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19/03/2007
-
22h52
da Folha Online
Apesar da formação de um governo de coalizão entre as forças políticas palestinas, oficiais da União Européia afirmaram nesta segunda-feira que o bloqueio financeiro contra a Autoridade Nacional Palestina continuará a ser aplicado. Os oficiais disseram esperar que o novo governo consiga alcançar em breve as condições necessárias para o fim do embargo.
A ONU (Organização das Nações Unidas), a União Européia (UE), a Rússia e os Estados Unidos --o chamado Quarteto para o Oriente Médio-- exigiram que o governo palestino, liderado pelo movimento islâmico Hamas, reconheça Israel, renuncie à violência e aceite os acordos de paz prévios antes que o embargo seja cancelado.
O bloqueio financeiro foi imposto após o Hamas ter subido ao poder no Parlamento palestino, em março de 2006, após ter derrotado o partido Fatah nas eleições democráticas palestinas em janeiro do mesmo ano. Tanto o Hamas quanto o Fatah possuem braços armado e político.
A formação de um governo de coalizão com o Fatah, considerado mais demorado, era outra exigência internacional feita ao Hamas para o fim do embargo, mas o acordo, fechado em fevereiro após meses de violência e negociações, não foi suficiente para resolver a questão.
Condições
Para Javier Solana, chefe das políticas de Relações Exteriores da UE, o novo governo de coalizão palestino ainda não cumpriu todas as condições exigidas para o fim do embargo.
"Esperamos que este governo adote as posições do Quarteto tanto quanto possível, e, eventualmente, por completo", disse Solana.
Oficiais do Quarteto conversaram por telefone hoje com o porta-voz do Departamento de Estados americano, Sean McCormack, que disse que não haverá nenhuma mudança no bloqueio enquanto o novo governo não obedecer a todas as exigências internacionais.
Um mecanismo para levar algum dinheiro para os palestinos enquanto o governo de coalizão é formado será extendido por três meses enquanto o Quarteto avalia a nova administração.
Governo
Após meses de negociações, os partidos palestinos rivais Fatah (do presidente da ANP, Mahmoud Abbas) e Hamas (do premiê palestino, Ismail Haniyeh) concordam com a criação de um novo gabinete com poder compartilhado.
O acordo foi fechado em Meca (Arábia Saudita) em uma reunião com Abbas, Haniyeh e o líder político do Hamas na Síria, Khaled Meshaal, no dia 8 de fevereiro.
A negociação foi marcada pela violência interna que custou a vida de dezenas de palestinos entre dezembro e fevereiro.
Apesar da comunidade internacional --incluindo Israel-- ter pressionado pela realização do acordo entre os dois movimentos, Israel não tem a intenção de tratar com o novo governo palestino.
Com Reuters
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Apesar da formação de um governo de coalizão entre as forças políticas palestinas, oficiais da União Européia afirmaram nesta segunda-feira que o bloqueio financeiro contra a Autoridade Nacional Palestina continuará a ser aplicado. Os oficiais disseram esperar que o novo governo consiga alcançar em breve as condições necessárias para o fim do embargo.
A ONU (Organização das Nações Unidas), a União Européia (UE), a Rússia e os Estados Unidos --o chamado Quarteto para o Oriente Médio-- exigiram que o governo palestino, liderado pelo movimento islâmico Hamas, reconheça Israel, renuncie à violência e aceite os acordos de paz prévios antes que o embargo seja cancelado.
O bloqueio financeiro foi imposto após o Hamas ter subido ao poder no Parlamento palestino, em março de 2006, após ter derrotado o partido Fatah nas eleições democráticas palestinas em janeiro do mesmo ano. Tanto o Hamas quanto o Fatah possuem braços armado e político.
A formação de um governo de coalizão com o Fatah, considerado mais demorado, era outra exigência internacional feita ao Hamas para o fim do embargo, mas o acordo, fechado em fevereiro após meses de violência e negociações, não foi suficiente para resolver a questão.
Condições
Para Javier Solana, chefe das políticas de Relações Exteriores da UE, o novo governo de coalizão palestino ainda não cumpriu todas as condições exigidas para o fim do embargo.
"Esperamos que este governo adote as posições do Quarteto tanto quanto possível, e, eventualmente, por completo", disse Solana.
Oficiais do Quarteto conversaram por telefone hoje com o porta-voz do Departamento de Estados americano, Sean McCormack, que disse que não haverá nenhuma mudança no bloqueio enquanto o novo governo não obedecer a todas as exigências internacionais.
Um mecanismo para levar algum dinheiro para os palestinos enquanto o governo de coalizão é formado será extendido por três meses enquanto o Quarteto avalia a nova administração.
Governo
Após meses de negociações, os partidos palestinos rivais Fatah (do presidente da ANP, Mahmoud Abbas) e Hamas (do premiê palestino, Ismail Haniyeh) concordam com a criação de um novo gabinete com poder compartilhado.
O acordo foi fechado em Meca (Arábia Saudita) em uma reunião com Abbas, Haniyeh e o líder político do Hamas na Síria, Khaled Meshaal, no dia 8 de fevereiro.
A negociação foi marcada pela violência interna que custou a vida de dezenas de palestinos entre dezembro e fevereiro.
Apesar da comunidade internacional --incluindo Israel-- ter pressionado pela realização do acordo entre os dois movimentos, Israel não tem a intenção de tratar com o novo governo palestino.
Com Reuters
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