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18/04/2007 - 20h27

Ataque contra editora cristã na Turquia deixa três mortos

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da France Presse, em Ancara

Três pessoas tiveram a garganta cortada na Turquia em um ataque contra uma editora cristã que estava sendo ameaçada por distribuir Bíblias e imprimir livros sobre cristianismo, informou a polícia nesta quarta-feira.

Essas mortes em Malatya, leste de Ancara, parecem ser o mais recente ataque contra as minorias religiosas na Turquia depois do assassinato, no ano passado, de um padre católico e de um jornalista de origem armênia, em janeiro.

As mãos e os pés das vítimas foram amarrados e suas gargantas cortadas, contou o governador de Malatya, Halil Ibrahim Dasoz, falando ao canal NTV. A embaixada da Alemanha em Ancara confirmou que um dos mortos é um cidadão alemão, mas não divulgou maiores detalhes.

"Condeno energicamente esse crime brutal", afirmou o porta-voz do embaixador Eckart Cuntz.

Dasoz informou ainda que os outros dois mortos --funcionários da editora-- parecem ser turcos, embora ainda existam dúvidas sobre a nacionalidade de um deles.

Mortes

Duas das vítimas morreram no escritório do terceiro andar da Editora Zirve e a terceira no hospital. O gerente da editora contou à CNN Turca que chegou a receber "certas ameaças", sem dar maiores detalhes.

Dasoz informou que a companhia nunca pediu qualquer tipo de proteção policial.

A editora, que estaria em envolvida em atividades missionárias, era acusada por nacionalistas de praticar proselitismo num país em que 99% da população é muçulmana. Os pequenas comunidades grego ortodoxa, católica, armênia e judia ficam concentradas principalmente em Istambul.

As forças de segurança prenderam quatro suspeitos na cena do crime, sendo que um quinto foi hospitalizado depois que tentou fugir pulando por uma janela.

O chefe dos médicos do hospital local informou que o suspeito se encontra em estado grave.

Outros ataques

Em fevereiro de 2006, um padre católico italiano foi morto enquanto orava em sua igreja na cidade de Trabzon (norte). Um adolescente foi condenado pelo crime a 19 anos de prisão.

Em janeiro passado, o jornalista Hrant Dink, um membro proeminente da comunidade armênia na Turquia, foi assassinado numa rua de Istambul. Um jovem de 17 anos, preso com outros 11 suspeitos de atividades ultranacionalistas, confessou o crime.

Assassinatos ligados a nacionalismos e hostilidade anticristã vêm aumentando na Turquia, que é candidata à adesão à União Européia.

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