Publicidade
Publicidade
10/04/2007
-
19h42
da Folha Online
As forças de segurança dos Estados Unidos e do Iraque empreenderam nesta terça-feira em Bagdá a pior batalha com insurgentes desde o início do novo plano de segurança americano no país, em fevereiro. Segundo o Exército dos EUA, quatro soldados iraquianos e 16 americanos foram feridos na luta. A polícia informou que ao menos dez pessoas morreram.
Dois helicópteros foram atingidos por tiros mas conseguiram retornar para suas bases, afirmaram militares americanos.
Testemunhas relataram que helicópteros de ataque do Exército atacaram prédios na região de Fadhil, onde insurgentes sunitas haviam se refugiado. Um comunicado militar informou que um helicóptero atacou um homem armado com metralhadoras.
Segundo os relatos, vários corpos ficaram jogados nas ruas da área. Alguns cadáveres foram levados para uma mesquita local, de acordo com moradores do bairro.
Também hoje, uma terrorista com explosivos escondidos sob vestidos tradicionais islâmicos matou 17 recrutas do lado de fora de uma estação policial na cidade de Muqdadiya, nordeste de Bagdá, informou a polícia local.
No sul do Iraque, soldados britânicos enfrentaram homens armados na cidade de Basra depois de serem atacados durante uma operação de busca rotineira, afirmou o Exército do Reino Unido. Um porta-voz militar disse que dez insurgentes foram atingidos.
Operação de segurança
A nova ofensiva americana em Bagdá é considerada a tentativa final de interromper a derrocada do Iraque para uma guerra civil total entre a maioria xiita e a minoria sunita no país árabe.
O presidente dos EUA, George W. Bush, está enviando um contingente extra de 30 mil soldados para o Iraque, especialmente para Bagdá --o epicentro da violência no país. O Exército dos EUA admite que o plano de segurança causou o aumento de vítimas entre as tropas americanas.
"Com mais soldados nas ruas, há mais chances de mortes", afirmou Josslyn Aberle, porta-voz das forças americanas no Iraque.
Bush disse nesta terça-feira que sair de Bagdá antes que as forças de segurança iraquianas estejam prontas para assumir a responsabilidade deixaria um vácuo que pode ser preenchido por extremistas sunitas e xiitas.
"Há radicais que não suportam pensar em uma sociedade livre. Eles tirariam vantagens do vácuo. Uma violência contagiosa poderia se espalhar pelo país, em um momento em que a violência pode contaminar todo o Oriente Médio", afirmou Bush em um discurso em Fairfax, Virginia.
Ação contínua
O presidente americano reiterou ainda que a fixação de um prazo para a retirada das tropas americanas no Iraque, como pretende o Congresso dos EUA, seria prejudicial ao plano de segurança em Bagdá.
A operação de hoje em Fadhil começou antes do amanhecer, segundo o jornalista Abu Omar, que cobria a ação. Ao longo do dia, a luta se espalhou também para as regiões vizinhas de Sheikh Omar e Bab al Muadham.
Em Muqdadiya, as 17 vítimas do atentado terrorista eram iraquianos que se candidatavam para recrutamento de policiais.
Segundo testemunhas, o suicida era uma mulher que utilizava roupas islâmicas e detonou um cinto de explosivos. "Os recrutas traziam seus formulários e formavam uma fila quando houve a explosão", descreveu um policial. A mulher agia de forma suspeita entre os recrutas.
Também nesta terça-feira, um foguete katyusha atingiu uma quadra de esportes em uma escola no leste de Bagdá, matando uma criança de seis anos e ferindo 17 pessoas --15 estudantes e dois professores, de acordo com a polícia.
A rede terrorista Al Qaeda é apontada com responsável pela maior parte dos atentados contra centros de recrutamento da polícia e do Exército durante o conflito no Iraque. Em dezembro, dez pessoas morreram em um centro de recrutamento policial em Bagdá.
Leia mais
Iraque relembra 4 anos da tomada de Bagdá; EUA admitem frustração
Clérigo xiita pede fim de conflitos com Exército no Iraque
Seis soldados dos EUA morrem em ataques no Iraque neste domingo
Extremistas sunitas assumem atentado que matou 27 no Iraque
Ataque com caminhão carregado de explosivos mata quase 30 no Iraque
EUA lança ataque aéreo contra cidade iraquiana
Especial
Leia a cobertura completa sobre o Iraque sob tutela
Bagdá vive a pior batalha do novo plano de segurança dos EUA
Publicidade
As forças de segurança dos Estados Unidos e do Iraque empreenderam nesta terça-feira em Bagdá a pior batalha com insurgentes desde o início do novo plano de segurança americano no país, em fevereiro. Segundo o Exército dos EUA, quatro soldados iraquianos e 16 americanos foram feridos na luta. A polícia informou que ao menos dez pessoas morreram.
