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11/04/2007
-
03h58
da Efe, em Havana
O presidente cubano, Fidel Castro, atacou com dureza, em sua terceira mensagem em menos de duas semanas, o presidente dos Estados Unidos George W. Bush, pela decisão de uma juíza de conceder liberdade sob fiança ao anticastrista Luis Posada Carriles.
Após dois editoriais, publicados em 29 de março e 4 de abril, para se referir à situação mundial e aos perigos do etanol, Fidel acusou Bush, em um comunicado divulgado na última terça-feira (10) por fontes oficiais, de estar por trás da concessão da liberdade condicional a Posada, acusado de terrorismo por Havana e Caracas.
Fidel não mencionou seu estado de saúde no comunicado, o que também não aconteceu nos editoriais, publicados pelo jornal "Granma", órgão oficial do Partido Comunista de Cuba.
Castro, convalescente de uma doença mantida como segredo de Estado e que o obrigou a delegar seu cargo a seu irmão Raúl, há mais de oito de meses, não aparece em público desde 26 de julho de 2006, e suas últimas imagens foram exibidas pela televisão local no último dia 30 de janeiro.
Na nova mensagem, Fidel disse que Bush é "o mais genuíno representante de um sistema de terror que foi imposto ao mundo", chamou Posada de "monstro" e pediu ao povo cubano que em 1º de maio, Dia do Trabalho, "com um mínimo de despesa em combustível e meios de transporte, exteriorize seus sentimentos aos trabalhadores e aos pobres do mundo".
"Apenas da Casa Branca poderiam sair as instruções para a decisão judicial ditada por Kathleen Cardone, juíza da Corte Federal de El Paso, Texas, na sexta-feira passada, concedendo liberdade sob fiança a Luis Posada Carriles", disse Fidel no comunicado.
As declarações do líder cubano acontecem depois de Cardone negar, na terça-feira, uma moção interposta pelo governo dos EUA para suspender a decisão da própria magistrada de conceder liberdade a Posada mediante uma fiança de US$ 350 mil.
Fidel acusou Bush de esconder o tempo todo "a personalidade criminosa e terrorista do acusado", além de dizer que as autoridades americanas o estão protegendo e acusando de "uma simples violação de trâmites migratórios". "O governo dos EUA e suas instituições mais representativas decidiram de antemão pela liberdade do monstro", acrescentou.
Fidel disse que o fato de a decisão "ser esperada" não a faz "menos humilhante" para o povo cubano, e afirmou que, para o presidente dos Estados Unidos, "não era suficiente (...) ter ultrajado o nome de Cuba" instalando na base de Guantánamo "um horrível centro de tortura similar ao de Abu Ghraib".
"Não lhes bastavam obrigar um país pobre e subdesenvolvido como Cuba a gastar US$ 100 bilhões (estimativa que Havana faz dos efeitos do bloqueio comercial que os EUA mantêm há 45 anos contra a ilha). Acusar Posada Carriles era acusar a si mesmo", disse.
Posada, ex-agente da CIA e detido nos Estados Unidos em 2005 por entrar ilegalmente no país, é acusado por Havana e Caracas, entre outros crimes, do atentado contra um avião da "Cubana de Aviación" que explodiu em pleno vôo, em 1976, com 73 pessoas a bordo.
Atualmente, está detido em uma prisão do Novo México e enfrenta dois processos nos EUA, um nos tribunais de justiça federais, por fraude migratória e falso testemunho, e outro nos tribunais migratórios, por entrada ilegal.
Em 27 de fevereiro, Fidel teve uma conversa de 32 minutos com o líder venezuelano Hugo Chávez, no programa "Alô Presidente", na qual demonstrou que estava a par da agenda internacional.
Em meados de março, o jornal colombiano "El Tiempo" publicou a última fotografia conhecida de Fidel, em pé, vestido com roupa esportiva, conversando com o Nobel de Literatura Gabriel García Márquez.
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O presidente cubano, Fidel Castro, atacou com dureza, em sua terceira mensagem em menos de duas semanas, o presidente dos Estados Unidos George W. Bush, pela decisão de uma juíza de conceder liberdade sob fiança ao anticastrista Luis Posada Carriles.
Após dois editoriais, publicados em 29 de março e 4 de abril, para se referir à situação mundial e aos perigos do etanol, Fidel acusou Bush, em um comunicado divulgado na última terça-feira (10) por fontes oficiais, de estar por trás da concessão da liberdade condicional a Posada, acusado de terrorismo por Havana e Caracas.
Fidel não mencionou seu estado de saúde no comunicado, o que também não aconteceu nos editoriais, publicados pelo jornal "Granma", órgão oficial do Partido Comunista de Cuba.
Castro, convalescente de uma doença mantida como segredo de Estado e que o obrigou a delegar seu cargo a seu irmão Raúl, há mais de oito de meses, não aparece em público desde 26 de julho de 2006, e suas últimas imagens foram exibidas pela televisão local no último dia 30 de janeiro.
Na nova mensagem, Fidel disse que Bush é "o mais genuíno representante de um sistema de terror que foi imposto ao mundo", chamou Posada de "monstro" e pediu ao povo cubano que em 1º de maio, Dia do Trabalho, "com um mínimo de despesa em combustível e meios de transporte, exteriorize seus sentimentos aos trabalhadores e aos pobres do mundo".
"Apenas da Casa Branca poderiam sair as instruções para a decisão judicial ditada por Kathleen Cardone, juíza da Corte Federal de El Paso, Texas, na sexta-feira passada, concedendo liberdade sob fiança a Luis Posada Carriles", disse Fidel no comunicado.
As declarações do líder cubano acontecem depois de Cardone negar, na terça-feira, uma moção interposta pelo governo dos EUA para suspender a decisão da própria magistrada de conceder liberdade a Posada mediante uma fiança de US$ 350 mil.
Fidel acusou Bush de esconder o tempo todo "a personalidade criminosa e terrorista do acusado", além de dizer que as autoridades americanas o estão protegendo e acusando de "uma simples violação de trâmites migratórios". "O governo dos EUA e suas instituições mais representativas decidiram de antemão pela liberdade do monstro", acrescentou.
Fidel disse que o fato de a decisão "ser esperada" não a faz "menos humilhante" para o povo cubano, e afirmou que, para o presidente dos Estados Unidos, "não era suficiente (...) ter ultrajado o nome de Cuba" instalando na base de Guantánamo "um horrível centro de tortura similar ao de Abu Ghraib".
"Não lhes bastavam obrigar um país pobre e subdesenvolvido como Cuba a gastar US$ 100 bilhões (estimativa que Havana faz dos efeitos do bloqueio comercial que os EUA mantêm há 45 anos contra a ilha). Acusar Posada Carriles era acusar a si mesmo", disse.
Posada, ex-agente da CIA e detido nos Estados Unidos em 2005 por entrar ilegalmente no país, é acusado por Havana e Caracas, entre outros crimes, do atentado contra um avião da "Cubana de Aviación" que explodiu em pleno vôo, em 1976, com 73 pessoas a bordo.
Atualmente, está detido em uma prisão do Novo México e enfrenta dois processos nos EUA, um nos tribunais de justiça federais, por fraude migratória e falso testemunho, e outro nos tribunais migratórios, por entrada ilegal.
Em 27 de fevereiro, Fidel teve uma conversa de 32 minutos com o líder venezuelano Hugo Chávez, no programa "Alô Presidente", na qual demonstrou que estava a par da agenda internacional.
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