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24/04/2007 - 13h46

Bush rejeita pressão de democratas por prazo de retirada do Iraque

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da Folha Online

Apesar da contínua pressão do Congresso dos Estados Unidos para a fixação de um prazo para a retirada das tropas americanas do Iraque, o presidente George W. Bush reiterou nesta terça-feira que não aceitará uma lei que inclua um cronograma para o fim da ação no país árabe.

Comissões do Senado e da Câmara dos Representantes dos EUA trabalham atualmente para harmonizar duas medidas, aprovadas separadamente em cada Casa, que vinculam a liberação de fundos para a guerra a um prazo de retirada das tropas.

3.abr.2007/Efe
O presidente americano, George W. Bush, prometeu vetar a medida
O presidente americano, George W. Bush, prometeu vetar a medida
A versão original da Câmara fixava para 30 de setembro de 2008 o prazo para a saída das tropas americanas, enquanto a primeira versão do Senado recomenda que essa retirada seja feita de forma não vinculativa para antes de abril de 2008.

Após a negociação, a medida do Congresso deverá requerer o início da retirada até 1º de outubro --ou até mais cedo, se Bush não puder certificar que o governo do Iraque está progredindo no desarmamento de milícias, redução da violência sectária e estabelecimento de acordos políticos.

Bush enviou a mensagem de rejeição ao prazo na manhã de hoje antes de deixar a Casa Branca em direção à Nova York, onde participará de um jantar de arrecadação de fundos. "Se eles [os congressistas] insistirem em enviar a medida para o presidente em sua forma atual, que traz uma data arbitrária de rendição e ata as mãos dos generais, o presidente irá vetá-la", disse a porta-voz do governo Dana Perino.

Ofensiva

Como parte da ação de Bush contra o cronograma de retirada, a secretária de Estado americana, Condoleezza Rice, deverá se reunir hoje com senadores de destaque, incluindo membros do Comitê de Finanças do Senado, para discutir a medida de financiamento da guerra.

O deputado Bill Young, republicano, apoiou a rejeição da Casa Branca e disse que quando civis não escutam seus comandantes militares, o resultado é catastrófico. Young disse em uma entrevista que na preparação para a invasão, em 2003, oficiais administrativos descartaram uma estimativa de um alto oficial do Exército que afirmava que centenas de milhares de soldados seriam necessários para assegurar a segurança do Iraque.

"Eu simplesmente não acredito que seja uma boa idéia pra nós aqui no Congresso tentar gerenciar a conduta da guerra", disse Young, um especialista em questões militares, durante um encontro com seus colegas ontem.

O general David Petraeus, novo comandante das forças americanas no Iraque, disse que tentará persuadir os legisladores em uma reunião privada nesta semana a adotarem um curso de ação diferente.

Democratas

Apesar das reações negativas, responsáveis pelos fundos de apropriação na Câmara dos Representantes e no Senado concordaram nesta segunda-feira um texto da lei que pretende liberar US$ 124 bilhões para financiar, entre outras ações, o conflito no Iraque, mas ao mesmo tempo exige que as tropas comecem a ser retiradas em outubro com o objetivo de completar a saída seis meses depois.

Se Bush cumprir sua promessa de vetar a medida, os legisladores serão obrigados a reescreverem a medida. Democratas necessitariam de uma maioria de dois terços para derrubar o veto presidencial --o que é, considerando as últimas votações no Congresso, muito improvável de acontecer.

"Eu fortemente rejeito um cronograma artificial de retirada e a tentativa de políticos de Washington de tentarem dizer àqueles que usam uniforme [militares] como fazer seu trabalho", disse Bush ontem após uma reunião com Petraeus.

Em um discurso no qual citou um general aposentado que discorda das estratégias de Bush, o líder da maioria do Senado, o democrata Harry Reid, disse que "os americanos precisam aceitar o fato de que nosso Exército sozinho não pode estabelecer uma democracia".

Outro trecho da medida prevê a suspensão da liberação de US$ 850 milhões em ajuda internacional para o Iraque se o governo não cumprir as exigências de fim da violência e estabilização política.

Com Associated Press

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