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18/03/2007
-
14h16
da Folha Online
O Taleban disse que entregou o jornalista italiano seqüestrado no Afeganistão há duas semanas a líderes tribais neste domingo, mas ameaçou recapturá-lo caso o governo afegão não atenda às exigências do grupo.
A Itália respondeu que todas as condições impostas pelos seqüestradores foram cumpridas, mas acrescentou que a crise agora está em "uma fase extremamente delicada".
O jornalista do "La Repubblica", Daniele Mastrogiacomo, e dois colegas afegãos foram capturados há duas semanas na Província de Helmand, onde forças da Otan (Organização do Tratado do Atlântico Norte) e do Afeganistão lançaram uma ampla ofensiva militar.
O Taleban afirmou que o jornalista confessou estar espionando para as tropas britânicas.
Neste sábado, o grupo terrorista havia estendido o prazo para a execução do seqüestrado, dizendo que o matariam caso suas demandas não fossem atendidas até esta segunda-feira.
O Taleban é um grupo extremista islâmico que controlava mais de 90% do Afeganistão e foi deposto por uma coalizão liderada pelos EUA no final de 2001.
Troca
Mastrogiacomo e seu tradutor afegão foram entregues a líderes tribais depois que Cabul libertou dois talebans, disse o porta-voz do grupo rebelde, Qari Mohammad Yousuf, de uma localidade secreta. Um oficial da província disse que a libertação ocorreu neste sábado.
"Nós entregamos dois dos três [seqüestrados] depois que recebemos duas das três pessoas que queríamos que fossem libertadas", disse Yousuf, sem dar detalhes sobre para onde o jornalista e seu tradutor foram levados.
Yousuf identificou os dois como sendo o porta-voz Latif Hakimi e um líder chamado Ustad Yasar. Os dois haviam sido presos no Paquistão em 2005 e entregues a Cabul.
O porta-voz do Taleban também declarou que os rebeldes querem a libertação da terceira pessoa antes que Mastrogiacomo possa ser solto. O Taleban disse que recapturarão Mastrogiacomo e seu colega caso a exigência não seja cumprida.
Alguns relatos da mídia afirmaram que o motorista de Mastrogiacomo foi executado na quinta-feira (15), levando a Itália a dizer que estava redobrando esforços para assegurar a libertação do jornalista.
O jornal "La Repubblica" negou que Mastrogiacomo seja um espião e disse que ele trabalha para o periódico desde 1980.
Exigências
Neste domingo, o ministério das Relações Exteriores da Itália disse que todas as exigências para a libertação de Mastrogiacomo foram cumpridas.
Um porta-voz do governo italiano disse mais cedo que relatos de que o jornalista foi entregue a chefes tribais não significa que ele foi libertado.
O premiê italiano, Romano Prodi, que tem sofrido pressão interna sobre sua política externa, incluindo o envio de tropas ao Afeganistão, afirmou que conversou com o presidente afegão, Hamid Karzai. Mas Prodi recusou-se a dar detalhes da conversa.
O grupo de assistência italiano Emergência, que diz estar mediando a crise e recebeu um vídeo de Mastrogiacomo em 14 de março, também afirmou que a situação não foi resolvida.
"As demandas do Taleban devem ser cumpridas e nós ainda não estamos lá, o que torna a situação complexa e preocupante", disse o vice-presidente do Emergência, Carlo Garbagnati.
Há diferentes versões sobre o que o Taleban quer em troca do jornalista. O grupo tem exigido a libertação de seus líderes presos, às vezes mencionando os nomes de dois talebans, às vezes de três.
O Taleban, que com freqüência executa afegãos que acreditam ser espiões, também exigiram da Itália que retire seus 1.900 soldados do Afeganistão em troca da liberdade de Mastrogiacomo. Roma recusa a atender a essa demanda.
Outro jornalista italiano, Gabriele Torsello, foi seqüestrado em Helmand em outubro e libertado três semanas depois.
