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23/03/2007
-
10h42
da Folha Online
Confrontos entre membros de tribos paquistanesas e rebeldes estrangeiros perto da fronteira com o Afeganistão mataram ao menos 160 pessoas desde segunda-feira (19), informou o governo local nesta sexta-feira. Entre os mortos estão 130 rebeldes uzbeques e chechenos.
Ali Mohammed Jan Aurakzai, oficial do governo da Província da Fronteira do Noroeste, disse que de 25 a 30 membros das tribos locais também morreram nos confrontos que acontecem na região do Waziristão do Sul. Os embates continuavam nesta sexta-feira.
Para o governo paquistanês, os confrontos mostram o sucesso da decisão de usar as tribos locais para perseguir militantes estrangeiros ligados à rede terrorista Al Qaeda.
No entanto, especialistas argumentam que isso também expõe a falta de controle das autoridades em uma região que também é usada pelo Taleban para apoiar ataques no Afeganistão.
Aurakzai, um ex-general do Exército paquistanês, disse que as tribos capturaram outros 63 estrangeiros e estavam à procura de mais 200, que se espalharam pelas montanhas da região.
"Nossas forças não estão envolvidas. Homens das tribos locais não estão permitindo que os estrangeiros vivam em suas áreas", disse Aurakzai a jornalistas na capital, Peshawar.
O número de mortos nas lutas que acontecem em diferentes cidades do Waziristão do Sul tem subido rapidamente. Nesta quinta-feira, oficiais haviam informado que havia 135 mortos. Os dois lados em confronto teriam feito pequenas tréguas para enterrar os mortos.
Centenas de militantes árabes e da Ásia Central ligados à Al Qaeda fugiram para o Waziristão do Sul depois do colpaso do regime taleban no Afeganistão em 2001, com a invasão das forças de coalizão lideradas pelos EUA.
Outros islâmicos uzbeques que se opõe ao regime do presidente do Uzbequistão, Islam Karimov, e se juntaram aos rebeldes.
Aurakzai disse que Tahir Yuldash, líder do Movimento Islâmico do Uzbequistão, um grupo militante de oposição, estava na região quando as lutas começaram, mas não disse o que teria acontecido a ele.
Guerra contra o terror
Como parte de seu apoio à guerra contra o terror promovida pelos EUA, o Paquistão iniciou operações militares em 2004 para expulsar os rebeldes estrangeiros de seu território. O governo destruiu bases usadas pela Al Qaeda, mas perdeu centenas de homens e não conseguiu expulsar os estrangeiros.
Mais recentemente, o Paquistão cortou acordos com militantes pró-Taleban e pediu a líderes de tribos locais que eles mesmos policiem a região.
Isso causou preocupações de que o Taleban e outros rebeldes agora possuem mais liberdade para lançar ataques contra as forças dos EUA e da Otan (Organização do Tratado do Atlântico Norte) no Afeganistão. Oficiais americanos também temem que a Al Qaeda esteja se reagrupando na região.
A secretária de Estado americana, Condoleezza Rice, disse nesta quarta-feira que os confrontos no Paquistão poderiam ajudar a derrotar os extremistas.
Alguns analistas, porém, dizem que os rebeldes ligados ao Taleban e à Al Qaeda estão envolvidos nos dois lados do conflito, o que também joga as tribos locais umas contra as outras.
Os confrontos poderiam aprofundar a insegurança na região, que é vista como um possível esconderijo de Osama bin Laden.
Com agências internacionais
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Confrontos no norte do Paquistão matam 160 pessoas
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Confrontos entre membros de tribos paquistanesas e rebeldes estrangeiros perto da fronteira com o Afeganistão mataram ao menos 160 pessoas desde segunda-feira (19), informou o governo local nesta sexta-feira. Entre os mortos estão 130 rebeldes uzbeques e chechenos.
Ali Mohammed Jan Aurakzai, oficial do governo da Província da Fronteira do Noroeste, disse que de 25 a 30 membros das tribos locais também morreram nos confrontos que acontecem na região do Waziristão do Sul. Os embates continuavam nesta sexta-feira.
Para o governo paquistanês, os confrontos mostram o sucesso da decisão de usar as tribos locais para perseguir militantes estrangeiros ligados à rede terrorista Al Qaeda.
No entanto, especialistas argumentam que isso também expõe a falta de controle das autoridades em uma região que também é usada pelo Taleban para apoiar ataques no Afeganistão.
Aurakzai, um ex-general do Exército paquistanês, disse que as tribos capturaram outros 63 estrangeiros e estavam à procura de mais 200, que se espalharam pelas montanhas da região.
"Nossas forças não estão envolvidas. Homens das tribos locais não estão permitindo que os estrangeiros vivam em suas áreas", disse Aurakzai a jornalistas na capital, Peshawar.
O número de mortos nas lutas que acontecem em diferentes cidades do Waziristão do Sul tem subido rapidamente. Nesta quinta-feira, oficiais haviam informado que havia 135 mortos. Os dois lados em confronto teriam feito pequenas tréguas para enterrar os mortos.
Centenas de militantes árabes e da Ásia Central ligados à Al Qaeda fugiram para o Waziristão do Sul depois do colpaso do regime taleban no Afeganistão em 2001, com a invasão das forças de coalizão lideradas pelos EUA.
Outros islâmicos uzbeques que se opõe ao regime do presidente do Uzbequistão, Islam Karimov, e se juntaram aos rebeldes.
Aurakzai disse que Tahir Yuldash, líder do Movimento Islâmico do Uzbequistão, um grupo militante de oposição, estava na região quando as lutas começaram, mas não disse o que teria acontecido a ele.
Guerra contra o terror
Como parte de seu apoio à guerra contra o terror promovida pelos EUA, o Paquistão iniciou operações militares em 2004 para expulsar os rebeldes estrangeiros de seu território. O governo destruiu bases usadas pela Al Qaeda, mas perdeu centenas de homens e não conseguiu expulsar os estrangeiros.
Mais recentemente, o Paquistão cortou acordos com militantes pró-Taleban e pediu a líderes de tribos locais que eles mesmos policiem a região.
Isso causou preocupações de que o Taleban e outros rebeldes agora possuem mais liberdade para lançar ataques contra as forças dos EUA e da Otan (Organização do Tratado do Atlântico Norte) no Afeganistão. Oficiais americanos também temem que a Al Qaeda esteja se reagrupando na região.
A secretária de Estado americana, Condoleezza Rice, disse nesta quarta-feira que os confrontos no Paquistão poderiam ajudar a derrotar os extremistas.
Alguns analistas, porém, dizem que os rebeldes ligados ao Taleban e à Al Qaeda estão envolvidos nos dois lados do conflito, o que também joga as tribos locais umas contra as outras.
Os confrontos poderiam aprofundar a insegurança na região, que é vista como um possível esconderijo de Osama bin Laden.
Com agências internacionais
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