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12/05/2007
-
14h36
da Folha Online
Já chega a ao menos 28 o número de mortos em conflitos armados entre ativistas políticos rivais no Paquistão neste sábado. Outras cem pessoas ficaram feridas. Os conflitos surgiram devido a manifestações a favor e contra a suspensão do chefe de Justiça paquistanês Iftikhar Chaudhry, que desde 9 de março vem gerando protestos em todo o país.
Os confrontos de hoje ocorreram depois da chegada do chefe de Justiça à cidade de Karachi, onde simpatizantes organizaram um ato de apoio. Ele foi suspenso pelo governo, o que revoltou o judiciário e a oposição e detonou o mais sério desafio à autoridade do presidente Pervez Musharraf desde que ele chegou ao poder em 1999.
Líderes de oposição afirmam que Karachi foi tomada por simpatizantes do partido que governa a maior cidade do Paquistão, Muttahida Qaumi Movement (MQM). Os manifestantes organizaram uma demonstração contra Chaudhry e o que classificam de "truques políticos" de seus aliados.
Após ficar ilhado durante horas do aeroporto de Karachi, Chaudhry optou por retornar a Islamad, de onde chegou hoje. Muitas ruas, incluindo a única que leva até o aeroporto, foram bloqueadas por caminhões, ônibus e contêineres em uma aparente tentativa de atrapalhar a vista do chefe de Justiça. Milhares de soldados paramilitares e policiais patrulhavam a cidade, que é capital da Província de Sindh.
Na capital, Musharraf compareceu na noite de hoje diante de dezenas de milhares de seguidores mobilizados pela governista Liga Muçulmana do Paquistão. Ele disse aos manifestantes que está no controle da situação e qualificou de "incidentais" os atos de violência em Karachi.
"Isso é terrorismo de Estado. Mas nós não vamos retroceder", disse Sherry Rehman, porta-voz do PPP (Partido do Povo Paquistanês), da ex-premiê Benazir Bhutto. Chaudhry, que chegou na cidade em vôo que partiu de Islamabad, estava na sala vip do aeroporto durante os confrontos.
Alerta
Oficiais do governo da Província haviam alertado para a possibilidade de violência no local e pediram a Chaudhry que adiasse a viagem.
"O chefe de Justiça deveria pensar sobre sua decisão e voltar para Islamabad", havia dito o ministro do Interior de Sindh, Waseem Akhtar.
A visita de Chaudhry a Karachi é o último de uma série de protestos pela oposição e advogados que pedem sua reintegração ao cargo.
Acusado de "mau comportamento e abuso de autoridade" pelo premiê, Chaudhry nega ter cometido qualquer abuso e se recusa a renunciar.
A crise começou na preparação para a eleição geral no país, que contou com uma tentativa de Musharraf, um importante aliado dos EUA, de garantir um novo mandato.
Musharraf, que é também o chefe do Exército, quer ser reeleito pelas assembléias nacional e provinciais antes que elas sejam dissolvidas para a eleição geral que ocorrerá no final do ano.
Para analistas, seu principal motivo para remover Chaudhry é o desejo de evitar um possível desafio constitucional a seus planos.
Com Efe, Associated Press, Reuters e CNN
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Chega a 28 número de mortos em conflitos no Paquistão
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Já chega a ao menos 28 o número de mortos em conflitos armados entre ativistas políticos rivais no Paquistão neste sábado. Outras cem pessoas ficaram feridas. Os conflitos surgiram devido a manifestações a favor e contra a suspensão do chefe de Justiça paquistanês Iftikhar Chaudhry, que desde 9 de março vem gerando protestos em todo o país.
Rahat Dar/EFE |
Paquistaneses antigoverno de Lahorea protestam contra violência em Karachi |
Líderes de oposição afirmam que Karachi foi tomada por simpatizantes do partido que governa a maior cidade do Paquistão, Muttahida Qaumi Movement (MQM). Os manifestantes organizaram uma demonstração contra Chaudhry e o que classificam de "truques políticos" de seus aliados.
Após ficar ilhado durante horas do aeroporto de Karachi, Chaudhry optou por retornar a Islamad, de onde chegou hoje. Muitas ruas, incluindo a única que leva até o aeroporto, foram bloqueadas por caminhões, ônibus e contêineres em uma aparente tentativa de atrapalhar a vista do chefe de Justiça. Milhares de soldados paramilitares e policiais patrulhavam a cidade, que é capital da Província de Sindh.
Na capital, Musharraf compareceu na noite de hoje diante de dezenas de milhares de seguidores mobilizados pela governista Liga Muçulmana do Paquistão. Ele disse aos manifestantes que está no controle da situação e qualificou de "incidentais" os atos de violência em Karachi.
"Isso é terrorismo de Estado. Mas nós não vamos retroceder", disse Sherry Rehman, porta-voz do PPP (Partido do Povo Paquistanês), da ex-premiê Benazir Bhutto. Chaudhry, que chegou na cidade em vôo que partiu de Islamabad, estava na sala vip do aeroporto durante os confrontos.
Alerta
Oficiais do governo da Província haviam alertado para a possibilidade de violência no local e pediram a Chaudhry que adiasse a viagem.
"O chefe de Justiça deveria pensar sobre sua decisão e voltar para Islamabad", havia dito o ministro do Interior de Sindh, Waseem Akhtar.
Mian Khursheed /Reuters |
Iftikhar Mohammed Chaudhry é cercado por simpatizantes |
Acusado de "mau comportamento e abuso de autoridade" pelo premiê, Chaudhry nega ter cometido qualquer abuso e se recusa a renunciar.
A crise começou na preparação para a eleição geral no país, que contou com uma tentativa de Musharraf, um importante aliado dos EUA, de garantir um novo mandato.
Musharraf, que é também o chefe do Exército, quer ser reeleito pelas assembléias nacional e provinciais antes que elas sejam dissolvidas para a eleição geral que ocorrerá no final do ano.
Para analistas, seu principal motivo para remover Chaudhry é o desejo de evitar um possível desafio constitucional a seus planos.
Com Efe, Associated Press, Reuters e CNN
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