outras 21.

Com agências internacionais

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