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15/03/2007
-
10h08
da Folha Online
O primeiro-ministro palestino, Ismail Haniyeh, apresentou nesta quinta-feira a lista do novo governo de união ao presidente da ANP (Autoridade Nacional Palestina), Mahmoud Abbas. A lista foi elaborada após árduas discussões, na esperança de pôr fim à crise interna e ao isolamento do governo palestino.
A criação do novo gabinete, negociada durante vários meses pelos movimentos rivais Fatah, de Abbas, e Hamas, de Haniyeh, foi marcada pela violência interna que custou a vida de dezenas de palestinos entre dezembro e fevereiro.
"O primeiro-ministro designado entregou a lista definitiva do governo de união ao presidente, que a ratificará com um decreto", declarou o porta-voz da presidência palestina, Nabil Abu Rudeina.
De acordo com dirigentes palestinos, o Hamas terá, além de Haniyeh, pelo menos dez ministros, contra seis do Fatah. O gabinete também incluirá oito ministros "independentes" autorizados pelos dois grupos.
A nomeação do titular do Ministério do Interior, responsável por muitos serviços de segurança, era o principal obstáculo à definição da lista. O cargo deve ficar com Hani al Qawasmeh, um alto funcionário do ministério.
Ziad Abu Amr, um independente, será designado para a pasta de Relações Exteriores, e Salam Fayyad, do pequeno partido A Terceira Via, para Finanças, um posto que ele já ocupou anteriormente.
Programa político
A nova equipe assumirá a pesada tarefa de pôr fim à crise interna política e lidar com o boicote diplomático e financeiro que foi imposto pela comunidade internacional em janeiro de 2006, após a vitória eleitoral do Hamas, considerado um grupo terrorista, e a formação de seu governo em março deste ano.
O Conselho Legislativo Palestino (Parlamento) se reunirá no sábado para votar a nova formação do governo. Nesse dia, Haniyeh exporá o programa político de seu governo.
Segundo a agência de notícias "France Presse", o texto do programa parece ser uma tentativa de acalmar o Ocidente, com a promessa de respeitar as resoluções internacionais e os acordos firmados pela OLP (Organização para a Libertação da Palestina), mas sem mencionar o reconhecimento do Estado de Israel.
Israel
Israel não tem a intenção de tratar com o novo governo palestino, porque ele não aceita de forma direta ou indireta o reconhecimento de Israel, os acordos firmados e a renúncia à violência, informou um comunicado do Ministério de Relações Exteriores de Israel nesta quinta-feira.
Foi a primeira reação do Estado judeu ao governo de coalizão do Hamas e do Fatah, firmado em 8 de fevereiro em Meca, na Arábia Saudita. Israel não mantém nenhum contato com o governo palestino desde a eleição do Hamas.
"Esperamos que a comunidade internacional nos apóie em nossos princípios e não colabore com um governo que tem uma plataforma extremista (Hamas)", diz a nota.
O líder da Frente Pacifista Meretz, Iosi Beilin, pediu ao governo do primeiro-ministro israelense, Ehud Olmert, que "não boicote" os ministros do Fatah no novo governo palestino. Israel costuma dialogar com o Fatah.
Já o deputado Israel Katz, do partido de direita Likud, da oposição, pediu a Olmert que cesse todos os contatos com Abbas. "[A plataforma da nova coalizão] indica que a luta armada contra Israel continuará até o fim da ocupação [israelense] e até que os refugiados palestinos possam voltar a suas terras".
"Esta será a destruição do Estado israelense e provará mais uma vez que Abbas e o Hamas são duas caras da mesma moeda", acrescentou.
Com agências internacionais
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Haniyeh entrega lista definitiva do governo palestino a Abbas
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O primeiro-ministro palestino, Ismail Haniyeh, apresentou nesta quinta-feira a lista do novo governo de união ao presidente da ANP (Autoridade Nacional Palestina), Mahmoud Abbas. A lista foi elaborada após árduas discussões, na esperança de pôr fim à crise interna e ao isolamento do governo palestino.
A criação do novo gabinete, negociada durante vários meses pelos movimentos rivais Fatah, de Abbas, e Hamas, de Haniyeh, foi marcada pela violência interna que custou a vida de dezenas de palestinos entre dezembro e fevereiro.
Abd Alhalim Abu Askar/AP |
Haniyeh entrega lista definitiva de governo de coalizão a Abbas |
De acordo com dirigentes palestinos, o Hamas terá, além de Haniyeh, pelo menos dez ministros, contra seis do Fatah. O gabinete também incluirá oito ministros "independentes" autorizados pelos dois grupos.
A nomeação do titular do Ministério do Interior, responsável por muitos serviços de segurança, era o principal obstáculo à definição da lista. O cargo deve ficar com Hani al Qawasmeh, um alto funcionário do ministério.
Ziad Abu Amr, um independente, será designado para a pasta de Relações Exteriores, e Salam Fayyad, do pequeno partido A Terceira Via, para Finanças, um posto que ele já ocupou anteriormente.
Programa político
A nova equipe assumirá a pesada tarefa de pôr fim à crise interna política e lidar com o boicote diplomático e financeiro que foi imposto pela comunidade internacional em janeiro de 2006, após a vitória eleitoral do Hamas, considerado um grupo terrorista, e a formação de seu governo em março deste ano.
O Conselho Legislativo Palestino (Parlamento) se reunirá no sábado para votar a nova formação do governo. Nesse dia, Haniyeh exporá o programa político de seu governo.
Segundo a agência de notícias "France Presse", o texto do programa parece ser uma tentativa de acalmar o Ocidente, com a promessa de respeitar as resoluções internacionais e os acordos firmados pela OLP (Organização para a Libertação da Palestina), mas sem mencionar o reconhecimento do Estado de Israel.
Israel
Israel não tem a intenção de tratar com o novo governo palestino, porque ele não aceita de forma direta ou indireta o reconhecimento de Israel, os acordos firmados e a renúncia à violência, informou um comunicado do Ministério de Relações Exteriores de Israel nesta quinta-feira.
Foi a primeira reação do Estado judeu ao governo de coalizão do Hamas e do Fatah, firmado em 8 de fevereiro em Meca, na Arábia Saudita. Israel não mantém nenhum contato com o governo palestino desde a eleição do Hamas.
"Esperamos que a comunidade internacional nos apóie em nossos princípios e não colabore com um governo que tem uma plataforma extremista (Hamas)", diz a nota.
O líder da Frente Pacifista Meretz, Iosi Beilin, pediu ao governo do primeiro-ministro israelense, Ehud Olmert, que "não boicote" os ministros do Fatah no novo governo palestino. Israel costuma dialogar com o Fatah.
Já o deputado Israel Katz, do partido de direita Likud, da oposição, pediu a Olmert que cesse todos os contatos com Abbas. "[A plataforma da nova coalizão] indica que a luta armada contra Israel continuará até o fim da ocupação [israelense] e até que os refugiados palestinos possam voltar a suas terras".
"Esta será a destruição do Estado israelense e provará mais uma vez que Abbas e o Hamas são duas caras da mesma moeda", acrescentou.
Com agências internacionais
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