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12/03/2007
-
09h10
da Folha Online
O grupo extremista palestino Hamas rejeitou nesta segunda-feira as críticas feitas ontem pelo "braço direito" do líder da rede terrorista Al Qaeda, Osama bin Laden, e afirmou que ainda está comprometido com a destruição de Israel, apesar do acordo com o Fatah.
"Nós não trairemos as promessas que fizemos a Deus e continuamos comprometidos com a Jihad. A resistência permanecerá até a libertação da Palestina, de toda a Palestina", afirmou o Hamas em um comunicado, em uma clara referência à Israel e aos territórios ocupados da Cisjordânia e da faixa de Gaza.
Em uma mensagem de áudio divulgada na internet neste domingo, o médico egípcio Ayman al Zawahiri, considerado o "braço direito" de Bin Laden, acusou o Hamas de servir aos interesses dos EUA ao concordar em respeitar os acordos de paz com Israel, em um recente acordo para a formação de um governo de coalizão com o Fatah, do presidente da ANP (Autoridade Nacional Palestina), Mahmoud Abbas.
O acordo de coalizão ficou próximo de cumprir à risca as exigências do Quarteto para o Oriente Médio --EUA, União Européia (UE), ONU e Rússia-- que pede que o Hamas reconheça Israel, renuncie à violência e aceite a existência dos acordos de paz.
Segundo Al Zawahiri, o acordo de Meca, que acalmou semanas de confrontos entre Hamas e Fatah, que mataram mais de 90 palestinos, foi parte de uma "tentativa dos EUA de diminuir a indignação muçulmana", descrito pelo médico egípcio como um "passo em direção a Israel"
"É uma estratégia americana para atingir a resistência islâmica contra a cruzada sionista", disse. Al Zawahiri acusou ainda o Hamas de abandonar a tradição de ataques suicidas em troca de ganhos políticos. "Eles abandonaram as operações dos mártires (...) por poder".
Ataques
Ataques atribuídos ao Hamas mataram cerca de 300 israelenses em cerca de 58 ataques depois do início da Segunda Intifada, em 2000. A última ação deste tipo do grupo foi em 2004.
Em seu comunicado, o grupo afirmou que continua a ser um "movimento de resistência" e que seus princípios "nunca mudarão". "As declarações recentes de Al Zawahiri estão erradas (...) Resistência é a nossa estratégia", afirmou o grupo extremista islâmico.
"Por isso, tenha certeza, doutor Ayman, e todos aqueles que amam a Palestina, que o Hamas continua a ser o grupo que você conheceu quando foi fundado, e nunca se modificará".
De acordo com o Hamas, a decisão de participar da disputa eleitoral em 2006 --que levou o grupo ao controle do Parlamento palestino-- e o acordo de coalizão fechado em fevereiro apenas "preservam os mais altos interesses do povo palestino".
Líderes do Hamas ofereceram uma trégua de longo prazo a Israel em troca da formação de um Estado palestino que inclua a Cisjordânia e a faixa de Gaza.
A carta de fundação do grupo, de 1988, prega a destruição do Estado de Israel.
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"Nós não trairemos as promessas que fizemos a Deus e continuamos comprometidos com a Jihad. A resistência permanecerá até a libertação da Palestina, de toda a Palestina", afirmou o Hamas em um comunicado, em uma clara referência à Israel e aos territórios ocupados da Cisjordânia e da faixa de Gaza.
Em uma mensagem de áudio divulgada na internet neste domingo, o médico egípcio Ayman al Zawahiri, considerado o "braço direito" de Bin Laden, acusou o Hamas de servir aos interesses dos EUA ao concordar em respeitar os acordos de paz com Israel, em um recente acordo para a formação de um governo de coalizão com o Fatah, do presidente da ANP (Autoridade Nacional Palestina), Mahmoud Abbas.
Reuters |
O "braço direito" de Bin Laden, Al Zawahiri, em imagem de vídeo divulgado em fevereiro |
Segundo Al Zawahiri, o acordo de Meca, que acalmou semanas de confrontos entre Hamas e Fatah, que mataram mais de 90 palestinos, foi parte de uma "tentativa dos EUA de diminuir a indignação muçulmana", descrito pelo médico egípcio como um "passo em direção a Israel"
"É uma estratégia americana para atingir a resistência islâmica contra a cruzada sionista", disse. Al Zawahiri acusou ainda o Hamas de abandonar a tradição de ataques suicidas em troca de ganhos políticos. "Eles abandonaram as operações dos mártires (...) por poder".
Ataques
Ataques atribuídos ao Hamas mataram cerca de 300 israelenses em cerca de 58 ataques depois do início da Segunda Intifada, em 2000. A última ação deste tipo do grupo foi em 2004.
Em seu comunicado, o grupo afirmou que continua a ser um "movimento de resistência" e que seus princípios "nunca mudarão". "As declarações recentes de Al Zawahiri estão erradas (...) Resistência é a nossa estratégia", afirmou o grupo extremista islâmico.
"Por isso, tenha certeza, doutor Ayman, e todos aqueles que amam a Palestina, que o Hamas continua a ser o grupo que você conheceu quando foi fundado, e nunca se modificará".
De acordo com o Hamas, a decisão de participar da disputa eleitoral em 2006 --que levou o grupo ao controle do Parlamento palestino-- e o acordo de coalizão fechado em fevereiro apenas "preservam os mais altos interesses do povo palestino".
Líderes do Hamas ofereceram uma trégua de longo prazo a Israel em troca da formação de um Estado palestino que inclua a Cisjordânia e a faixa de Gaza.
A carta de fundação do grupo, de 1988, prega a destruição do Estado de Israel.
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