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15/04/2007
-
17h05
da France Presse, em Quito
O presidente do Equador, Rafael Correa, que completou três meses no poder, considerou neste domingo uma vitória cidadã a realização do plebiscito para a instauração de uma Assembléia Constituinte que definirá o destino de seu plano socialista, e afirmou que "resolverá democraticamente" o confronto político.
"É um dia de festa nacional, uma vitória para a democracia", afirmou o presidente antes de depositar seu voto num colégio do norte de Quito.
O plebiscito, promovido pelo presidente, propõe uma Constituinte que será encarregada da redação de uma nova Carta Política, a vigésima na história do país mais instável da região e que conheceu oito presidentes em uma década.
O governo já se mostra convencido da vitória na votação que se estenderá até as 17h (19h em Brasília), descartando qualquer tipo de perseguição contra os opositores.
Se confirmada a última pesquisa do instituto Cedatos-Gallup, 66% dos eleitores vão votar no "sim".
A Constituinte trabalhará durante 180 dias (com a possibilidade de uma prorrogação de outros 60) e deverá ser integrada por 130 membros.
O "sim" precisa de pelo menos 3 milhões de votos para que a Constituinte seja instalada no final do ano, considerando-se que 9,2 milhões de equatorianos foram convocados a votar e o não-comparecimento médio em votações no país é estimado em cerca de 30%.
A atual Constituição está em vigor desde junho de 1998.
Disputa de poder
Dominado historicamente pela direita, o país assistiu a uma disputa de poderes que afastou todos os detratores do governo de Correa que tentavam obstruir seu plano de organizar uma Constituinte para redigir uma nova Constituição.
O presidente, que não apresentou candidatos para as eleições legislativas de outubro, governa sem travas desde o dia 7 de março graças à resolução do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) que cassou 57 parlamentares, substituídos por seus suplentes.
Estão à disposição dos eleitores 36.873 mesas receptoras do voto.
O TSE, que gastou US$ 16,1 milhões na consulta, autorizou pesquisas de boca-de-urna para que se conheça imediatamente os resultados extra-oficiais, mas a proclamação dos resultados será feita oito dias depois.
A oposição equatoriana, que perdeu o controle do Congresso com a destituição dos 57 deputados, chega quase derrotada ao plebiscito deste domingo.
Opositores de Correa usaram suas últimas fichas fazendo campanha pelo "não" e pelo voto em branco ou nulo para tentar invalidar a consulta popular.
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O presidente do Equador, Rafael Correa, que completou três meses no poder, considerou neste domingo uma vitória cidadã a realização do plebiscito para a instauração de uma Assembléia Constituinte que definirá o destino de seu plano socialista, e afirmou que "resolverá democraticamente" o confronto político.
"É um dia de festa nacional, uma vitória para a democracia", afirmou o presidente antes de depositar seu voto num colégio do norte de Quito.
O plebiscito, promovido pelo presidente, propõe uma Constituinte que será encarregada da redação de uma nova Carta Política, a vigésima na história do país mais instável da região e que conheceu oito presidentes em uma década.
O governo já se mostra convencido da vitória na votação que se estenderá até as 17h (19h em Brasília), descartando qualquer tipo de perseguição contra os opositores.
Se confirmada a última pesquisa do instituto Cedatos-Gallup, 66% dos eleitores vão votar no "sim".
A Constituinte trabalhará durante 180 dias (com a possibilidade de uma prorrogação de outros 60) e deverá ser integrada por 130 membros.
O "sim" precisa de pelo menos 3 milhões de votos para que a Constituinte seja instalada no final do ano, considerando-se que 9,2 milhões de equatorianos foram convocados a votar e o não-comparecimento médio em votações no país é estimado em cerca de 30%.
A atual Constituição está em vigor desde junho de 1998.
Disputa de poder
Dominado historicamente pela direita, o país assistiu a uma disputa de poderes que afastou todos os detratores do governo de Correa que tentavam obstruir seu plano de organizar uma Constituinte para redigir uma nova Constituição.
O presidente, que não apresentou candidatos para as eleições legislativas de outubro, governa sem travas desde o dia 7 de março graças à resolução do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) que cassou 57 parlamentares, substituídos por seus suplentes.
Estão à disposição dos eleitores 36.873 mesas receptoras do voto.
O TSE, que gastou US$ 16,1 milhões na consulta, autorizou pesquisas de boca-de-urna para que se conheça imediatamente os resultados extra-oficiais, mas a proclamação dos resultados será feita oito dias depois.
A oposição equatoriana, que perdeu o controle do Congresso com a destituição dos 57 deputados, chega quase derrotada ao plebiscito deste domingo.
Opositores de Correa usaram suas últimas fichas fazendo campanha pelo "não" e pelo voto em branco ou nulo para tentar invalidar a consulta popular.
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