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12/04/2007 - 20h17

Funcionários do Banco Mundial pedem renúncia de Wolfowitz

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da France Presse, em Washington
da Folha Online

A associação dos funcionários do Banco Mundial pediu nesta quinta-feira a renúncia do presidente da instituição, Paul Wolfowitz, após o escândalo de nepotismo envolvendo sua namorada.

Wolfowitz "tem de agir com honra e renunciar", disse a organização, em uma carta assinada por seus integrantes.

Howard Burditt/Reuters
Paul Wolfowitz foi acusado de nepotismo ao promover namorada
Paul Wolfowitz foi acusado de nepotismo ao promover namorada
"O diretório (do Bird) deve agir de acordo com suas obrigações fiduciárias de vigilante do grupo Banco Mundial e promover, em escala internacional, o processo de busca de um novo presidente capaz de restaurar a integridade do banco".

Em uma entrevista coletiva anterior, Wolfowitz entregou seu futuro nas mãos da direção da instituição financeira, após admitir um erro em relação à promoção de sua namorada. Hoje, ele emitiu uma nota em que pediu desculpas pela confusão.

Há alguns dias, o jornal "Washington Post" revelou que a namorada de Wolfowitz, Shaha Riza, responsável pela comunicação do Bird e indicada em setembro de 2005 para fazer parte do departamento de Estado americano, continuava com o salário pago pelo Bird --seis meses depois que Wolfowitz chegou à Presidência do banco.

Segundo a imprensa americana, mesmo depois de deixar o Banco, Riza teve o salário reajustado em US$ 61 mil, o que perfaz um total anual de US$ 193.590 --quantia maior do que a recebida pela secretária de Estado dos EUA, Condoleezza Rice.

Em resposta às acusações, Wolfowitz redigiu um documento endereçado aos empregados do Banco Mundial, com o texto tornado público pela própria instituição. Nele, Wolfowitz disse que sempre agiu de acordo com as regras e garantiu que continuará agindo.

Na declaração aos empregados, Wolfowitz não negou manter relações afetivas com Shaha Riza e assumiu a responsabilidade sobre as decisões tomadas em relação ao caso que levantou as críticas na imprensa. Os jornalistas da revista "Foreign Policy", por exemplo, indagam: "considerando a cruzada lançada por Paul Wolfowitz contra a corrupção nos países que recebem ajuda do Banco Mundial, não é um pouco hipócrita conceder privilégios à sua namorada?".

O escândalo veio no pior momento para Paul Wolfowitz que obteve, com dificuldades, um acordo com os administradores do Bird para o seu plano contra a corrupção. Ele pretendia ligar as ajudas e doações do BM a uma boa gestão das contas públicas da parte dos governos que as recebe.

Muitos países, como a França, o Reino Unido e a Alemanha, exprimiram reservas diante da primeira apresentação do projeto de Wolfowitz, considerado muito intervencionista. Preferiram, há 15 dias, aceitar uma versão mais branda da proposta.

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