Com Reuters
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O Taleban disse que entregou o jornalista italiano seqüestrado no Afeganistão há duas semanas a líderes tribais neste domingo, mas ameaçou recapturá-lo caso o governo afegão não atenda às exigências do grupo.
A Itália respondeu que todas as condições impostas pelos seqüestradores foram cumpridas, mas acrescentou que a crise agora está em "uma fase extremamente delicada".
O jornalista do "La Repubblica", Daniele Mastrogiacomo, e dois colegas afegãos foram capturados há duas semanas na Província de Helmand, onde forças da Otan (Organização do Tratado do Atlântico Norte) e do Afeganistão lançaram uma ampla ofensiva militar.
O Taleban afirmou que o jornalista confessou estar espionando para as tropas britânicas.
Neste sábado, o grupo terrorista havia estendido o prazo para a execução do seqüestrado, dizendo que o matariam caso suas demandas não fossem atendidas até esta segunda-feira.
O Taleban é um grupo extremista islâmico que controlava mais de 90% do Afeganistão e foi deposto por uma coalizão liderada pelos EUA no final de 2001.
Troca
Mastrogiacomo e seu tradutor afegão foram entregues a líderes tribais depois que Cabul libertou dois talebans, disse o porta-voz do grupo rebelde, Qari Mohammad Yousuf, de uma localidade secreta. Um oficial da província disse que a libertação ocorreu neste sábado.
"Nós entregamos dois dos três [seqüestrados] depois que recebemos duas das três pessoas que queríamos que fossem libertadas", disse Yousuf, sem dar detalhes sobre para onde o jornalista e seu tradutor foram levados.
Yousuf identificou os dois como sendo o porta-voz Latif Hakimi e um líder chamado Ustad Yasar. Os dois haviam sido presos no Paquistão em 2005 e entregues a Cabul.
O porta-voz do Taleban também declarou que os rebeldes querem a libertação da terceira pessoa antes que Mastrogiacomo possa ser solto. O Taleban disse que recapturarão Mastrogiacomo e seu colega caso a exigência não seja cumprida.
Alguns relatos da mídia afirmaram que o motorista de Mastrogiacomo foi executado na quinta-feira (15), levando a Itália a dizer que estava redobrando esforços para assegurar a libertação do jornalista.
O jornal "La Repubblica" negou que Mastrogiacomo seja um espião e disse que ele trabalha para o periódico desde 1980.
Exigências
Neste domingo, o ministério das Relações Exteriores da Itália disse que todas as exigências para a libertação de Mastrogiacomo foram cumpridas.
Um porta-voz do governo italiano disse mais cedo que relatos de que o jornalista foi entregue a chefes tribais não significa que ele foi libertado.
O premiê italiano, Romano Prodi, que tem sofrido pressão interna sobre sua política externa, incluindo o envio de tropas ao Afeganistão, afirmou que conversou com o presidente afegão, Hamid Karzai. Mas Prodi recusou-se a dar detalhes da conversa.
O grupo de assistência italiano Emergência, que diz estar mediando a crise e recebeu um vídeo de Mastrogiacomo em 14 de março, também afirmou que a situação não foi resolvida.
"As demandas do Taleban devem ser cumpridas e nós ainda não estamos lá, o que torna a situação complexa e preocupante", disse o vice-presidente do Emergência, Carlo Garbagnati.
Há diferentes versões sobre o que o Taleban quer em troca do jornalista. O grupo tem exigido a libertação de seus líderes presos, às vezes mencionando os nomes de dois talebans, às vezes de três.
O Taleban, que com freqüência executa afegãos que acreditam ser espiões, também exigiram da Itália que retire seus 1.900 soldados do Afeganistão em troca da liberdade de Mastrogiacomo. Roma recusa a atender a essa demanda.
Outro jornalista italiano, Gabriele Torsello, foi seqüestrado em Helmand em outubro e libertado três semanas depois.
Com Reuters
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