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27/04/2007
-
08h28
da Folha Online
Autoridades britânicas temem que um ataque rebelde que matou dois soldados do Reino Unido no Iraque na semana passada tenha sido um "ensaio" para uma ação planejada contra o príncipe Harry, 22, informou o jornal britânico "The Times" nesta sexta-feira.
Nesta quinta-feira, especulou-se que o Reino Unido estaria revendo a decisão de enviar o príncipe, que é considerado alvo em potencial de ataques insurgentes. Autoridades do país negaram posteriormente que estivessem pensando em desistir de enviar o príncipe.
De acordo com o "Times", a ação da semana passada teve como alvo um veículo militar do mesmo tipo que o que deve ser utilizado por Harry --um veículo de reconhecimento Scimitar--, e ocorreu na mesma região para onde ele dever ser enviado em maio.
O Reino Unido teme que insurgentes tenham escolhido propositalmente o veículo, levando em conta que o príncipe deve liderar uma unidade de 11 soldados equipada com tais veículos.
Harry recebeu treinamento militar para comandar o esquadrão "The Blues and Royals", que contaria com quatro veículos Scimitar.
Procedimentos de segurança foram reforçados em Camp Sparrowhawk, uma base militar na Província iraquiana de Maysan que é usada por unidades de reconhecimento.
Os dois soldados mortos na semana passada foram Ben Leaning, 24, e Kristen Turton, 28. Seus corpos foram repatriados na semana passada. Um terceiro soldado ficou ferido.
Richard Dannatt, o comandante do Exército que tomou a decisão de enviar Harry ao Iraque, após consultas ao Palácio de Buckingham e à Clarence House, deve tomar a decisão final.
Ele terá uma semana para manter a decisão original ou deixar o príncipe no Reino Unido.
Retirada dos EUA
Ontem, em uma posição de desafio ao presidente dos EUA, George W. Bush, a Câmara dos Representantes e o Senado americanos aprovaram uma medida que prevê a retirada gradual dos soldados do país no Iraque a partir do dia 1º de outubro.
Bush reiterou diversas vezes nas últimas semanas que vetará qualquer lei que estabeleça um cronograma para a retirada, apesar de a medida aprovada ontem estar vinculada à liberação de fundos para a manutenção do esforço no Iraque.
De acordo com o projeto --aprovado por 218 votos contra 208 na Câmara e por 51 a 46 no Senado--, a retirada de cerca de 150 mil soldados dos EUA em solo iraquiano seria completada em março de 2008. A proposta inclui ainda o envio de US$ 124 bilhões em recursos extras para a manutenção das tropas.
Os democratas, que dominam o Congresso desde janeiro deste ano, pressionam para que se defina uma data de retirada. A medida é resultado da harmonização de duas leis elaboradas separadamente pela Câmara e pelo Senado, e que já haviam sido ameaçadas com o veto presidencial.
"Os sacrifícios de nossas tropas e de suas famílias exigem mais do que os cheques em branco que o presidente pede, para uma guerra sem fim", afirmou a democrata Nancy Pelosi, atual líder da Câmara.
Ataques
Ainda nesta quinta-feira, ao menos nove soldados iraquianos morreram e outras 15 pessoas ficaram feridas após um ataque suicida contra um posto de controle na Província de Diyala.
Na ação, um terrorista suicida atirou um carro-bomba contra o posto em Khalis, a 80 quilômetros de Bagdá, segundo a agência de notícias Reuters.
De acordo com a polícia, todos os mortos eram militares, mas há civis entre os feridos. O atentado é o mais recente de uma série de ataques que atingiu Diyala --região cuja população inclui sunitas e xiitas-- nesta semana.
"Diyala é um dos principais alvos no Iraque neste momento, ao lado de Bagdá e da Província de Anbar, para onde são direcionados muitos dos esforços insurgentes", afirmou o porta-voz militar Christopher Garver. "Diyala tornou-se um campo de batalha", acrescentou.
Em outro ataque, seis pessoas morreram e 15 ficaram feridas no distrito de Jadriya, ao sul de Bagdá. Na ação, um carro estacionado lotado de explosivos foi detonado perto da Universidade de Bagdá e do Hotel Al Hamra, em uma área sunita e xiita da capital.
