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12/03/2007
-
12h20
da Folha Online
O chefe da Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA) da ONU, Mohamed ElBaradei, afirmou nesta segunda-feira que o processo de fechamento das instalações nucleares na Coréia do Norte será "complexo" e exigirá o reforço da confiança entre as partes.
ElBaradei deu as declarações em Pequim, a caminho de Pyongyang, onde deve negociar o retorno de inspetores da AIEA ao país, de acordo com um pacto selado em 13 de fevereiro.
O acordo prevê que a Coréia do Norte deixe de lado suas ambições nucleares em troca de garantias na área de segurança. "Será um processo bastante complexo", disse ElBaradei em sua chegada a Pequim. "Há laços de confiança que precisam ser reconstruídos", acrescentou.
Inspetores da AIEA não visitam Pyongyang desde 2002, quando o governo norte-coreano os expulsou, pouco antes de anunciar sua retirada "automática e imediata" do Tratado de Não-Proliferação Nuclear.
O fechamento da planta nuclear de Yongbyon até meados de abril está no centro do acordo, selado no mês passado, entre a Coréia do Norte, a Coréia do Sul, o Japão, a Rússia, os EUA e a China.
"Espero que possamos enviar nossos inspetores a tempo de implementar o acordo", disse ElBaradei. Mas ele não tinha certeza se a AIEA e Pyongyang chegarão a um acordo sobre como proceder para cumprir o prazo de 60 dias para o fechamento da planta nuclear.
"Espero pelo menos que esta viagem estabeleça uma estrutura e que se possa avançar gradualmente", disse ElBaradei. "Obviamente é do interesse deles manter o prazo, mas veremos".
Primeiros passos
O principal negociador para assuntos nucleares da Coréia do Sul, Chun Yung-woo, deu boas notas à Coréia do Norte nesta segunda-feira, por cumprir os compromissos iniciais do acordo de 13 de fevereiro.
"Acredito que conseguiremos implementar os passos iniciais de desnuclearização sem maiores obstáculos se [os países] continuarem a fazer o máximo que puderem, como tem sido até agora", disse Chun, segundo a agência de notícias sul-coreana Yonhap.
O principal porta-voz do governo japonês, Yasuhisa Shiozaki, disse que resultados positivos da viagem de ElBaradei serão vitais para convencer o mundo da sinceridade da Coréia do Norte em acabar com suas armas nucleares.
O chefe da AIEA também quer discutir o retorno da Coréia do Norte à AIEA, que zela pelo cumprimento do Tratado de Não-Proliferação Nuclear.
ElBaradei deve encontrar nesta segunda-feira o principal negociador chinês da questão norte-coreana, o vice-ministro das Relações Exteriores, Wu Dawei, e partir para Pyongyang na terça-feira.
Ainda não estava claro com quem ElBaradei se encontrará na Coréia do Norte, mas ele disse ter esperanças de que pelo menos algum progresso aconteça nessa visita histórica.
A Coréia do Norte anunciou em 2005 que possuía armas nucleares. O primeiro teste aconteceu em 2006, o que levou a ONU (Organização das Nações Unidas) a impor sanções econômicas e de armamento.
Com Reuters
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O chefe da Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA) da ONU, Mohamed ElBaradei, afirmou nesta segunda-feira que o processo de fechamento das instalações nucleares na Coréia do Norte será "complexo" e exigirá o reforço da confiança entre as partes.
ElBaradei deu as declarações em Pequim, a caminho de Pyongyang, onde deve negociar o retorno de inspetores da AIEA ao país, de acordo com um pacto selado em 13 de fevereiro.
O acordo prevê que a Coréia do Norte deixe de lado suas ambições nucleares em troca de garantias na área de segurança. "Será um processo bastante complexo", disse ElBaradei em sua chegada a Pequim. "Há laços de confiança que precisam ser reconstruídos", acrescentou.
Inspetores da AIEA não visitam Pyongyang desde 2002, quando o governo norte-coreano os expulsou, pouco antes de anunciar sua retirada "automática e imediata" do Tratado de Não-Proliferação Nuclear.
O fechamento da planta nuclear de Yongbyon até meados de abril está no centro do acordo, selado no mês passado, entre a Coréia do Norte, a Coréia do Sul, o Japão, a Rússia, os EUA e a China.
"Espero que possamos enviar nossos inspetores a tempo de implementar o acordo", disse ElBaradei. Mas ele não tinha certeza se a AIEA e Pyongyang chegarão a um acordo sobre como proceder para cumprir o prazo de 60 dias para o fechamento da planta nuclear.
"Espero pelo menos que esta viagem estabeleça uma estrutura e que se possa avançar gradualmente", disse ElBaradei. "Obviamente é do interesse deles manter o prazo, mas veremos".
Primeiros passos
O principal negociador para assuntos nucleares da Coréia do Sul, Chun Yung-woo, deu boas notas à Coréia do Norte nesta segunda-feira, por cumprir os compromissos iniciais do acordo de 13 de fevereiro.
"Acredito que conseguiremos implementar os passos iniciais de desnuclearização sem maiores obstáculos se [os países] continuarem a fazer o máximo que puderem, como tem sido até agora", disse Chun, segundo a agência de notícias sul-coreana Yonhap.
O principal porta-voz do governo japonês, Yasuhisa Shiozaki, disse que resultados positivos da viagem de ElBaradei serão vitais para convencer o mundo da sinceridade da Coréia do Norte em acabar com suas armas nucleares.
O chefe da AIEA também quer discutir o retorno da Coréia do Norte à AIEA, que zela pelo cumprimento do Tratado de Não-Proliferação Nuclear.
ElBaradei deve encontrar nesta segunda-feira o principal negociador chinês da questão norte-coreana, o vice-ministro das Relações Exteriores, Wu Dawei, e partir para Pyongyang na terça-feira.
Ainda não estava claro com quem ElBaradei se encontrará na Coréia do Norte, mas ele disse ter esperanças de que pelo menos algum progresso aconteça nessa visita histórica.
A Coréia do Norte anunciou em 2005 que possuía armas nucleares. O primeiro teste aconteceu em 2006, o que levou a ONU (Organização das Nações Unidas) a impor sanções econômicas e de armamento.
Com Reuters
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