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09/05/2007
-
11h00
NELSON DA CRUZ
da France Presse, em Díli
Os habitantes do Timor Leste votaram em calma nesta quarta-feira para escolher um novo presidente para o pequeno país, enquanto os dois finalistas no segundo turno se mostravam seguros da vitória.
Os eleitores deviam optar entre duas personalidades opostas: o primeiro-ministro José Ramos-Horta, prêmio Nobel da Paz, ou o presidente do Parlamento Francisco Guterres, um introvertido ex-guerrilheiro independentista conhecido pelo apelido de "Lu-Olo".
Favorito dos analistas, Ramos-Horta se declarou confiante em sua vitória no momento em que votava, vestido com uma camiseta com uma imagem de Jesus Cristo, em um país onde 95% da população é católica.
"Estou muito sereno, vou vencer", afirmou Ramos-Horta na cidade de Bacau (leste).
Seu adversário votou na capital Dili e também manifestou seu otimismo. "Tenho confiança em minha vitória", disse Lu-Olo.
"Quero vencer com dignidade ou perder com dignidade", acrescentou como se não descartasse uma eventual derrota.
Nesta eleição, a primeira desde a independência em 2002, será escolhido o sucessor do carismático presidente Xanana Gusmão.
O presidente fez um apelo à calma, assim como as Nações Unidas, e pediu para que os cidadãos aceitem o resultado das urnas. Os temidos confrontos não ocorreram.
"Segundo informações recebidas, a votação se desenvolveu sem atos de violência", declarou Allison Cooper, porta-voz da ONU. "Tudo se manteve em paz e esperamos que assim continue durante a contagem", acrescentou.
O anúncio dos resultados deverá ser feito dentro de vários dias.
Fraude
Diversas acusações de manipulação e de intimidações caracterizaram o primeiro turno, e desta vez, como também ocorreu no dia 9 de abril, alguns locais enfrentaram a falta de cédulas de votação.
O problema foi resolvido graças à intervenção de um helicóptero da ONU, afirmou o Secretariado Técnico da Administração Eleitoral (STAE), organismo governamental encarregado da logística do processo eleitoral.
Mais de 4.000 policiais locais ou da ONU e cerca de mil militares de uma força internacional foram mobilizados, assim como dezenas de observadores estrangeiros.
"Creio que a população precisa de democracia e quer paz e reconciliação, pois é o caminho para sair da crise", declarou Javier Pomes Ruiz, chefe da missão eleitoral da União Européia (UE).
No primeiro turno, Francisco Guterres obteve 28% dos votos, contra 22% para José Ramos-Horta. O resultado de 28% ilustra o desgaste da Fretilin (Frente Revolucionária de Timor Leste Independente), maior partido do Timor Leste e que apóia a Lo-Olo.
Esta formação de inspiração marxista, que domina o Parlamento (55 dos 88 deputados) se desgastou no poder desde 2001, mas continua sendo profundamente respeitada por ter encarnado a luta pela independência contra a ocupação indonésia (1975-1999).
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da France Presse, em Díli
Os habitantes do Timor Leste votaram em calma nesta quarta-feira para escolher um novo presidente para o pequeno país, enquanto os dois finalistas no segundo turno se mostravam seguros da vitória.
Os eleitores deviam optar entre duas personalidades opostas: o primeiro-ministro José Ramos-Horta, prêmio Nobel da Paz, ou o presidente do Parlamento Francisco Guterres, um introvertido ex-guerrilheiro independentista conhecido pelo apelido de "Lu-Olo".
Favorito dos analistas, Ramos-Horta se declarou confiante em sua vitória no momento em que votava, vestido com uma camiseta com uma imagem de Jesus Cristo, em um país onde 95% da população é católica.
"Estou muito sereno, vou vencer", afirmou Ramos-Horta na cidade de Bacau (leste).
Seu adversário votou na capital Dili e também manifestou seu otimismo. "Tenho confiança em minha vitória", disse Lu-Olo.
"Quero vencer com dignidade ou perder com dignidade", acrescentou como se não descartasse uma eventual derrota.
Nesta eleição, a primeira desde a independência em 2002, será escolhido o sucessor do carismático presidente Xanana Gusmão.
O presidente fez um apelo à calma, assim como as Nações Unidas, e pediu para que os cidadãos aceitem o resultado das urnas. Os temidos confrontos não ocorreram.
"Segundo informações recebidas, a votação se desenvolveu sem atos de violência", declarou Allison Cooper, porta-voz da ONU. "Tudo se manteve em paz e esperamos que assim continue durante a contagem", acrescentou.
O anúncio dos resultados deverá ser feito dentro de vários dias.
Fraude
Diversas acusações de manipulação e de intimidações caracterizaram o primeiro turno, e desta vez, como também ocorreu no dia 9 de abril, alguns locais enfrentaram a falta de cédulas de votação.
O problema foi resolvido graças à intervenção de um helicóptero da ONU, afirmou o Secretariado Técnico da Administração Eleitoral (STAE), organismo governamental encarregado da logística do processo eleitoral.
Mais de 4.000 policiais locais ou da ONU e cerca de mil militares de uma força internacional foram mobilizados, assim como dezenas de observadores estrangeiros.
"Creio que a população precisa de democracia e quer paz e reconciliação, pois é o caminho para sair da crise", declarou Javier Pomes Ruiz, chefe da missão eleitoral da União Européia (UE).
No primeiro turno, Francisco Guterres obteve 28% dos votos, contra 22% para José Ramos-Horta. O resultado de 28% ilustra o desgaste da Fretilin (Frente Revolucionária de Timor Leste Independente), maior partido do Timor Leste e que apóia a Lo-Olo.
Esta formação de inspiração marxista, que domina o Parlamento (55 dos 88 deputados) se desgastou no poder desde 2001, mas continua sendo profundamente respeitada por ter encarnado a luta pela independência contra a ocupação indonésia (1975-1999).
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