Com Reuters, Efe e Associated Press
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Nesta quinta-feira, especulou-se que o Reino Unido estaria revendo a decisão de enviar o príncipe, que é considerado alvo em potencial de ataques insurgentes. Autoridades do país negaram posteriormente que estivessem pensando em desistir de enviar o príncipe.
De acordo com o "Times", a ação da semana passada teve como alvo um veículo militar do mesmo tipo que o que deve ser utilizado por Harry --um veículo de reconhecimento Scimitar--, e ocorreu na mesma região para onde ele dever ser enviado em maio.
25.jan.2006/Reuters |
Rebeldes simularam ataque contra príncipe Harry (foto) no Iraque, diz jornal britânico |
Harry recebeu treinamento militar para comandar o esquadrão "The Blues and Royals", que contaria com quatro veículos Scimitar.
Procedimentos de segurança foram reforçados em Camp Sparrowhawk, uma base militar na Província iraquiana de Maysan que é usada por unidades de reconhecimento.
Os dois soldados mortos na semana passada foram Ben Leaning, 24, e Kristen Turton, 28. Seus corpos foram repatriados na semana passada. Um terceiro soldado ficou ferido.
Richard Dannatt, o comandante do Exército que tomou a decisão de enviar Harry ao Iraque, após consultas ao Palácio de Buckingham e à Clarence House, deve tomar a decisão final.
Ele terá uma semana para manter a decisão original ou deixar o príncipe no Reino Unido.
Retirada dos EUA
Ontem, em uma posição de desafio ao presidente dos EUA, George W. Bush, a Câmara dos Representantes e o Senado americanos aprovaram uma medida que prevê a retirada gradual dos soldados do país no Iraque a partir do dia 1º de outubro.
Bush reiterou diversas vezes nas últimas semanas que vetará qualquer lei que estabeleça um cronograma para a retirada, apesar de a medida aprovada ontem estar vinculada à liberação de fundos para a manutenção do esforço no Iraque.
De acordo com o projeto --aprovado por 218 votos contra 208 na Câmara e por 51 a 46 no Senado--, a retirada de cerca de 150 mil soldados dos EUA em solo iraquiano seria completada em março de 2008. A proposta inclui ainda o envio de US$ 124 bilhões em recursos extras para a manutenção das tropas.
Os democratas, que dominam o Congresso desde janeiro deste ano, pressionam para que se defina uma data de retirada. A medida é resultado da harmonização de duas leis elaboradas separadamente pela Câmara e pelo Senado, e que já haviam sido ameaçadas com o veto presidencial.
"Os sacrifícios de nossas tropas e de suas famílias exigem mais do que os cheques em branco que o presidente pede, para uma guerra sem fim", afirmou a democrata Nancy Pelosi, atual líder da Câmara.
Ataques
Ainda nesta quinta-feira, ao menos nove soldados iraquianos morreram e outras 15 pessoas ficaram feridas após um ataque suicida contra um posto de controle na Província de Diyala.
Na ação, um terrorista suicida atirou um carro-bomba contra o posto em Khalis, a 80 quilômetros de Bagdá, segundo a agência de notícias Reuters.
De acordo com a polícia, todos os mortos eram militares, mas há civis entre os feridos. O atentado é o mais recente de uma série de ataques que atingiu Diyala --região cuja população inclui sunitas e xiitas-- nesta semana.
"Diyala é um dos principais alvos no Iraque neste momento, ao lado de Bagdá e da Província de Anbar, para onde são direcionados muitos dos esforços insurgentes", afirmou o porta-voz militar Christopher Garver. "Diyala tornou-se um campo de batalha", acrescentou.
Em outro ataque, seis pessoas morreram e 15 ficaram feridas no distrito de Jadriya, ao sul de Bagdá. Na ação, um carro estacionado lotado de explosivos foi detonado perto da Universidade de Bagdá e do Hotel Al Hamra, em uma área sunita e xiita da capital.
Com Reuters, Efe e Associated Press
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