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02/03/2007
-
22h42
da Folha Online
O juiz federal argentino Manuel Blanco, da cidade de La Plata, decidiu que o padre católico Cristian Von Wernich será submetido a um julgamento oral e público devido a acusações de crimes contra a humanidade cometidos durante a última ditadura militar do país (1976-1983). A informação foi divulgada por fontes judiciais nesta sexta-feira.
Advogados das vítimas afirmam que o julgamento contra Wernich, 68, poderá começar em cerca de dois meses, e deverá durar no mínimo 90 dias.
Durante as investigações do caso, o sacerdote, que está detido desde setembro de 2003, foi apontado como cúmplice e colaborador de 41 casos de prisões e torturas, que culminaram em ao menos sete homicídios qualificados.
Wernich foi capelão da polícia da Província de Buenos Aires na mesma época em que a força de segurança era liderada pelo general Ramón Camps.
Vários sobreviventes da chamada "guerra suja" que desatou o regime militar contra seus opositores afirmam que o padre, além de visitar prisões ilegais, acompanhava os esquadrões paramilitares que seqüestravam pessoas. Ele também teria, segundo testemunhas, presenciado fuzilamentos.
As testemunhas indicam que Wernich se oferecia para receber a confissão dos detentos nas prisões ilegais da ditadura para "tirar informações" sobre supostos guerrilheiros e opositores políticos, que contaria ao general Camps.
Em suas declarações à Justiça, o padre afirmou que visitava delegacias para dar apoio espiritual aos detentos e que estes locais eram centros clandestinos de prisão.
Von Wernich, que foi acusado pelo vencedor do Prêmio Nobel da Paz Adolfo Pérez Esquivel de ter "os lábios manchados de sangue", retornou à Argentina em 2003, depois de ter sido descoberto no Chile vivendo com uma identidade falsa.
Segundo dados oficiais, 18 mil pessoas desapareceram durante a repressão entre 1976 e 1983. Os organismos de direitos humanos argentinos elevam este número para 30 mil.
Com Efe
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O juiz federal argentino Manuel Blanco, da cidade de La Plata, decidiu que o padre católico Cristian Von Wernich será submetido a um julgamento oral e público devido a acusações de crimes contra a humanidade cometidos durante a última ditadura militar do país (1976-1983). A informação foi divulgada por fontes judiciais nesta sexta-feira.
Advogados das vítimas afirmam que o julgamento contra Wernich, 68, poderá começar em cerca de dois meses, e deverá durar no mínimo 90 dias.
Durante as investigações do caso, o sacerdote, que está detido desde setembro de 2003, foi apontado como cúmplice e colaborador de 41 casos de prisões e torturas, que culminaram em ao menos sete homicídios qualificados.
Wernich foi capelão da polícia da Província de Buenos Aires na mesma época em que a força de segurança era liderada pelo general Ramón Camps.
Vários sobreviventes da chamada "guerra suja" que desatou o regime militar contra seus opositores afirmam que o padre, além de visitar prisões ilegais, acompanhava os esquadrões paramilitares que seqüestravam pessoas. Ele também teria, segundo testemunhas, presenciado fuzilamentos.
As testemunhas indicam que Wernich se oferecia para receber a confissão dos detentos nas prisões ilegais da ditadura para "tirar informações" sobre supostos guerrilheiros e opositores políticos, que contaria ao general Camps.
Em suas declarações à Justiça, o padre afirmou que visitava delegacias para dar apoio espiritual aos detentos e que estes locais eram centros clandestinos de prisão.
Von Wernich, que foi acusado pelo vencedor do Prêmio Nobel da Paz Adolfo Pérez Esquivel de ter "os lábios manchados de sangue", retornou à Argentina em 2003, depois de ter sido descoberto no Chile vivendo com uma identidade falsa.
Segundo dados oficiais, 18 mil pessoas desapareceram durante a repressão entre 1976 e 1983. Os organismos de direitos humanos argentinos elevam este número para 30 mil.
Com Efe
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