Dois helicópteros foram atingidos por tiros mas conseguiram retornar para suas bases, afirmaram militares americanos.
Adil al Khazali/Reuters |
Iraquianos observam quadra destruída em escola ao leste de Bagdá; um garoto morreu |
Segundo os relatos, vários corpos ficaram jogados nas ruas da área. Alguns cadáveres foram levados para uma mesquita local, de acordo com moradores do bairro.
Também hoje, uma terrorista com explosivos escondidos sob vestidos tradicionais islâmicos matou 17 recrutas do lado de fora de uma estação policial na cidade de Muqdadiya, nordeste de Bagdá, informou a polícia local.
No sul do Iraque, soldados britânicos enfrentaram homens armados na cidade de Basra depois de serem atacados durante uma operação de busca rotineira, afirmou o Exército do Reino Unido. Um porta-voz militar disse que dez insurgentes foram atingidos.
Operação de segurança
A nova ofensiva americana em Bagdá é considerada a tentativa final de interromper a derrocada do Iraque para uma guerra civil total entre a maioria xiita e a minoria sunita no país árabe.
O presidente dos EUA, George W. Bush, está enviando um contingente extra de 30 mil soldados para o Iraque, especialmente para Bagdá --o epicentro da violência no país. O Exército dos EUA admite que o plano de segurança causou o aumento de vítimas entre as tropas americanas.
"Com mais soldados nas ruas, há mais chances de mortes", afirmou Josslyn Aberle, porta-voz das forças americanas no Iraque.
Bush disse nesta terça-feira que sair de Bagdá antes que as forças de segurança iraquianas estejam prontas para assumir a responsabilidade deixaria um vácuo que pode ser preenchido por extremistas sunitas e xiitas.
"Há radicais que não suportam pensar em uma sociedade livre. Eles tirariam vantagens do vácuo. Uma violência contagiosa poderia se espalhar pelo país, em um momento em que a violência pode contaminar todo o Oriente Médio", afirmou Bush em um discurso em Fairfax, Virginia.
Ação contínua
O presidente americano reiterou ainda que a fixação de um prazo para a retirada das tropas americanas no Iraque, como pretende o Congresso dos EUA, seria prejudicial ao plano de segurança em Bagdá.
A operação de hoje em Fadhil começou antes do amanhecer, segundo o jornalista Abu Omar, que cobria a ação. Ao longo do dia, a luta se espalhou também para as regiões vizinhas de Sheikh Omar e Bab al Muadham.
Em Muqdadiya, as 17 vítimas do atentado terrorista eram iraquianos que se candidatavam para recrutamento de policiais.
Segundo testemunhas, o suicida era uma mulher que utilizava roupas islâmicas e detonou um cinto de explosivos. "Os recrutas traziam seus formulários e formavam uma fila quando houve a explosão", descreveu um policial. A mulher agia de forma suspeita entre os recrutas.
Também nesta terça-feira, um foguete katyusha atingiu uma quadra de esportes em uma escola no leste de Bagdá, matando uma criança de seis anos e ferindo 17 pessoas --15 estudantes e dois professores, de acordo com a polícia.
A rede terrorista Al Qaeda é apontada com responsável pela maior parte dos atentados contra centros de recrutamento da polícia e do Exército durante o conflito no Iraque. Em dezembro, dez pessoas morreram em um centro de recrutamento policial em Bagdá.
Leia mais
Especial
Publicidade
As Últimas que Você não Leu
Publicidade
+ LidasÍndice
- Alvo de piadas, Barron Trump se adapta à vida de filho do presidente
- Facções terroristas recrutam jovens em campos de refugiados
- Trabalhadores impulsionam oposição do setor de tecnologia a Donald Trump
- Atentado contra Suprema Corte do Afeganistão mata 19 e fere 41
- Regime sírio enforcou até 13 mil oponentes em prisão, diz ONG
+ Comentadas
- Parlamento de Israel regulariza assentamentos ilegais na Cisjordânia
- Após difamação por foto com Merkel, refugiado sírio processa Facebook
+ EnviadasÍndice