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05/05/2007 - 18h52

Chuva continua e atrapalha buscas de avião em Camarões

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da Folha Online

A chuva e a densidade da floresta tropical na República dos Camarões estão atrapalhando as buscas pelos destroços do avião da Kenya Airways, o Boeing 737-800, que, de acordo com a imprensa local, caiu neste sábado com mais de 100 pessoas a bordo (pelo menos 114) --pouco depois de decolar da cidade de Douala. Helicópteros civis e militares sobrevoam a região, na tentativa de localizar o Boeing.

"As buscas estão concentradas entre as localidades de Eseka e Eboloa, a sudoeste da capital Iaundé, mas é uma área de floresta muito densa e, até agora, os helicópteros não avistaram o avião", disse em entrevista coletiva o presidente da Kenya Airways, Titus Naikuni. "As fortes chuvas registradas ontem e hoje e a densidade da floresta não estão ajudando", acrescentou.

Naikuni ainda não confirmou se o aparelho da companhia caiu, apesar de a Rádio Nacional de Camarões afirmar que o acidente aconteceu perto da cidade de Niete. "Não me importa o que a rádio diz. Enquanto as equipes de resgate não avistarem a aeronave, e a aviação civil dos Camarões ratificar a informação, não vamos confirmar nada", disse.

Questionado sobre as possíveis causas do acidente --entre as quais uma ação terrorista--, o presidente da companhia aérea respondeu que "nenhuma opção é descartada, mas, até que o avião seja encontrado e analisado, não faz sentido fazer suposições".

O porta-voz do governo queniano, Alfred Mutua, acrescentou que um dos membros da equipe governamental que está a caminho dos Camarões para investigar o acidente é especialista em segurança e terrorismo. "Não descartamos nada", disse.

Passageiros

Uma lista provisória divulgada pela companhia detalha a nacionalidade de parte dos passageiros e da tripulação, que seriam de 24 países.

AP
Imagem fornecida pela Boeing Aircraft mostra um 737-800 da empresa Kenya Airways
Imagem fornecida pela Boeing Aircraft mostra um 737-800 da empresa Kenya Airways
De acordo com a lista, os passageiros são de Camarões (34), Índia (15), África do Sul (7), China (6), Costa do Marfim (6), Nigéria (6), Reino Unido (5), Níger (3), República Centro-Africana (2) e República Democrática do Congo (2). Além disso, haveria um passageiro de cada um destes países: Suíça, Mali, Togo, Suécia, Gana, Comores, Mauricio, Senegal, República do Congo, Egito, Tanzânia, Estados Unidos e Burkina

Também há dois cidadãos da Guiné Equatorial, segundo informações da companhia.

Um correspondente da agência de notícias Associated Press, Anthony Mitchell, pode estar entre os passageiros.

Queda

O avião perdeu contato com a torre de controle pouco após decolar de Douala (Camarões) por volta da meia-noite (20h de Brasília) com destino a Nairóbi (Quênia), onde devia ter chegado às 6h15 (0h15 de Brasília).

Segundo o presidente da companhia, Titus Naikuni, a decolagem atrasou em uma hora devido à forte chuva que atingia a região.

O vôo KQ507 fazia o trajeto entre a capital da Costa do Marfim, Abidjan, e Nairóbi, fazendo uma escala em Camarões. O presidente da companhia, Titus Naikuni, afirmou que um sinal de alarme emitido automaticamente pelo avião foi recebido no litoral oeste africano.

O ministro queniano dos Transportes, Ali Chirau Makwere, disse que é "muito cedo" para determinar as causas da tragédia. "Precisamos obter mais informações de especialistas para saber se o acidente foi causado por erro humano ou falha mecânica", afirmou.

Família

Familiares dos passageiros reuniram-se no aeroporto de Nairóbi à espera de notícias.

Janet Mwema foi até o balcão da Kenya Airlines porque acreditava que sua filha, que é comissária de bordo, poderia estar no vôo.

Antony Njuguna/Reuters
Familiares de passageiros aguardam informações em aeroporto de Nairóbi
Familiares de passageiros aguardam informações em aeroporto de Nairóbi
Segundo ela, funcionários pediram seu nome e telefone, mas não confirmaram se sua filha estava de fato no vôo. "Acreditamos em Deus, ele dará força a todos nós", disse ela.

A Kenya Airways, companhia da qual a Air France-KLM possui 26% das ações, é uma das empresas de maior reputação do país e, durante vários anos consecutivos, foi a empresa mais bem avaliada em uma enquete anual feita pela imprensa queniana.

A aeronave tinha seis meses de uso e estava em dia quanto a revisões de segurança e manutenção.

Em janeiro de 2000, um vôo da Kenya Airways caiu no mar pouco após decolar em Abidjan, causando a morte a 169 passageiros e 10 tripulantes.

Com Efe e Reuters

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