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18/04/2007 - 12h37

Falso alerta gera pânico e ação da polícia em campus na Virgínia

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da Folha Online

Policiais com cães farejadores invadiram o prédio da reitoria no campus do Instituto Tecnológico da Virgínia (Virginia Tech) nesta quarta-feira após um falso alerta.

"Meu Deus, começou de novo", gritou a estudante Petty Wingler, 21, que testemunhou a chegada dos policiais armados ao edifício que fica perto ao Norris Hall, prédio da engenharia onde na segunda-feira (16) 30 pessoas foram mortas por um estudante armado.

A polícia recebeu uma ligação que mencionava uma movimentação incomum no edifício Burruss Hall, onde funciona a reitoria da universidade. "Recebemos informações de atividades suspeitas. O alerta era infundado, o local está seguro", disse um policial à imprensa.

"Em vista do que aconteceu no campus, não é estranho receber este tipo de ligação", disse a porta-voz, Corinne Geller, em referência à comoção provocada pelo massacre no campus.

Shannon Stapleton /Reuters
Policial chega com cão farejador ao prédio da reitoria após falso alerta em universidade
Policial chega com cão farejador ao prédio da reitoria após falso alerta em universidade
Na segunda-feira, o sul-coreano Cho Seung-hui, 23, estudante do último ano de Letras, matou 32 pessoas no pior ataque contra o campus de uma universidade na história dos EUA.

As duas ações, que ocorreram em lados opostos do campus, tiveram início às 7h15 (8h15 de Brasília) em West Ambler Johnston Hall, residência estudantil que abriga ao menos 895 pessoas. Duas pessoas morreram. Duas horas depois, Norris Hall, edifício da engenharia, foi alvo de outro ataque a tiros. Outras 30 pessoas morreram, na maioria estudantes.

Cho, que se suicidou em seguida, usou duas armas --uma pistola Glock 9 milímetros e outra arma calibre 22 no massacre. A polícia também encontrou facas no corpo do estudante.

Nesta terça-feira, uma carta encontrada pela polícia aparentemente indica que Cho premeditou a ação. No texto de várias páginas, ele se queixa dos garotos "ricos, festeiros e charlatões" da universidade e afirma que foram eles que "causaram a tragédia".

Segundo o jornal "Chicago Tribune", ele dava sinais de comportamento violento e fora do normal, tendo inclusive ateado fogo a um dormitório e assediado estudantes da universidade.

Erro policial

Nesta quarta-feira, o jornal americano "The New York Times", divulgou informações que podem apontar uma falha da polícia do campus. Segundo o jornal, os investigadores seguiram o homem errado após o primeiro ataque, um lapso que pode ter contribuído para as mortes de 30 pessoas na segunda ação.

Reuters
O atirador Cho Seung-Hui, 23, estudava inglês na Virginia Tech
O atirador Cho Seung-Hui, 23, estudava inglês na Virginia Tech
As novas informações podem explicar o intervalo de duas horas entre os dois ataques a tiros.

De acordo com o jornal americano "New York Times", após a morte de dois estudantes --Emily Jane Hilscher e and Ryan Clark-- policiais passaram a procurar Karl D. Thornhill, que era namorado de Hilscher, por suspeitar que ele poderia ser o autor do crime.

Segundo informações que constam no boletim policial, uma colega de quarto de Hilscher afirmou à polícia que Thornhill, que era estudante da Universidade de Radford, na mesma região, possuía armas de fogo em sua casa.

A testemunha disse ainda que a garota morta havia ido recentemente a uma academia de tiros com o namorado, o que fez com a polícia o considerasse suspeito.

No entanto, enquanto Thornhill estava sendo interrogado, a polícia foi informada a respeito do segundo ataque em Norris Hall, prédio da engenharia, que terminou com 30 mortos, deixando claro que o o homem errado havia sido detido e que o atirador estava à solta no campus.

Investigação

Apesar dos novos dados, autoridades estaduais continuam a defender as ações da polícia do campus. John W. Marshall, secretário de segurança pública da Virgínia, afirmou que o presidente da universidade Charles W. Steger, e o chefe de polícia Wendell Flinchum tomaram "a decisão correta com base nas informações disponíveis naquele momento".

Em uma coletiva de imprensa nesta terça-feira, o governador da Virgínia, Timothy M. Kaine, afirmou que Steger pediu que um comitê seja estabelecido para investigar o massacre.

Hoje, Kaine disse à rede de TV americana CNN que indicaria Gerald Massengill, ex-superintendente da polícia estadual da Virgínia, para chefiar a investigação.

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