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23/04/2007 - 09h17

Nova onda de ataques mata ao menos 27 e fere 50 no Iraque

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da Folha Online

Três ataques suicidas ocorridos em diferentes regiões do Iraque mataram ao menos 27 pessoas e feriram 50 nesta segunda-feira, segundo fontes da polícia citadas pela agência de notícias Associated Press.

Em um dos ataques, um carro-bomba explodiu perto da Embaixada iraniana em Bagdá, matando um civil.

Em outra ação ocorrida em Tal Uskuf, cidade localizada 15 quilômetros ao norte de Mossul (360 km de Bagdá), um suicida detonou um carro-bomba em frente ao escritório do Partido Democrático do Curdistão. Ao menos dez pessoas morreram e 20 ficaram feridas no ataque.

Ali Jasim/Reuters
Bombeiro apaga fogo após explosão em Bagdá; onda de ataques mata ao menos 27
Bombeiro apaga fogo após explosão em Bagdá; onda de ataques mata ao menos 27
Segundo o comerciante Ghanim Hazim, 37, dono de uma loja na região, dezenas de pessoas saíram correndo pelas ruas, pedindo ajuda aos feridos que ficaram presos sob escombros.

"Este ataque mostra que nenhuma região do Iraque é livre de atos terroristas", afirmou Hazim à Associated Press, enquanto bombeiros e policiais retiravam corpos e feridos.

Também nesta segunda-feira, um suicida atingiu uma delegacia de polícia em Baquba, 60 quilômetros ao nordeste de Bagdá, matando ao menos dez pessoas e ferindo outras 23.

No centro de Bagdá, um suicida que utilizava um cinto de explosivos se explodiu em frente a um restaurante na região de Karradah Mariam, que abriga sunitas e xiitas, matando ao menos seis pessoas e ferindo outras 16, de acordo com a polícia.

O ataque ocorreu a menos de cem metros da Zona Verde, área de segurança máxima que abriga representações diplomáticas, como a Embaixada dos EUA.

No momento do ataque, Ryan Crocker, que tornou-se embaixador dos EUA no Iraque há cerca de um mês, fazia uma coletiva de imprensa dentro da área fortificada.

Ataques

Na quarta-feira passada (18), uma série de ataques matou ao menos 200 pessoas no Iraque.

No pior ataque registrado neste dia --o segundo mais sangrento desde a invasão da coalizão liderada pelos Estados Unidos, em 2003-- ao menos 140 pessoas morreram no mercado de Sadriyah, em Bagdá. Em 3 de fevereiro, o mesmo mercado havia sofrido outro ataque, no qual ao menos 127 pessoas morreram.

O recorde é de 23 de novembro de 2006, quando a explosão coordenada de vários carros-bomba matou 202 pessoas no bairro de Sadr City, na capital --ao menos 256 foram mortas em todo o país, segundo a contagem da agência de notícias Associated Press.

Em outro ataque também na quarta-feira, um carro-bomba conduzido por um suicida matou 30 pessoas nas proximidades de um posto de checagem em Sadr City, bairro predominantemente xiita na periferia de Bagdá que abriga a base do clérigo Moqtada al Sadr.
Ele prega a saída das tropas americanas do Iraque. Um terceiro carro-bomba matou outros dez em Bagdá. Outros 11 civis morreram e 13 ficaram feridos após a explosão de um carro-bomba perto de um hospital e um mercado em Karradah, no centro de Bagdá.

Estratégia

Na sexta-feira (20), apenas dois dias após o ataque, o presidente americano, George W. Bush, defendeu a estratégia americana no Iraque.

As declarações foram dadas por Bush um dia depois de a oposição democrata afirmar que o conflito é uma "guerra perdida". No discurso feito no Michigan, o líder dos EUA afirmou que a guerra já toma "uma nova direção" e que a nova estratégia agrada os americanos.

"Apesar dos terríveis ataques no Iraque, como os atentados de quarta-feira (18) em Bagdá, a direção do conflito começa a mudar", afirmou o presidente dos EUA.

Bagdá vem sendo cenário de violência sectária desde o atentado contra uma mesquita xiita em Samarra em 22 de fevereiro.

Com Associated Press e agências internacionais

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