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14/05/2007 - 08h55

Após confrontos em Gaza, ministro palestino do Interior renuncia

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da Folha Online

O ministro palestino do Interior, Hani al Qawasmi, renunciou ao cargo nesta segunda-feira, após a maior onda de violência entre os grupos rivais Fatah e Hamas desde que ambos os movimentos acordaram formar um governo de união nacional, em fevereiro.

"Eu disse aos dois partidos que não posso aceitar ser ministro sem autoridade", disse Qawasmi em uma coletiva de imprensa. A renúncia coloca em xeque a continuidade do governo palestino de união entre Hamas e Fatah.

Mohammed Salem/Reuters
Ministro palestino, Hani al Qawasmi, renuncia após onda de violência na faixa de Gaza
Ministro palestino, Hani al Qawasmi, renuncia após onda de violência na faixa de Gaza
Ontem, após a eclosão da violência, foi anunciada uma trégua promovida com mediação do Egito, que entrou em vigor às 0h30 (18h30 de Brasília). No entanto, a violência prosseguiu nesta segunda-feira, com as mortes de dois membros do Fatah e mais dez palestinos feridos.

No total, os confrontos, que duram três dias, deixaram ao menos sete mortos e 40 feridos desde domingo. O primeiro-ministro da Autoridade Nacional Palestina (ANP), Ismail Haniyeh, aceitou a renúncia e assumirá temporariamente a pasta do Interior. O anúncio foi feito pelo vice-primeiro-ministro da ANP, Azam al Ahmad, em coletiva na faixa de Gaza.

Fontes ligadas ao Fatah, do presidente da Autoridade Nacional Palestina, Mahmoud Abbas, afirmaram que a violência contínua após o cessar-fogo selado ontem pode levar ao colapso do governo de união.

Pelo acordo, os grupos devem retirar seus homens armados das ruas e os 14 membros do Hamas mantidos como reféns devem ser liberados pela Fatah. "Aceitamos parar os combates, retirar os homens armados das ruas e libertar os reféns", declarou o porta-voz do Hamas, Ayman Taha, neste domingo. A informação foi confirmada por membros do Fatah.

Depois dos primeiros confrontos, na sexta-feira (11), Hamas e Fatah assinaram no sábado (12) um primeiro acordo para retirar seus homens das ruas, mas ele não foi aplicado.

Plano de segurança

A nova onda de violência ocorre após o destacamento de 3.000 policiais extras das forças de segurança ligadas à Abbas em Gaza, na semana passada, que causou protestos do Hamas.

Mohammed Salem/Reuters
Palestinos em cima de carro queimado após confrontos entre Hamas e Fatah em Gaza<BR>
Palestinos em cima de carro queimado após confrontos entre Hamas e Fatah em Gaza
Autoridades palestinas esperavam que o destacamento de mais homens em Gaza, sob um novo plano de segurança, pudessem amenizar as tensões entre os dois grupos na região.

Qawasmi ameaçou renunciar há cerca de duas semanas, em protesto à violência em Gaza.

O controle do Ministério do Interior vem sendo alvo de disputa entre Fatah e Hamas.

O ministério supervisiona a maior parte das forças de segurança palestinas. Abbas controla o restante das forças, e o Fatah reluta em entregar o controle total da segurança ao Hamas, que chegou ao poder após vencer as eleições parlamentares palestinas de janeiro de 2006.

No ano passado, o Hamas montou sua própria milícia, que conta com cerca de 6.000 homens.

Com Reuters e Associated Press

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