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23/03/2007
-
09h16
da Folha Online
Nesta sexta-feira, segundo dia de confrontos no Congo (ex-Zaire) entre tropas leais ao ex-chefe de guerra Jean-Pierre Bemba e as forças de segurança do governo, moradores fogem da capital, Kinshasa.
O principal procurador do Congo, Tsaimanga Mukenda, emitiu um mandado de prisão nesta sexta-feira para Jean-Pierre Bemba, senador e ex-candidato às eleições presidenciais do país, por alta traição.
Bemba se refugiou na Embaixada da África do Sul, enquanto seu Exército pessoal e tropas do governo lutam em Kinshasa. Mukenda disse que nem a imunidade parlamentar de Bemba nem o fato de que ele buscou refúgio na embaixada da África do Sul o deteria de buscar a sua prisão.
"Ele causou infrações sérias ao organizar uma milícia e ordenar pilhagens (...) Suas ações são de alta traição e nós o perseguiremos onde ele estiver", disse Mukenda. O promotor também afirmou que pedirá ao Parlamento que suspenda a imunidade de Bemba.
Bemba, cujo Exército pessoal iniciou os confrontos com as forças de segurança do país nesta quinta-feira, chegou à embaixada sul-africana à noite com sua esposa, segundo Kenneth Pedro, da embaixada. "Esta é uma medida temporária, até que um cessar-fogo seja declarado. Ele não pediu asilo", disse Pedro.
O vice-ministro de Relações Exteriores sul-africano, Aziz Pahad, disse nesta sexta-feira que a África do Sul enviará um representante ao Congo para ajudar a negociar a trégua.
Pahad disse em Pretória, capital sul-africana, que o governo está "muito preocupado" com os confrontos no Congo. Eles poderiam abrir uma "caixa de Pandora", encorajando outros a usar a violência para obter o que acreditam não terem conseguido em um processo de paz em que a África do Sul esteve bastante envolvida.
A maioria dos 3.300 soldados de paz da África do Sul estão no Congo.
Tiros podiam ser ouvidos nesta sexta-feira e fumaças negras saíam de uma refinaria de petróleo na capital. A rádio local Okapi, da ONU, informou que a refinaria estatal havia sido atingida durante os confrontos.
Numerosos restaurantes foram saqueados à noite, assim como a embaixada do Zimbábue, disse o porta-voz do governo, Toussaint Tshilombo.
Foram os primeiros confrontos na capital desde que Joseph Kabila chegou à presidência do Congo em 6 de dezembro, tornando-o o primeiro líder escolhido em eleições livres na nação desde 1960.
Bemba, que foi o segundo na disputa presidencial, inicialmente rejeitou os resultados, e suas milícias ocuparam as ruas, entrando em confronto com as forças de segurança de Kabila.
Bemba desistiu de contestar o resultado depois que a Suprema Corte rejeitou suas alegações e foi recentemente eleito para o Senado. Até o momento, porém, ele se recusa a desfazer seu Exército pessoal, que se acredita se formado por milhares de pessoas.
Com Associated Press
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Nesta sexta-feira, segundo dia de confrontos no Congo (ex-Zaire) entre tropas leais ao ex-chefe de guerra Jean-Pierre Bemba e as forças de segurança do governo, moradores fogem da capital, Kinshasa.
O principal procurador do Congo, Tsaimanga Mukenda, emitiu um mandado de prisão nesta sexta-feira para Jean-Pierre Bemba, senador e ex-candidato às eleições presidenciais do país, por alta traição.
15.mar.2001/AP |
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Jean-Pierre Bemba, acusado de alta traição, mantém Exército próprio |
"Ele causou infrações sérias ao organizar uma milícia e ordenar pilhagens (...) Suas ações são de alta traição e nós o perseguiremos onde ele estiver", disse Mukenda. O promotor também afirmou que pedirá ao Parlamento que suspenda a imunidade de Bemba.
Bemba, cujo Exército pessoal iniciou os confrontos com as forças de segurança do país nesta quinta-feira, chegou à embaixada sul-africana à noite com sua esposa, segundo Kenneth Pedro, da embaixada. "Esta é uma medida temporária, até que um cessar-fogo seja declarado. Ele não pediu asilo", disse Pedro.
O vice-ministro de Relações Exteriores sul-africano, Aziz Pahad, disse nesta sexta-feira que a África do Sul enviará um representante ao Congo para ajudar a negociar a trégua.
Pahad disse em Pretória, capital sul-africana, que o governo está "muito preocupado" com os confrontos no Congo. Eles poderiam abrir uma "caixa de Pandora", encorajando outros a usar a violência para obter o que acreditam não terem conseguido em um processo de paz em que a África do Sul esteve bastante envolvida.
A maioria dos 3.300 soldados de paz da África do Sul estão no Congo.
Tiros podiam ser ouvidos nesta sexta-feira e fumaças negras saíam de uma refinaria de petróleo na capital. A rádio local Okapi, da ONU, informou que a refinaria estatal havia sido atingida durante os confrontos.
Numerosos restaurantes foram saqueados à noite, assim como a embaixada do Zimbábue, disse o porta-voz do governo, Toussaint Tshilombo.
Foram os primeiros confrontos na capital desde que Joseph Kabila chegou à presidência do Congo em 6 de dezembro, tornando-o o primeiro líder escolhido em eleições livres na nação desde 1960.
Bemba, que foi o segundo na disputa presidencial, inicialmente rejeitou os resultados, e suas milícias ocuparam as ruas, entrando em confronto com as forças de segurança de Kabila.
Bemba desistiu de contestar o resultado depois que a Suprema Corte rejeitou suas alegações e foi recentemente eleito para o Senado. Até o momento, porém, ele se recusa a desfazer seu Exército pessoal, que se acredita se formado por milhares de pessoas.
Com Associated Press
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