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05/04/2007
-
20h28
da Folha Online
O vice-presidente dos EUA, o republicano Dick Cheney, acusou de "mau comportamento" a líder da Câmara dos Representantes dos Estados Unidos, a democrata Nancy Pelosi, durante sua polêmica visita ao Oriente Médio.
Cheney atacou Pelosi por fazer em nome de Israel declarações que teriam sido desmentidas pelo primeiro-ministro israelense, Ehud Olmert.
Durante passagem pela Síria, na quarta-feira, Pelosi disse ao presidente Bashar al Assad que Israel estava pronto para negociar. O escritório do primeiro-ministro israelense apressou-se em reiterar as condições de Israel para negociar, inclusive a exigência de que a Síria "abandone o suporte a grupos terroristas".
Para Cheney, a reação israelense evidenciou que Pelosi não tinha autorização para falar em nome de Israel. "Foi uma declaração não-oficial e sem sentido. Ela não pode sugerir que é possível avançar nas conversações enquanto os sírios continuarem a patrocinar o terror", afirmou o vice-presidente num programa de rádio.
"Penso que foi um mau comportamento da parte dela. Gostaria que ela não tivesse feito isso", disse Cheney. "Felizmente, acredito que as várias partes envolvidas reconhecerão que ela não fala pelos Estados Unidos nestas circunstâncias."
Pelosi, a próxima na linha de sucessão presidencial depois de Cheney, é a maior autoridade americana a visitar a Síria em mais de dois anos.
O porta-voz de Pelosi, Brendan Daly, respondeu às críticas de Cheney dizendo que Pelosi repassou fielmente à Síria a mensagem de Olmert.
"A mensagem rigorosa e séria que a líder da Câmara repassou era que, para Israel entrar em negociações com a Síria, o governo sírio precisa eliminar suas ligações com elementos extremistas, incluindo o [grupo palestino] Hamas e o [grupo libanês] Hizbollah", afirmou.
Viagem
A administração Bush opôs-se desde o início à visita de Pelosi ao Oriente Médio e principalmente à Síria, por considerar que o país financia o terrorismo e deveria ser isolado do resto do mundo. "O presidente é quem determina a política externa, não a líder da Câmara", afirmou Cheney numa entrevista.
Nesta quinta-feira, Pelosi visita a Arábia Saudita, na última etapa de sua viagem pelo Oriente Médio. Pelosi também visitou Israel, os territórios palestinos, o Líbano e a Síria.
A decisão de Pelosi de desafiar a Casa Branca e encontrar-se com Assad agravou a guerra entre a líder democrata e o presidente Bush na questão externa, que até então se restringia à guerra do Iraque. Contrariando a política de Bush, os democratas querem a saída das tropas americanas do país.
Com agências internacionais
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Em Riad, líder democrata dos EUA discute paz no Oriente Médio
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Dick Cheney acusa Nancy Pelosi de "mau comportamento" no Oriente Médio
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O vice-presidente dos EUA, o republicano Dick Cheney, acusou de "mau comportamento" a líder da Câmara dos Representantes dos Estados Unidos, a democrata Nancy Pelosi, durante sua polêmica visita ao Oriente Médio.
Cheney atacou Pelosi por fazer em nome de Israel declarações que teriam sido desmentidas pelo primeiro-ministro israelense, Ehud Olmert.
Durante passagem pela Síria, na quarta-feira, Pelosi disse ao presidente Bashar al Assad que Israel estava pronto para negociar. O escritório do primeiro-ministro israelense apressou-se em reiterar as condições de Israel para negociar, inclusive a exigência de que a Síria "abandone o suporte a grupos terroristas".
Para Cheney, a reação israelense evidenciou que Pelosi não tinha autorização para falar em nome de Israel. "Foi uma declaração não-oficial e sem sentido. Ela não pode sugerir que é possível avançar nas conversações enquanto os sírios continuarem a patrocinar o terror", afirmou o vice-presidente num programa de rádio.
"Penso que foi um mau comportamento da parte dela. Gostaria que ela não tivesse feito isso", disse Cheney. "Felizmente, acredito que as várias partes envolvidas reconhecerão que ela não fala pelos Estados Unidos nestas circunstâncias."
Pelosi, a próxima na linha de sucessão presidencial depois de Cheney, é a maior autoridade americana a visitar a Síria em mais de dois anos.
O porta-voz de Pelosi, Brendan Daly, respondeu às críticas de Cheney dizendo que Pelosi repassou fielmente à Síria a mensagem de Olmert.
"A mensagem rigorosa e séria que a líder da Câmara repassou era que, para Israel entrar em negociações com a Síria, o governo sírio precisa eliminar suas ligações com elementos extremistas, incluindo o [grupo palestino] Hamas e o [grupo libanês] Hizbollah", afirmou.
Viagem
A administração Bush opôs-se desde o início à visita de Pelosi ao Oriente Médio e principalmente à Síria, por considerar que o país financia o terrorismo e deveria ser isolado do resto do mundo. "O presidente é quem determina a política externa, não a líder da Câmara", afirmou Cheney numa entrevista.
Nesta quinta-feira, Pelosi visita a Arábia Saudita, na última etapa de sua viagem pelo Oriente Médio. Pelosi também visitou Israel, os territórios palestinos, o Líbano e a Síria.
A decisão de Pelosi de desafiar a Casa Branca e encontrar-se com Assad agravou a guerra entre a líder democrata e o presidente Bush na questão externa, que até então se restringia à guerra do Iraque. Contrariando a política de Bush, os democratas querem a saída das tropas americanas do país.
Com agências internacionais
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